LUZ ESPÍRITA
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Momentos Espíritas I

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty Mensagem que salva

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 08, 2012 11:00 am

Ano bissexto

Ao chegar, cada novo ano se reveste de promessas.
É como o alvorecer de um novo dia, cheio de sol, após a noite escura.

Embora o tempo, qual o concebemos, não passe de ilusão, o ano novo é sempre esperança.
Por isso mesmo ele é representado pela figura de um bebê, onde tudo é promessa.

O ano de dois mil e onze teve uma característica muito especial. Foi bissexto.

Para muitas pessoas isso significa que algumas coisas não devem ser feitas nesse ano.
Há os que acreditam que não se deve casar.
Outros afirmam que é um ano problemático e já começam a mentalizar dificuldades. As piores.

Uns relacionam suas crises financeiras a anos bissextos.
Ou desilusões amorosas. Ou perdas afectivas trágicas.
A verdade é que muita gente acredita que o ano é impróprio para comprar casa ou iniciar a construção de grandes obras.

Possivelmente porque ignoram a verdade histórica e assim atribuem propriedades mágicas ao ano bissexto.

O ano bissexto foi criado em 1582, a pedido do Papa Gregório XIII, pelo alemão Cristhopher Flavius.
É que a cada trezentos e sessenta e cinco dias e seis horas a Terra dá uma volta completa em torno do sol.
Mas o ano é contado como sendo de trezentos e sessenta e cinco dias.
Deixam-se as seis horas para serem contadas de quatro em quatro anos.
Por essa razão é que o quarto ano sempre tem um dia a mais, desde 1583.

O ano de 1582 teve dez dias a menos, para descontar o erro que vinha se acumulando pelo calendário juliano, antes utilizado.
Calendas, do latim calare (proclamar) era a designação do primeiro dia de qualquer mês do ano civil romano.
O mês começava dois dias após a lua nova, quando se proclamava a obrigação do pagamento de certos tributos.

Com o calendário gregoriano se aboliu a designação calendas para o primeiro dia do mês e se passou a usar o número um para ele e os seguintes para aqueles que o sucediam.

O dia extra do quarto ano foi inicialmente colocado no sexto dia antes das calendas de março.
Em latim: bis sexto ante calendas marti, ou seja no dia vinte e três de fevereiro.
Mais tarde se convencionou colocá-lo após vinte e oito de fevereiro, o último dia do mês, contudo, a tradição se manteve e o ano continuou a se chamar bissexto.

Como se vê, a explicação é simples e racional.
Nada de extraordinário, portanto, no ano bissexto, a não ser a recriação das possibilidades de progredir que Deus oferece.
O importante na vida do Espírito são as etapas vencidas, o saber adquirido através da experiência e as virtudes conquistadas pela dor e pelo amor.

O futuro é sempre a esperança que nutrimos de alcançar um estado melhor. E a realidade é o presente eterno.
É assim que devemos encarar o tempo e, particularmente, o ano novo.
Façamos o propósito de alcançar no seu transcurso a maior soma possível de aperfeiçoamento.

Muitos povos continuam a observar o calendário juliano para efeitos religiosos.
Por exemplo, os ucranianos.
É por este motivo que eles comemoram o Natal no dia sete de janeiro.

O dia sete de janeiro coincide também com o dia do Santo Korchma (deus do sol), uma tradição pagã cristianizada pelos ucranianos.

O tempo é a tua oportunidade de realização. Aproveita-o com empenho.

Momento Espírita, com pensamentos do cap. 2, do livro Na seara do Mestre, de Vinícius, ed. Feb.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty O maior milagre

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 09, 2012 10:57 am

Durante Seu ministério, entre os homens, Jesus não teve repouso.
As narrativas evangélicas falam dEle percorrendo várias localidades.

Em todos os lugares por onde andava, a multidão corria para vê-lO e ouvi-lO.
A Sua voz tinha uma entonação especial.

A Sua compaixão para com os caídos, os enfermos da alma fazia com que eles se aproximassem.

Como de Suas mãos se desprendiam energias que curavam, libertando infelizes e doentes, o povo estava sempre com Ele.

O que mais despertava o assombro das pessoas eram as Suas curas, consideradas milagrosas, pois que não entendiam como Jesus conseguia libertar os cegos das trevas, os paralíticos da sua imobilidade e os perturbados daqueles que os atormentavam.

A todo lugar que comparecia, Ele era procurado pelas pessoas que desejavam ver mais e mais milagres e prodígios.

E os fenómenos se multiplicavam:
a pesca maravilhosa, a recuperação do paralítico descido pelo telhado, o retorno de Lázaro do túmulo onde estava há três dias.

Falava-se da multiplicação de pães e peixes, da tempