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A Telepatia

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 01, 2013 8:57 am

Telepatia

O Fenómeno Ganzfeld


Bem, D. J. (1996). Ganzfeld phenomena. In G. Stein (Ed.), Encyclopedia of the paranormal (pp. 291-296). Buffalo, NY: Prometheus Books.

Daryl J. Bem
Cornell University ganzfeld

O procedimento de Ganzfeld é uma técnica de suave isolamento sensorial que foi primeiro introduzido em psicologia experimental durante a década de 1930 e subsequentemente adaptada por parapsicólogos para testar a existência de psi-processos anómalos de transferência de informações ou energia, tal como telepatia ou outros formas de percepção extra-sensorial que não são explicados pelos mecanismos físicos ou biológicos conhecidos.

Os parapsicólogos desenvolveram o método ganzfeld, em parte, porque ficaram insatisfeitos com os métodos de adivinhação de cartas para testar a ESP desenvolvidos por J. B. Rhine na Duke University na década de 1930.

Em particular, eles acreditavam que o método repetitivo de escolha forçada, em que um participante tenta repetidamente escolher o símbolo-alvo correcto entre um conjunto de alternativas fixas, falhava em capturar as circunstâncias que caracterizam as condições relatadas de ocorrência do psi na vida diária.

Historicamente, psi foi frequentemente associado com meditação, hipnose, sonhos, e outros estados alterados de consciência naturais ou deliberadamente induzidos.

Por exemplo, a ideia de que fenómenos psi podem acontecer durante a meditação é expressa na maioria dos textos clássicos sobre técnicas meditativas;
a crença de que a hipnose é um estado condutor de psi data do primeiro mesmerismo;
e enquetes interculturais indicam que as experiências psi da "vida-real" mais relatadas são mediadas por sonhos.


Existe agora evidência experimental consistente com estas observações anedóticas.
Por exemplo, vários investigadores de laboratório têm divulgado que meditação facilita o aparecimento de psi (Honorton, 1977).

Uma análise de 25 experiências de hipnose e psi conduzidas entre 1945 e 1981 em 10 laboratórios diferentes, sugerem que a indução hipnótica pode também facilitar o aparecimento de psi (Schechter, 1984).

E psi mediado por sonho foi observado em uma série de estudos conduzidos no Maimonides Medical Center em Nova Iorque, publicados entre 1966 e 1972 (Ullman, Krippner, & Vaughan, 1989).

Experimentos ganzfeld são os sucessores directos dos estudos de sonhos

Os estudos de sonhos testaram a existência da telepatia, a transferência de informações de uma pessoa a outra sem a mediação de qualquer canal conhecido de comunicação sensorial. Dois participantes, um "receptor" e um "emissor", passaram a noite no laboratório do sono.

As ondas cerebrais e os movimentos dos olhos do receptor eram monitorados enquanto ele dormia em um quarto isolado.

Quando o receptor entrava em estado de sonho-sinalizado pelo início de movimentos rápido dos olhos (REM)-o experimentador apertava uma campainha que avisava o emissor que começasse o período de envio.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 01, 2013 8:57 am

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O emissor, então se concentrava em uma imagem escolhida ao acaso (o "alvo") com o objectivo de influenciar o conteúdo do sonho do receptor

Colectivamente, os resultados da meditação, hipnose, e estudos de sonho sugeriram a hipótese que informações de psi podem funcionar como um fraco sinal que é normalmente camuflado pelo "ruído" sensorial da vida diária.

Os diversos estados alterados de consciência que parecem acentuar uma habilidade individual de detectar informações psi pode ocorrer simplesmente porque eles reduzem a interferência da entrada sensorial.

Esta é a hipótese que iniciou o uso do método ganzfeld.

Assim como o procedimento usado nos estudos de sonho, o método ganzfeld foi frequentemente utilizado para testar a comunicação telepática entre um emissor e um receptor.

O receptor descansa em cadeira reclinável em uma sala à prova de som.
Metades de bolas de ping-pong translúcidas são colocadas nos olhos e fones são colocados nos ouvidos.

Luzes vermelhas são direccionadas aos olhos do receptor e ruído branco é tocado pelos fones.
(o ruído branco é uma mistura aleatória de frequências de som semelhantes ao ruído de um rádio fora de estação.)

Este ambiente visual e auditivo homogéneo é chamado Ganzfeld, uma palavra alemã que significa "campo total".

Para silenciar o "ruído" pela tensão interna do corpo, o receptor também passa por um conjunto de exercícios de relaxamento no inicio do período ganzfeld

Enquanto o receptor está no estado ganzfeld, um emissor senta em uma sala separada, à prova de som, e se concentra no "alvo", uma imagem ou sequência de vídeo é seleccionada aleatoriamente.

Durante cerca de 30 minutos, o receptor pensa em voz alta, proporcionando um relato contínuo de todos os pensamentos, sentimentos, e imagens que passam por sua mente.

No fim do período ganzfeld, são apresentados ao receptor vários estímulos (normalmente quatro) e, sem saber qual era o alvo, se solicita a ele que avalie o grau em que cada um dos alvos combina com os pensamentos e imagens experimentados durante o período de ganzfeld.

Se o receptor atribui o grau mais alto para o alvo, então é considerado um "acerto".

Deste modo, se a experiência usa conjuntos contendo quatro estímulos (o alvo e três estímulos de controle), a taxa de acertos esperada pelo acaso é de um em quatro, ou 25 por cento.

Alternativamente, as avaliações de semelhança podem ser feitas por juízes externos usando transcrições da imagem do receptor, como era feito nos estudos de sonhos no Maimonides.

Em 1985 e 1986, o Journal of Parapsychology dedicou duas edições inteiras para um exame crítico dos estudos ganzfeld , apresentando um debate entre Ray Hyman, um psicólogo cognitivo e conhecido crítico céptico da pesquisa parapsicológica e, posteriormente, Charles Honorton, um parapsicólogo proeminente e importante pesquisador de ganzfeld.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 01, 2013 8:58 am

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Naquele tempo, existiam 42 estudos ganzfeld relatados conduzidos por investigadores de 10 laboratórios.

Ao longo destes estudos, receptores alcançaram uma taxa de acerto médio de cerca de 35 por cento.

Isto poderia parecer uma margem pequena de sucesso acima da taxa de acerto de 25 por cento esperada pelo acaso, mas uma pessoa com esta margem de vantagem em um casino ficaria rica muito rapidamente.

Do ponto de vista estatístico este resultado é altamente significativo.
A chance de se obter uma taxa de acerto de 35% por mero acaso ao longo destes estudos é a de 1 para 1 Bilhão.

Análises adicionais demonstraram que este resultado global não poderia ser resultado de os pesquisadores relatarem selectivamente estudos com resultados positivos e não os de resultados negativos.

Os Estudos Autoganzfeld

Se a crítica mais frequente em relação a parapsicologia é de que ela não produziu um efeito de psi repetível, a segunda maior crítica frequente é que muitos, se não a maioria, dos experimentos psi possuem controle e confiabilidade inadequadas.

Uma acusação frequente é que estes resultados positivos resultem principalmente dos estudos iniciais fracamente controlados e então desapareceriam quando estudos com maior controle e garantias fossem apresentados.

As falhas mais potencialmente fatais em um estudo psi são aquelas que permitem um receptor obter informações sensoriais sobre do alvo por vias sensoriais normais, seja por descuido ou por fraude voluntária.

Isto é chamado de problema de vazamento sensorial.

Em seu debate, o crítico Hyman e o parapsicólogo Honorton concordaram que os estudos que tiveram boas protecções contra vazamento sensoriais obtiveram resultados tão fortes quanto os estudos que tiveram menos protecções.

Entretanto, Hyman e Honorton discordaram em outros aspectos dos estudos.

Eles emitiram um comunicado oficial em 1986, em que concordaram que o veredicto final aguardaria o resultado de experiências futuras conduzidas por um número maior de investigadores e concordantes com padrões mais rigorosos.

Eles então apresentaram em detalhes o padrão metodológico e estatístico mais rigoroso que acreditavam que deveriam reger todos os futuros experimentos ganzfeld.

Entre 1983 e 1989, Honorton e seus colegas conduziram uma nova série de estudos ganzfeld mais rigorosa, que respeitava as directrizes estabelecidas por Hyman e Honorton.

Estes são chamados de estudos autoganzfeld porque um computador controla os procedimentos experimentais, inclusive a selecção aleatória e apresentação dos alvos e a gravação das avaliações do receptor.

Os alvos consistiam em 80 imagens estáticas (alvos estáticos) e 80 pequenos segmentos de vídeo complementados com som (alvos dinâmicos), tudo registado em um vídeo-cassete.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 02, 2013 10:59 am

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Os alvos estáticos incluíam gravuras artísticas, fotografias e anúncios de revista;
os alvos dinâmicos incluíam trechos de aproximadamente um minuto de duração de filmes, programas de TV e desenhos animados.

O método gazfeld automatizado foi criticamente examinado por várias duzias de parapsicólogos e pesquisadores comportamentais de outros campos de pesquisa, incluindo famosos críticos da parapsicologia.

Adicionalmente, dois "mentalistas," mágicos que especializam na simulação de psi, examinaram o experimento para assegurar que não era vulnerável ao vazamento sensorial involuntário ou fraude voluntária por parte dos participantes.

Ao todo, 100 homens e 140 mulheres participaram como receptores em 354 sessões ao longo de 11 experimentos separados durante o programa de pesquisa autoganzfeld de Honorton.

As experiências confirmaram os resultados dos estudos anteriores, obtendo virtualmente a mesma taxa de acerto mais ou menos 35 por cento.

Também foi descoberto que os acertos eram significativamente mais prováveis de ocorrer com alvos dinâmicos do que com alvos estáticos.

Estes estudos foram publicados por Honorton e seus colegas no Journal of Parapsychology em 1990, e a história completa da pesquisa ganzfeld foi resumida por Bem e Honorton na edição de Janeiro de 1994 do Psychological Bulletin of the American Psychological Association
(Bem & Honorton, 1994; Honorton et Al., 1990).

Por que o Método Ganzfeld Funciona?

Ao tentar entender o psi, parapsicólogos tipicamente começaram com a hipótese de trabalho de que psi, qualquer que seja seus mecanismos de funcionamento, deveria se comportar como outros fenómenos psicológicos mais familiares.

Em particular, eles tipicamente presumem que a informação do alvo se comporta como um estímulo sensorial externo que é recebido, processado e experimentado de acordo com modos de processamento de informações conhecidos.

Da mesma forma, o desempenho psi individual deve se alterar dependendo das variáveis controladas de maneira psicologicamente compreensível.

Estas suposições são incorporadas na teoria de psi que primeiramente motivou os estudos ganzfeld.

Como notado anteriormente, o método ganzfeld foi projectado para testar a hipótese de que uma informação mediada por psi actue como um fraco sinal que é normalmente camuflado pelo "ruído" sensorial corpóreo externo e interno.

Consequentemente, qualquer técnica que eleve a razão sinal/ruído deve acentuar a habilidade da pessoa em detectar informações mediadas por psi.

Este modelo de redução de ruído de psi organiza um grande e diverso conjunto de resultados experimentais, particularmente aqueles demonstrando as propriedades de condutividade psi em estados alterados de consciência como meditação, hipnose, sonhos e, claro, o ganzfeld propriamente dito
(Rao & Palmer, 1987).

Teorias alternativas propõem que o estado ganzfeld e outros estados alterados podem ser condutores de psi por diminuírem a resistência do receptor para detectar imagens de outras pessoas - imagens que não parecem ser originadas dentro de sua própria mente - ou porque eles diminuem a censura racional de tais imagens ou estimula raciocínios divergentes.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 02, 2013 10:59 am

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Neste momento, não existem dados que permitam escolher entre estas alternativas, e o modelo de redução de ruído permanece o mais extensamente aceito

O Alvo.

Existem várias hipóteses que tentam explicar a superioridade dos alvos dinâmicos em relação aos alvos estáticos Alvos dinâmicos contém mais informações;
envolvem tanto os sentidos visuais quanto os auditivos;

evocam imaginação mais rica, e são mais naturais;

possuem uma estrutura narrativa, e possuem maior apelo emocional. Vários pesquisadores psi tentaram ir além da simples dicotomia dinâmico-estático para refinar mais as definições de um bom alvo.

Embora estes esforços envolvessem o exame tanto de propriedades psicológicas como físicas, nenhuma conclusão foi alcançada até o momento.

O Receptor.

Alguns receptores são mais bem sucedidos que outros em experiências psi, incluindo experimentos ganzfeld.

Por exemplo, aqueles que relataram prévias experiências psi na vida real, meditadores e praticantes de outras disciplinas mentais se saem melhor do que outros em experimentos ganzfeld. Também tem sido frequentemente relatado que pessoas criativas ou artisticamente talentosas mostram grande habilidade psi.

Honorton testou isto em experimentos ganzfeld recrutando vinte estudantes de música, teatro e dança da Juilliard School na cidade de Nova York para servirem como receptores.

De modo global, estes estudantes conseguiram uma taxa de acerto de 50 por cento, uma das maiores taxas de acerto já relatadas em uma única amostra de um estudo ganzfeld.

Os músicos eram particularmente bem sucedidos 75 por cento deles identificavam com sucesso os seus alvos.
(os detalhes adicionais sobre os alunos da Juilliard e seu desempenho ganzfeld foram divulgados em Schlitz & Honorton, 1992.)

O desempenho superior dos meditadores e indivíduos criativos ou artisticamente talentosos podem pode reflectir que diferenças se assemelham aos possíveis efeitos do ganzfeld mencionadas acima.

Tais indivíduos podem ser mais receptivos para imagens de outras pessoas, ser melhor capaz de transcender restrições racionais na recepção ou relato das informações, ou são mais divergentes em seu pensamento.

Também foi sugerido que tanto as habilidades artísticas quanto as habilidade psi poderiam estar relacionadas a um funcionamento superior do lado esquerdo do cérebro.

E finalmente, pessoas extrovertidas também tendem a se sair melhor do que pessoas introvertidas em experimentos psi, e isto também vale para os experimentos autoganzfeld (Honorton, Ferrari, & Bem, 1992). Eysenck (1966) concluiu que extrovertidos deveriam realizar bem tarefas psi porque eles ficam facilmente entediados e respondem favoravelmente a estímulos novos.

Em um cenário como o Ganzfeld, pessoas extrovertidas podem se tornar famintas por estimulação e serem altamente sensíveis a qualquer estimulação, incluindo a entrada de fracas informações psi.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 02, 2013 11:00 am

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Em contraste, pessoas introvertidas podem ser mais propensas a se entreter com os próprios pensamentos e desse modo continuam a camuflar informações psi apesar da entrada sensorial diminuída.

Eysenck também especulou que o psi pode ser uma forma primitiva de percepção anterior ao desenvolvimento cortical no curso de evolução e, então, o excitamento cortical poderia suprimir o funcionamento psi.

As pessoas extrovertidas devem se sair melhor em tarefas psi que as pessoas introvertidas porque apresentam níveis de excitação cortical menores.

Mas existem possibilidades mais mundanas.

Pessoas extrovertidas poderiam se sair melhor que pessoas introvertidas simplesmente porque eles são mais relaxadas e confortáveis nas configurações sociais de um experimento psi típico.

As pessoas introvertidas de facto se saíram melhor que pessoas extrovertidas em um estudo em que os participantes não tiveram nenhum contacto com o experimentador mas trabalharam sozinhos em casa com o material que receberam pelo correio (Schmidt & Schlitz, 1989).

A pesquisa actual é direccionada a examinar a extroversão bem como outras características de personalidade que parecem acentuar a performance psi.

O Emissor.

Em contraste com as informações sobre o receptor em experimentos psi, virtualmente nada é conhecido sobre as características de um bom emissor ou sobre os efeitos do relacionamento do emissor com o receptor.

Existe alguma evidência de que pares de emissor-receptor que são amigos ou parentes próximos se saiem melhor do que pares formados por pessoas desconhecidas.

Vários parapsicólogos alimentaram uma hipótese ainda mais radical, a de que o emissor pode nem mesmo ser necessário.

Na terminologia de parapsicologia, os procedimentos envolvendo emissor e receptor testam a existência de telepatia, comunicação anómala entre dois indivíduos;
porém se o receptor está de alguma maneira adquirindo as informações do próprio alvo, isto seria chamado de clarividência, e a presença do emissor seria irrelevante (com excepção de razões psicológicas possíveis, como a expectativa de se sair melhor com um emissor).

Existem estudos não-ganzfeld que relatam evidência significativa para clarividência, incluindo um clássico experimento de adivinhação de cartas conduzido por J. B. Rhine e Pratt (1954).

Na época da morte de Honorton em 1992, existiam 12 experimentos ganzfeld onde não havia emissor.

A taxa de acerto global nesses estudos foi de 29% que, com o número reduzido de 12 experimentos, não é significativamente superior aos 25% esperados pelo acaso.

Procurando resolver essa dúvida, investigadores da University of Edinburgh estão actualmente conduzindo experiências onde sessões ganzfeld com e sem emissor serão sistematicamente comparadas.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 03, 2013 10:28 am

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A Física de Psi.

O nível psicológico das teorizações discutidas acima não faz, obviamente, menção ao enigma que torna os fenómenos psi primariamente anómalos sua incompatibilidade presumida com nosso actual modelo conceitual de realidade física.

Parapsicólogos diferem extensamente entre si em suas inclinações para teorizar a esse respeito, mas vários deles, cuja formação se apoia em física ou engenharia propuseram teorias físicas (ou biofísicas) para os fenómenos psi (uma resenha extensa da parapsicologia teórica foi feita por Stokes, 1987).
Apenas algumas destas teorias forçariam uma radical revisão em nossa concepção corrente de realidade física.

Aqueles que acompanham debates contemporâneos em física moderna, porém, estarão cientes que vários fenómenos preditos pela teoria quântica e confirmadas em experimentos são incompatíveis com nosso actual modelo conceitual de realidade física.

Deste é a confirmação empírica do teorema de Bell, em 1982, que tem criado maior excitação e controvérsia entre filósofos e alguns físicos que estão dispostos a especular a esse respeito (Herbert, 1987).

Em resumo, o teorema de Bell declara que qualquer modelo de realidade que é compatível com a mecânica quântica deve ser não-local deve permitir a possibilidade de que os resultados de observações em duas posições arbitrariamente distantes possam ser correlacionadas de modo instantâneo, o que é totalmente incompatível com qualquer mecanismo causal fisicamente permissível.

Vários modelos possíveis de realidade que incorporem a não-localidade foram propostos tanto por filósofos como por físicos.

Alguns destes modelos eliminam claramente a transferência de informações do tipo psi, outros permitem isto, e alguns realmente exige isto.

Deste modo, em um nível mais geral de teorização, alguns parapsicólogos acreditam que um dos modelos mais radicais de realidade compatível tanto com a mecânica quântica quanto com o psi venha a ser eventualmente aceito no futuro.

Quando isto ocorrer, o fenómeno psi não mais será anómalo.

Continuidade da Pesquisa Ganzfeld

Devido ao seu sucesso, vários laboratórios de parapsicologia em torno do mundo continuam a conduzir experimentos ganzfeld , inclusive na University of Amsterdam , na University of Edinburgh, na Gothenburg University na Suécia e, nos Estados Unidos, na Cornell University e no Rhine Research Center em Durham, Carolina do Norte.

Como crítico, Hyman escreveu que os experimentos auto-ganzfeld "produziram resultados intrigantes.

Se laboratórios independentes puderem produzir resultados semelhantes com as mesmas relações e com a mesma atenção para metodologia rigorosa, então parapsicologia pode realmente finalmente capturar sua vítima fugitiva" (pág. 392).

* traduzido para o português por Leonardo Stern
(lstern@holorressonancia.com)

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Ago 03, 2013 10:29 am

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Bibliografia

Bem, D. J., & Honorton, C. (1994). Does psi exist? Replicable evidence for an anomalous process of information transfer. Psychological Bulletin, 115, 4-18.

Broughton, R. S. (1991). Parapsychology The controversial science. New York Ballantine Books.
Eysenck, H. J. (1966). Personality and extra-sensory perception. Journal of the Society for Psychical Research, 44, 55-71.

Herbert, N. (1987). Quantum reality Beyond the new physics. Garden City, NY Anchor Books.
Honorton, C. (1977). Psi and internal attention states. In B. B. Wolman (Ed.), Handbook of parapsychology (pp. 435-472). New York Van Nostrand Reinhold.

Honorton, C., Berger, R. E., Varvoglis, M. P., Quant, M., Derr, P., Schechter, E. I., & Ferrari, D. C. (1990). Psi communication in the ganzfeld Experiments with an automated testing system and a comparison with a meta-analysis of earlier studies. Journal of Parapsychology, 54, 99-139.

Honorton, C., Ferrari, D. C., & Bem, D. J. (1992). Extraversion and ESP performance Meta-analysis and a new confirmation. In L. A. Henkel & G. R. Schmeidler (Eds.), Research in parapsychology 1990 (pp. 35-38). Metuchen, NJ Scarecrow Press.

Rao, K. R., & Palmer, J. (1987). The anomaly called psi Recent research and criticism. Behavioral and Brain Sciences, 10, 539-551.
Rhine, J. B., & Pratt, J. G. (1954). A review of the Pearce-Pratt distance series of ESP tests. Journal of Parapsychology, 18, 165-177.

Schechter, E. I. (1984). Hypnotic induction vs. control conditions Illustrating an approach to the evaluation of replicability in parapsychology. Journal of the American Society for Psychical Research, 78, 1-27.

Schlitz, M. J., & Honorton, C. (1992). Ganzfeld psi performance within an artistically gifted population. Journal of the American Society for Psychical Research, 86, 83-98.

Schmidt, H., & Schlitz, M. J. (1989). A large scale pilot PK experiment with prerecorded random events. In L. A. Henkel & R. E. Berger (Eds.), Research in parapsychology 1988 (pp. 6-10). Metuchen, NJ Scarecrow Press.

Stokes, D. M. (1987). Theoretical parapsychology. In S. Krippner (Ed.), Advances in parapsychological research (Vol. 5, pp. 77-189). Jefferson, NC McFarland.

Ullman, M., Krippner, S., & Vaughan, A. (1989). Dream telepathy Experiments in nocturnal ESP (2nd ed.). Jefferson, NC McFarland & Company.
Última Atualização ( 26 de junho de 2005 )

§.§.§- O-canto-da-ave
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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 04, 2013 10:15 am

Os Estudos da Parapsicologia e o Cérebro Humano
Stanley Krippner

Introdução

A Psicologia é o estudo científico do comportamento e da experiência.
A Parapsicologia ou Pesquisa Psi, estuda as anomalias de comportamento e de experiências relatadas.

Estas anomalias parecem não fazer parte dos mecanismos explanatórios conhecidos actualmente computadas como informação e influência que fluem através do tempo e do espaço.

No século passado, conduziu-se uma importante pesquisa na tentativa de entender tais relatos.
A Parapsychologycal Association é um corpo internacional de investigadores científicos.

Ela deixou claro que "o comprometimento com o estudo da fenomenologia psi não exige que assumamos a realidade dos factores ou dos processos extraordinários".

Há uma demanda por parte de alguns críticos para que a Pesquisa Psi produza experimentos replicáveis e resultados expressivos antes que possa ser considerada como ciência legítima.

De uma certa forma, já existem replicações e resultados expressivos.
Existe o achado de que cerca de 50% de um grupo não seleccionado relatará haver tido uma experiência psíquica.

Estes relatos são classificados como telepatia, clarividência, precognição e psicocinesia.
Esta percentagem pode variar em função da cultura, do grupo etário, e do nível educacional.
Entretanto, esta percentagem tem se repetido em vários e diferentes estudos nas últimas décadas.

Telepatia é uma palavra usada para descrever a informação obtida por um indivíduo directamente de outro indivíduo, supostamente, por contacto mente-a-mente.

Clarividência é um termo utilizado para descrever a informação supostamente recebida directamente do sistema.

Precognição é uma palavra usada para descrever a informação supostamente obtida directamente do tempo.

Psicocinesia é um termo utilizado para descrever uma suposta influência sobre objectos e organismos através do espaço.

Há uma considerável sobreposição entre os termos, especialmente entre telepatia e clarividência.

Estas experiências intensificam a sensibilidade, o imaginário criativo, o auto-controle dos processos corporais, e a ampliação da memória.

Eles propiciam à ciência uma visão ampliada do que podem ser as restritas capacitações humanas.
Os parapsicólogos crêem que a compreensão dessas experiências merece esforços redobrados da pesquisa.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 04, 2013 10:16 am

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A Pesquisa Psi e os Estudos de Sonhos

A abordagem dos estudos de caso tem auxiliado na avaliação da psi.
A mais famosa colecção de casos foi o levantamento feito por Louisa Rhine.

Por muito tempo, ela colectou doze mil casos espontâneos sugestivos de psi.
Ela identificou as formas principais pelas quais a psi se expressa, tais como alucinações, intuições, sonhos realísticos e sonhos não realísticos.

Esses estudos de caso estimularam Montague Ullman e Stanley Krippner a investigar os sonhos anómalos em laboratório.

Ullman, Krippner e seus associados obtiveram resultados sugerindo que alguns indivíduos poderiam incorporar imagens de fotos artísticas e cartões postais em seus sonhos.

Por exemplo: um indivíduo sonhou que estava indo ao Madison Square Garden para comprar ingressos para uma luta de boxe.

Naquela mesma noite, um psicólogo estivera fixando sua atenção na pintura de uma luta de boxe numa sala distante.

Esses experimentos foram conduzidos, por dez anos, no Maimonides Medical Center, do Brooklin, em New York.
A equipe do laboratório ajustava os eléctrodos na cabeça do sujeito.

Eles o levavam para uma sala à prova de som.
Um dos membros da equipe escolhia ao acaso um envelope opaco, fechado.

Esse envelope continha uma foto artística ou um cartão postal.
Um psicólogo levava o envelope para uma sala distante, abria-o, e estudava a figura.

Os sujeitos adormecidos tentavam incorporar essas imagens aos seus sonhos sem vê-las.
Depois que o estudo terminava, juizes externos comparavam os relatos dos sonhos registados com a colecção de figuras.

Eles tentavam identificar o cartão postal ou a foto artística utilizada em cada noite do experimento.
Cerca de duas em cada três vezes, esses estudos experimentais obtiveram resultados estatísticos significativos.

Stanley Krippner e Michael Persinger revisaram os dados da pesquisa de sonhos do Maimonides Medical Center.
Seleccionaram a primeira noite em que cada sujeito em experimento de telepatia havia visitado o laboratório.

Combinaram os resultados dessas noites com os dados geomagnéticos.
Descobriram que os altos escores de telepatia tendiam a ser ainda melhores nas noites calmas.

Os escores baixos estavam associados às noites marcadas por tempestades eléctricas e alta actividade das manchas solares.

Persinger examinou diversas colecções de estudos de caso.

Declarou que os casos ocorriam mais frequentemente quando a actividade geomagnética estava mais calma.
Esses efeitos podem ajudar entender os mecanismos implícitos nos fenómenos psi.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Ago 04, 2013 10:16 am

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As experiências psi e o cérebro

Poucas pesquisas têm sido feitas com base fisiológica para a manifestação da Psi em sonhos.
A pesquisa iniciada por Persinger pode ajudar a responder essas questões.

Por exemplo:
ele combinou duas antigas pesquisas inglesas de experiências telepáticas com estudos mais recentes.

Todas incluíam a data da ocorrência.
As experiências espontâneas eram mais propensas a ocorrer quando o ambiente estava mais calmo do que nos momentos caracterizados por tempestades eléctricas e alta actividade das manchas solares.

Persinger propôs duas interpretações do efeito do campo geomagnético.

A primeira interpretação é de que a Psi se relaciona com os campos geomagnéticos.
As turbulências solares e as tempestades geomagnéticas afectam essa relação.

A segunda interpretação é que o campo geomagnético afeta a receptividade cerebral à Psi, que permanece constante.

Nesta segunda interpretação, a psi está sempre presente no espaço e no tempo, esperando para ser acessada por uma crise, por emoção, ou por excelentes condições laboratoriais.

A actividade geomagnética pode afectar a capacidade de detecção do cérebro a essa informação.
Sem essa actividade geomagnética, a consciência do estímulo psi não seria provável.

As restritas capacitações latentes do cérebro não seriam utilizadas.

Persinger declara que a intensa actividade do lobo temporal existe em equilíbrio com as condições geomagnéticas globais.

Quando há uma repentina diminuição na actividade geomagnética, parece haver um incremento de experiências de telepatia e clarividência.

O desenvolvimento da actividade geomagnética pode anular os níveis de melatonina pineal.
Isso pode contribuir para a redução do limiar de extensão cortical.

Há alguma evidência de que o aumento da actividade geomagnética contribui para a ocorrência de psicocinesia espontânea ou laboratorial.

Alguns dados de pesquisa reafirmam essa possibilidade.

Gertrude Schmeidler propôs que um sujeito de pesquisa mais estimulado pela actividade geomagnética seria mais efectivo em fenómenos psicocinéticos.

Alguns parapsicólogos se especializam em estudar a suposta sobrevivência à morte física.
Outros estudam as aparições dos entes queridos descritas pelos enlutados.

Persinger analisou cerca de duzentos relatos.
Tendiam a ocorrer quando a actividade geomagnética aumentava.

De acordo com Persinger, o estímulo da amígdala e do hipocampo do cérebro, os colocam numa posição única de afectar as experiências psi.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 05, 2013 10:50 am

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Os grupos de neurónios no hipocampo poderiam ser influenciados por campos electromagnéticos externos de frequência similar.

É de importância relevante para a Psi a associação entre a plasticidade do hipocampo com a memória.

Apenas poucos segundos de estímulos relacionados com a Psi poderiam causar mudanças permanentes no hipocampo e alterar a memória.

Uma vez que a memória seja alterada poderia parecer tão "real" quanto a memória adquirida de formas mais tradicionais.

A Psi e os lobos temporais

Persinger também registou dados sobre pessoas que lamentam a morte de outras pessoas, amigos e pessoas amadas.
Ele descobriu que a actividade geofísica em combinação com o desgosto, pode estar associada com a visão de pessoas falecidas.

Esses dois factores baixam os níveis de melatonina e seratonina, levando actividade ao lobo temporal associada com visões e alucinações.

Um estudo identificou crenças e expectativas culturais que estavam relacionadas com visões de tristeza.

Como exemplos, as características do ambiente, dos estados emocionais, as metáforas, os símbolos e as sugestões directas ou indirectas.

O nome do lugar, a simbologia de um momento específico e/ou as características da personalidade do indivíduo desempenham seu papel nas visões das mortes.

Os dois lobos temporais do cérebro constituem por volta de quarenta por cento da área de funcionamento elevado chamada cérebro.

Os lobos temporais estão bem posicionados para integrar estímulos perceptivos de todo tipo.

Por causa destas capacitações, as experiências psi também poderiam ser integradas nos lobos temporais.

As estruturas profundas dos lobos temporais são as partes de maior instabilidade eléctrica do cérebro humano.

A labilidade do lobo temporal pode ser modificada por técnicas tais como a meditação.

A contribuição dos processos do lobo temporal aos fenómenos psi tem duas importantes implicações:
primeiro, as experiências psi - especialmente as experiências psi espontâneas, poderiam ser dominadas pelas funções dos lobos temporais.
Tal evidência é vista na frequência de sonhos, imagens e emoção nas experiências dos fenómenos psi.

Segundo, as flutuações eléctricas dos lobos temporais possibilitam outros estímulos a competir por actividade neural.
Isso facilitaria as experiências psi e simularia a própria Psi ou experiências semelhantes à Psi.

Por exemplo, nenhuma outra condição cerebral estimula tanto as experiências semelhantes à Psi quanto a epilepsia límbica do lobo temporal.

No entanto, seria um erro presumir que as experiências psi sejam uma forma de epilepsia límbica.
Os relatos de fenómenos psi relacionam-se frequentemente com os sonhos normais nocturnos e a epilepsia ocorre durante o dia.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 05, 2013 10:50 am

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Além do mais, o gatilho da experiência psi é um evento externo.
Um evento interno desperta um ataque epiléptico.

De qualquer forma, suas muitas similaridades propiciam oportunidades para estudos posteriores.

Persinger tentou fazer tal investigação abordando os estudos de casos.
Ele observou que muitas experiências psi espontâneas ocorriam entre duas e quatro horas da manhã.

Muitas outras ocorriam entre nove e onze horas da noite.
Estes são os horários exatos em que os ataques do lobo temporal são mais frequentemente relatados.

Willian Roll tem sido um pioneiro na investigação das possíveis conexões entre a epilepsia e a psicocinesia.
Numa pesquisa, ele entrevistou setenta e oito estudantes.

Roll encontrou muitos exemplos de alucinações olfactivas e auditivas entre as dez pessoas que relataram a mais alta frequência de experiências psi significativas.

Vernon Neppe observou que pacientes com disfunções do lobo temporal seguidamente acusam vívidas experiências psi.

Montou o questionário Neppe do lobo temporal que identifica as descrições de eventuais sintomas do lobo temporal.
Os exemplos são as alucinações auditivas ou "ouvir vozes", bem como a perda da identidade.

Neppe aplicou o questionário a seis pessoas que haviam relatado experiências psi.
Aplicou também o questionário a seis pessoas que não haviam relatado experiências psi.

No primeiro grupo houve uma média de seis sintomas de lobo temporal.
O segundo grupo teve uma média de menos de um sintoma de lobo temporal.

Michael Winkelman estudou xamãs indígenas.
Encontrou evidências de descargas eléctricas do lobo temporal.

Winkelman também encontrou associações entre os sintomas do lobo temporal e os relatos de "possessão" espiritual de médiuns nativos.

Nos dois grupos houve usuais exemplos de amnésia, tremores, convulsões e comportamento motor compulsivo.

Estes lembravam os sinais identificados pelo questionário Neppe do lobo temporal.

A Psi e outras áreas cerebrais

Alguns experimentos parapsicológicos compararam as "tarefas psi do hemisfério esquerdo" com as "tarefas psi do hemisfério direito".
Outros examinaram a predominância hemisférica durante os testes psi.

Eles o fizeram gravando os movimentos dos olhos dos sujeitos enquanto respondiam.
Alguns desses estudos obtiveram significância estatística.

Esses estudos favoreceram as "tarefas psi do hemisfério direito".
Num estudo inovador, Robert Quider testou quarenta sujeitos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Ago 05, 2013 10:51 am

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A metade dos sujeitos recebeu instruções com música.
A outra metade recebeu instruções sem música.

Os escores psi foram significativamente mais altos com música do que aqueles sem música.

Talvez haja uma conexão entre as mentalizações e os relatos de Psi.
Sheryl Wilson e Theodore Barber estudaram vinte e seis indivíduos que tinham vivida mentalização.

Foram comparados a vinte e cinco sujeitos que tinham mentalização normal.
Os sujeitos com mentalização vivida eram mais hipnotizáveis.

Eles relataram mais fantasias tanto como crianças quanto como adultos.
Diziam ter mais experiências de clarividência, precognição e telepatia.

Relataram também mais experiências fora do corpo, mais sonhos lúcidos, mais aparições de mortos, visões místicas, visões de auras e sensação dos campos de energia.

Vários pesquisadores examinaram as ondas cerebrais nos electroencefalogramas.
Três principais tipos de ondas cerebrais têm sido estudados:
ondas alfa, ondas beta e ondas tetha.

Algumas relações foram encontradas entre os altos escores psi e as ondas alfa.

Numerosas teorias tentam explicar as anomalias de espaço e tempo envolvidas nos fenómenos psi.

Douglas Stokes discutiu diversas teorias.
Muitas delas são baseadas no desenvolvimento da física, como a mecânica quântica.

A maioria dos modelos dessas teorias são testáveis, especialmente as teorias observacionais.
Nas teorias observacionais, os eventos da mecânica quântica não são prioritários ao acto de observação psicológica.

Uma teoria foi proposta por Ervin Laszlo.
Ele postula a existência de um "campo psi" que envolve e interliga toda a matéria.

Laszlo diz que esse campo "cria uma comunicação espontânea entre os cérebros humanos bem como entre os cérebros humanos e o meio ambiente".

Os efeitos desse campo conduzem o tipo de informação que normalmente é conhecido como fenómeno psi.

A Parapsychologycal Association declara que "classificar um evento como fenómeno psi não constitui uma explicação para esse evento.
Apenas indica um evento para o qual é necessário procurar uma explicação científica".

O estudo desses fenómenos pode expandir a compreensão da ciência a respeito dos processos aos quais usualmente se refere como "consciência" e "mente".

Portanto, os parapsicólogos necessitam enfatizar a natureza especulativa desse campo.
Os parapsicólogos devem ser francos sobre sua condição contraditória.

Não devem ir além do que é garantido pela evidência.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 06, 2013 10:58 am

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Entretanto, essa sobriedade deve estar combinada com uma dedicação aos procedimentos científicos e com um comprometimento pela busca das descobertas e da compreensão.

Michael Murphy escreveu um livro importante, intitulado "O futuro do corpo humano".

Nesse livro, Murphy afirma que "vivemos apenas parte da vida que nos é dada".

Ele cataloga dúzias de estudos de caso e relatos de pesquisa demonstrando o que pode ser chamado de "capacitações latentes restritas" ao cérebro e ao corpo humano que, muitas vezes, transcendem espaço e tempo.

Murphy coloca os dados parapsicológicos lado a lado com as evidências da medicina, dos desportos, das artes marciais e das ciências sociais e do comportamento.

Ele fornece os exemplos do controle voluntário, da auto-regulação (feedback), das práticas transformadoras e das experiências humanas extraordinárias.

Os parapsicólogos suspeitam que essas capacidades podem proporcionar caminhos práticos para o progresso da vida do homem e o entendimento do potencial humano.

§.§.§- O-canto-da-ave
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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 06, 2013 10:59 am

Radioestesia
Ana Luiza Barbosa de Oliveira

Originalmente publicado em Projecto Ockham

Introdução

O termo radioestesia (ou em inglês, dowsing) vem do latim radius, radiações, e do grego aesthesis, sensibilidade, ou seja, radioestesia significa literalmente sensibilidade a radiações.

Os chamados radioestesistas alegam ser capazes de captar radiações de diversas origens, incluindo objectos inanimados (águas subterrâneas, metais preciosos,etc), seres vivos (pessoas e seus órgãos internos), e até mesmo de espíritos.

Mais que isso, alegam também poder analisar estas radiações, de forma a atribuir-lhes uma qualidade positiva (benéfica) ou negativa (prejudicial).

Técnicas de radioestesia são largamente empregadas em pseudo-ciências ou outras actividades associadas a fenómenos "paranormais".

As alegações dos radioestesistas

A lista de utilidades da radioestesia é impressionante.

Segundo os radioestesistas, sua técnica pode ser empregada para:
* pesquisa, detecção e tratamento de doenças;

* prospecção de veios d'água subterrâneos (perfuração de poços artesianos);
* prospecção de jazidas de pedras preciosas e de metais (ouro, prata,platina, etc.);

* detecção de ondas nocivas, tais como:
linhas Hartmann e linhas Curry (supostos campos de energia existentes na superfície da Terra);
correntes de água subterrâneas;

condutas de água contaminada, isto é, esgotos;
jazidas de metais nocivos à saúde (por exemplo, cobre e mercúrio, etc.);
antigos cemitérios, depósitos de lixo, locais de antigas prisões, hospitais, manicómios, etc.;

falhas geológicas no terreno; identificação de locais onde houve grandes morticínios de pessoas (guerras, chacinas, etc.);

locais de antigos abatedouros de animais;
objectos (quadros, tapetes, cortinas, móveis, etc.) geradores de energias nocivas;

* na construção civil:
confecção de uma planta benéfica à saúde, escolha dos materiais a serem utilizados na construção (tijolos, azulejos, etc.), detecção do melhor ponto do terreno para a edificação, melhor localização dos cómodos (escritórios) para prosperidade material e harmonia familiar (no ambiente de trabalho), etc.;

* localização de objectos e de pessoas desaparecidas;
* identificação de assassinos;
* escolha da alimentação mais adequada segundo o temperamento da pessoa;

* escolha do melhor local para a fixação de uma residência, templo, comércio, etc.;
* identificação de defeitos em carros, aparelhos electrodomésticos, etc.;

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Ago 06, 2013 11:00 am

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* pesquisa sobre a afinidade (afectiva, intelectual, etc.) entre um grupo de pessoas (para, por exemplo, escolher um sócio para um empreendimento);

* escolha de terreno e época mais adequada para o plantio de sementes;
* escolha do melhor local para pastos, celeiros, estrebarias, currais, etc.;

* escolha de objectos para decoração de casas, lojas, escritórios, etc., de tal forma que as energias por eles irradiadas sejam apropriadas para o local.

* localizar minas terrestres (para aqueles mais corajosos...);
felizmente os radioestesistas dizem que esta localização pode ser feita à distância.

Os instrumentos

Apesar de alguns radioestesistas afirmarem sentir directamente as radiações, a maioria deles utiliza ferramentas que ajudam a focalizar esta energia.

As mais comuns são as seguintes:

* Pêndulos:
qualquer objecto simétrico preso a um fio.
Geralmente, são feitos de madeira, cristal ou metal;

* Varinha ou forquilha:
é a ferramenta mais comumente associada à radioestesia e consiste de uma haste em Y de madeira ou metais, sendo geralmente utilizada para a prospecção de água e metais:

A Telepatia Forquilha

# Dual-rod:
são duas varinhas apoiadas em um suporte, por onde o radioestesista as segura de forma a permitir sua livre rotação.

Também conhecida como varinha em L, devido sua forma:
A Telepatia Dualrod

Dual-rod

Para os radioestesistas profissionais, que exigem uma qualidade superior em seus instrumentos, existem versões mais sofisticadas, como, por exemplo, o Aurameter, anunciado como um dos mais sensíveis instrumentos do mundo.

O Aurameter existe em várias versões e preços, desde o modelo cromado (por apenas US$ 119,00) até um modelo folheado a ouro (por US$ 178,00).

A teoria, segundo os radioestesistas

Como é comum entre os pseudo-cientistas, parte dos radioestesistas não tenta oferecer uma explicação sobre como este fenómeno funciona, dizendo que o seu mecanismo ainda não foi desvendado.

Forquilha em acção
A Telepatia Forquilha2

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 07, 2013 10:26 am

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Dentre aqueles que oferecem uma explicação, esta geralmente consiste em interacções entre os campos de energia e os músculos do corpo.

Em outras palavras, os campos de energia causam pequenas contracções musculares, que são amplificadas pelas ferramentas de radioestesia.

Como estas ferramentas apenas amplificam as vibrações captadas pelo operador, não importa de que material são feitas.

Como não poderia deixar de ser, em função da variedade de objectos e formações que podem ser localizadas pela radioestesia, vários tipos de campos energéticos foram sugeridos como possíveis candidatos para explicar os fenómenos radioestésicos, entre eles:
gravitacional, electromagnético, radioactivo, sísmico (o campo de tensões próximo a fraturas, fissuras e falhas), geotérmico ou geoquímico.

A forma como a energia destes campos é captada pelo nosso sistema neuro-muscular, entretanto, não é detalhada.

Por outro lado a associação Dowsers Canada oferece uma explicação alternativa: a intuição.

A técnica de radioestesia é então chamada de IT (Intuition Technology), ou tecnologia da intuição, provavelmente um trocadilho com o termo tecnologia da informação, muito empregado actualmente.

De acordo com a Dowsers Canada, os seres humanos funcionam como um receptor de rádio, que pode ser sintonizado a uma chamada "Força para o Bem".

Na radioestesia, então o praticante treina seu sistema muscular para funcionar como uma conexão entre a parte intuitiva de sua "equipe mente-cérebro" e uma ferramenta que indica a natureza da mensagem (como um amplificador ligado a um alto-falante).

Como nossa "equipe mente-cérebro" é bastante poderosa, nós poderíamos programar os sinais resultantes.

Por exemplo a "Força para o Bem" aparentemente usa um movimento circular no sentido horário (para um pêndulo) para sinalizar uma resposta positiva e um movimento anti-horário para uma resposta negativa.

Através deste site, você pode comprar livros que detalham melhor a técnica, de autoria de John Living, indicado como um dos maiores especialistas mundiais no assunto.

Outro texto de John Living, disponível na Internet, ensina especificamente como localizar minas terrestres através da radioestesia.

Neste caso, por se tratar de uma actividade perigosa, a correcta atitude mental é bastante enfatizada.

Assim, John Living diz "A intenção por trás de suas acções é crítica.

Se sua intenção é ganhar dinheiro ou ser capaz de arar a terra de sua fazenda, então você está em busca de ganho pessoal, e, historicamente, Deus e os Anjos Guardiães não são a favor de que seus poderes sejam usados para ajudar objectivos egoístas."

Antes de proceder, você deve perguntar a seu pêndulo se é seguro prosseguir, já que "seu Anjo Guardião pode saber que hoje pode ser um dia ruim...
Você seria muito tolo de não seguir este conselho!"

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 07, 2013 10:27 am

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Mais para a frente, John Living ensina que, como diz um antigo ditado, similar atrai similar (?!) e portanto uma vantagem extra pode ser conseguida utilizando-se uma mina desarmada como o peso de seu pêndulo, de preferência com algum explosivo ainda em seu interior.

As instruções do site são bastante detalhadas, chegando a ponto de frisar que a indicação de que uma mina foi encontrada deve ser feita quando "o pêndulo estiver sobre o item, e não quando VOCÊ estiver sobre o item - se fosse uma mina e você esperasse até estar sobre ela, ela teria explodido!"

Vários sites na Internet oferecem informações para aqueles que queiram se iniciar na radioestesia.

Alguns pontos de partida são a American Society of Dowsers e a British Society of Dowsers

O que dizem os cépticos

A Telepatia Ouija - A explicação dada pelos cépticos para os fenómenos da radioestesia baseam-se no chamado efeito ideomotor, isto é, a "influência da sugestão na modificação e direccionamento do movimento muscular, independente de volição [vontade consciente]", identificado pelo psicólogo e fisiologista William B. Carpenter em 1852.

Carpenter mostrou que vários fenómenos sobrenaturais possuíam uma prosaica explicação científica.

Ele não negou a existência do fenómeno, nem a honestidade das pessoas envolvidas, mas apresentou uma explicação não paranormal para fenómenos como radioestesia, pêndulos e tábuas Ouija (mesa onde se pratica a "brincadeira" ou "jogo" do copo):
minúsculos movimentos musculares inconscientes, produzidos por sugestão, eram responsáveis pelo movimento dos objectos envolvidos.

Apesar deste fenómeno ser conhecido e descrito ao longo de um século e meio, muitas pessoas, inclusive cientistas, o desconhecem.

Apesar de ser o próprio operador que move as varinhas, pêndulos, etc, ele próprio não está consciente e atribui o facto a forças externas, radiações ou outras emanações.

É interessante notar que mesmo estando consciente do efeito ideomotor, as pessoas ainda experimentam suas consequências, tendo em vista que ele é independente de vontade consciente.

A Telepatia Michaelf - Enquanto W.B. Carpenter estudava o efeito ideomotor, Michael Faraday se dedicava ao estudo de uma de suas "aplicações" mais famosas.

Faraday era um físico e químico inglês (1791-1867) mais conhecido por seus experimentos pioneiros em electricidade e magnetismo.

Considerado por alguns o maior experimentador da história da ciência, criou dispositivos que viriam a dar origem ao motor eléctrico, ao gerador e ao transformador.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Ago 07, 2013 10:28 am

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Faraday se interessou por um fenómeno conhecido como table-turning, que era uma febre entre os parapsicólogos americanos e europeus na década de 1850.

Neste fenómeno, um grupo de pessoas sentava-se a uma mesa com suas mãos apoiadas sobre ela e, após algum tempo de espera, a mesa inclinava-se sobre uma de suas pernas, chegando a mover-se pela sala ou até mesmo, segundo alguns relatos, a levitar.

Este fenómeno é considerado o primeiro a atrair cientistas para a análise de manifestações supostamente paranormais.
Faraday elegantemente provou que o movimento da mesa era o resultado de subtis forças aplicadas inconscientemente pelos participantes.

Para isto, Faraday colocou uma pilha de folhas de papelão cobrindo o tampo da mesa, presas por elásticos que permitiam um pequeno movimento relativo entre elas.

Os participantes colocavam suas mãos sobre a pilha de forma que a origem do movimento podia ser identificada pela forma como as folhas eram deslocadas.

Por exemplo, se a mesa se movesse para a esquerda e o movimento realmente partisse da mesa, as folhas formariam uma "escada", subindo da esquerda para a direita, já que a folha em contacto com a mesa seria a primeira a se mover, seguida gradualmente pelas folhas seguintes até a folha de cima, que seria retardada pelo atrito com as mãos dos participantes.

Na verdade, o que acontecia era exactamente o oposto, isto é, a folha de cima apresentava o maior deslocamento, indicando que o movimento partia dos participantes.

O professor emérito de psicologia da Universidade de Oregon, Ray Hyman, tem se dedicado ao estudo e ensino da psicologia da crença e auto-ilusão, além de conduzir estudos críticos detalhados sobre experimentos parapsicológicos.

Ele realizou um experimento para ilustrar como funciona o efeito ideomotor, demonstrando como a sugestão associada ao efeito ideomotor podem levar as pessoas a realmente crerem que alguma força externa é responsável pelo movimento de varinhas de radioestesia.

A um grupo de estudantes ele demonstrou o princípio de funcionamento das varinhas de radioestesia em L.

Ele andou pela sala e fez com que as varinhas se cruzassem em um determinado ponto, ao se afastar deste ponto, fez as varinhas voltaram à posição original.

Então ele falou para os estudantes que aquele era um ponto onde possivelmente se encontrava uma tubulação de água.

Em seguida, ele pediu que cada estudante repetisse o experimento e quase todos experenciaram uma força desconhecida que fazia com que a varinha se cruzassem exactamente onde eles esperavam que isto ocorresse conforme sugestão de Hyman.

O experimento foi repetido com outro grupo, mas Hyman fez com que as varinhas se cruzassem em outro ponto da sala, e novamente os estudantes relataram uma força externa que movia as varinhas no exacto ponto onde eles acreditavam que elas se cruzariam.

Aqueles que acreditam na radioestesia dirão que o efeito ideomotor pode não ser aleatório e a resposta associada a ele é fruto do ambiente, das radiações etc.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 08, 2013 10:13 am

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O seguinte estudo mostra que este não é o caso.
Em 1986, o governo alemão deu 250 mil dólares para os físicos da Universidade de Munique verificarem se a radioestesia era um fenómeno paranormal.

Os pesquisadores planearam um experimento cuidadoso a fim de averiguar a capacidade dos radioestesistas de encontrar tubulações de água dentro de um depósito nos arredores de Munique.

Os 500 radioestesistas convidados passaram por um teste preliminar para seleccionar os 43 mais habilidosos.

Para verificar a habilidade dos radioestesistas em encontrar água corrente, foi estabelecida no depósito uma linha de teste de 10 metros e no subsolo foi colocado um vagão que permitia mover ao longo da linha de teste uma tubulação conectada a uma bomba através de mangueiras.

Os radioestesistas tinham que indicar onde se encontrava a tubulação e todos concordaram que esta era uma tarefa condizente com suas habilidades.

O estudo também envolveu milhares de testes preliminares, cujo objectivo era eliminar os candidatos sem talento algum e ajustar as condições do experimento de forma a que cada radioestesista trabalhasse em condições de melhor resposta.

Assim foram feitos testes com água corrente, parada, sem água, com água salgada ou água contendo areia ou cascalho, fluxo turbulento ou não, e cada radioestesista escolheu as condições que considerava ideais.

Além disso, antes de cada experimento, os radioestesistas faziam uma varredura do depósito para verificar se havia alguma fonte de radiação que pudesse atrapalhar os testes;
em caso positivo, o local era excluído como possível ponto para localização da tubulação.
(Interessante notar que os locais das fontes de interferência eram diferentes de acordo com o radioestesista).

Foram conduzidos um total de 843 testes durante dois anos e os dados obtidos mostraram resultados totalmente randómicos, ou seja, os radioestesistas estavam apenas adivinhando onde estava a tubulação.

Apesar de alguns testes individuais apresentarem resultados acima do esperado para pura adivinhação, o radioestesista em questão não era capaz de repetir uma série tão boa.

Eventos fora do comum são pouco prováveis, mas não são impossíveis, e a indicação de algo sobrenatural estaria no facto da pessoa repetir algumas séries com resultados extraordinários, o que não foi o caso.

As figuras abaixo mostram o que se esperaria de radioestesistas com uma boa habilidade (uma relação clara entre seus resultados e a localização dos alvos) e o resultados reais do teste (totalmente aleatórios).

A Telepatia Fig1bA Telepatia Fig3

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Ago 08, 2013 10:13 am

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Conclusões

Apesar dos praticantes de radioestesia realmente acreditarem e sentirem que uma força desconhecida da ciência é responsável por mover as varinhas, pêndulos, etc, o fenómeno pode ser facilmente explicado através do efeito ideomotor, onde um movimento muscular inconsciente e quase indetectável é amplificado através de "ferramentas".

Este efeito é conhecido e estudado há um século e meio, no entanto, por ser totalmente inconsciente, pode enganar mesmo as pessoas mais esclarecidas, que se apegam então a explicações paranormais.

Mesmo que se considere a possibilidade de algum outro efeito ainda desconhecido estar envolvido na radioestesia, cabe aos radiostesistas o ónus da prova, isto é, demonstrar convincentemente que sua técnica realmente funciona.

Infelizmente, isto ainda não foi feito, apesar da longa história da radioestesia (uma boa revisão histórica pode ser encontrada aqui).

Uma revisão abrangente dos estudos experimentais existentes até 1982 chegou à seguinte conclusão:
"Apesar do grande número de investigações sobre a radioestesia, sua situação ainda é não é clara.
Isto é principalmente resultado de procedimentos experimentais e/ou relatórios desleixados".


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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 09, 2013 11:42 am

Ganzfeld Experiments

Existe percepção extra-sensorial?

Hindemburg Melão Jr.

Desde a década de 1970, começaram a ser realizados estudos relativamente sérios em que pessoas tentam transmitir telepaticamente informações a outras.

Os experimentos são desenvolvidos em laboratórios de universidades bem reputadas e seguindo praticamente todos os protocolos recomendados pela metodologia científica vigente.

Os artigos sobre o tema apresentam maior rigor do que os artigos que versam sobre Psicanálise, Testes Personalógicos e Testes Projectivos.

Os autores destas pesquisas afirmam que os resultados indicam que a telepatia de facto existe.

Os experimentos têm sido reproduzidos com rigor progressivamente maior e, até o momento, continua predominando, inclusive entre pesquisadores respeitados, a opinião de que estas pesquisas corroboram a existência de transmissão telepática de informação.

As críticas que vi até agora, feitas pelos cépticos de carteirinha, geralmente são mais esotéricas do que os argumentos usados pelos que defendem a existência de telepatia.

Mas há alguns detalhes importantes que precisam ser considerados, e é sobre isso que trataremos aqui.

Para começar, vejamos uma descrição do fenómeno ganzfeld publicada no site “Dicionário do Céptico”:

1. Preparação do receptor (receiver) e do transmissor (sender).

O receptor é colocado numa cadeira confortável.
Coloca fones de ouvido que tocam ruído branco ou rosa continuamente.

[Ruído branco é um tipo de ruído produzido através da combinação de sons de todas as diferentes frequências.
Quando se combinam todos os tons imagináveis que um ser humano pode ouvir, obtém-se ruído branco.
Isso mascara quaisquer sons distinguíveis e praticamente elimina as informações sensoriais com origem no som.
Ruído rosa é o ruído branco sem as frequências altas, e soa como uma queda d'água.
]

Colocam-se metades de bolas de pingue-pongue sobre os olhos.
Uma luz vermelha ilumina o rosto.
Antes que o teste se inicie, toca-se uma fita de relaxamento, a fim de colocar a pessoa num estado relaxado.

Após vários minutos de campo sensorial inalterado, o receptor supostamente atinge um estado semelhante ao de estar numa câmara de isolamento sensorial.

É comum relatarem-se alucinações nesse estado.
Antes que se sele o receptor na câmara de ganzfeld, pede-se a ele que diga em voz alta o que está sentindo ou "vendo", e ele o faz por cerca de 20 minutos.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 09, 2013 11:42 am

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2. Transmissão do alvo.

Em outra sala, um assistente já seleccionou uma imagem de um pacote de alvos, dentro de um grande conjunto de pacotes.

Cada um tem quatro figuras ou vídeos que são bastante diferentes um do outro.
O alvo fica dentro de um envelope opaco.
O experimentador é cego para esse conteúdo.

O assistente entrega a ele o envelope.
O experimentador o entrega ao transmissor, que é fechado na sala.

O transmissor tenta comunicar o alvo ao receptor telepaticamente.
São feitos intervalos e o processo de envio é repetido várias vezes.

Em muitos desses experimentos, a selecção do alvo é automatizada (autoganzfeld).
[Isso foi feito em resposta às críticas de Ray Hyman sobre a casualização dos alvos.]

O experimentador tem comunicação direta com a sala do receptor, e pode ouvir e gravar tudo o que ele diz, assim como comunicar-se com ele.

A sala do transmissor é equipada para ouvir o que o receptor diz.

Isso é considerado um "feedback", supostamente útil para guiar o transmissor para que altere seu método de transmissão telepática.

3. Avaliação do resultado.

O processo inteiro dura de 15 a 30 minutos.

O receptor é libertado dos fones e das coberturas dos olhos e "apresentado a vários estímulos (geralmente quatro) e, sem saber qual deles era o alvo, tem de relacionar o grau em que cada um deles coincide com as imagens e pensamentos experimentados durante o período de ganzfeld.

Se o receptor atribuir a maior pontuação ao estímulo que corresponde ao alvo, isso é registado como um "acerto".

Assim, se o experimento usa conjuntos de avaliação que contêm quatro estímulos (o alvo e três iscas, ou estímulos de controle), a taxa de acertos esperada por acaso é de 0,25"
(Bem e Honorton 1994).

Se a taxa de acertos é significativamente superior ao acaso (25%), os pesquisadores tomam isso como evidência de psi.

Senão, tomam como evidência do que seria esperado por simples palpites.

Os primeiros estudos ganzfeld importantes foram feitos por Charles Honorton, William Braud e Adrian Parker, dos meados de 1970 aos de 1980.

Segundo Dean Radin, esses experimentos oferecem provas científicas da existência de psi.

"Temos plenas justificativas para ter confiança muito alta de que algumas pessoas às vezes obtenham pequenas quantidades de informações específicas à distância, sem o uso dos sentidos comuns.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Ago 09, 2013 11:43 am

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Efeitos psi realmente ocorrem no ganzfeld"
(Radin 1997: 88).

No que consistem essas provas cientificas?
Honorton alegou que 55% dos estudos entre 1974 e 1981 obtiveram resultados significativos.

Ray Hyman avaliou esse grande volume de trabalhos e criticou a alegação de Honorton em vários aspectos, entre os quais o problema da gaveta de arquivo e relato tendencioso não foram os menores (Hyman 1989: 28).

Hyman alegou, diante de uma reunião conjunta da Society for Psychical Research e da Parapsychological Association (Agosto de 1982) que havia estimado a taxa efectiva de erro dos estudos em cerca de 0,25.

Honorton sustentava que a taxa de erro era cerca de 0,05.
Hyman concluiu que a base de dados psi ganzfeld era "inadequada, quer para apoiar o estudo como reprodutível, quer para demonstrar a realidade de psi" (Hyman 1989: 53).

Grande parte de sua análise inicial foi focalizada em problemas estatísticos e na falta de coerência entre os diversos estudos.

No entanto observou, entre outras coisas, que, dos 36 estudos com resultados positivos, 50% deles vinham de apenas quatro pesquisadores.

Em 1986, Hyman e Honorton emitiram um comunicado conjunto no qual concordaram que havia um efeito significativo global na base de dados ganzfeld "que não podia ser razoavelmente explicada por relato selectivo ou análise múltipla", mas que continuavam "a divergir a respeito do grau em que o efeito constituiria evidência de psi" (Hyman 1989: 63).

Estipularam então alguns padrões restritivos aos quais futuros experimentos deveriam aderir.

Em 1994, Bem e Honorton publicaram os resultados de uma meta-análise de 28 estudos ganzfeld, dos quais 23 tinham resultado em taxas de acerto superiores ao esperado pelo acaso.

A taxa de acertos global foi de 36%, quando o previsto pelo acaso seriam 25%.
Os resultados, segundo Dean Radin, tinham "probabilidade de dez biliões contra uma contra o acaso".

Uma análise posterior de Honorton recalculou as probabilidades contra o acaso como 10.000 para uma, com a reprodução em oito outros laboratórios além do de Honorton.

A análise posterior, alega Radin, eliminou o efeito gaveta como questão relevante, embora a fórmula estatística usada para substanciar essa alegação tenha sido considerada enganosa (Stenger 2002).

Quando os estudos granzfeld foram automatizados, a fim de se eliminarem potenciais vícios e fornecimento de pistas por parte dos investigadores ao seleccionar e apresentar os alvos, os resultados foram semelhantes aos dos estudos anteriores.

Por exemplo, onze estudos com 240 participantes em 354 sessões apresentaram uma taxa de acertos de 32%, quando seriam esperados 25% por acaso.

Entre todos os procedimentos descritos, a provável causa principal das distorções nos resultados é o fato de o emissor receber informações sobre o que o receptor está pensando.

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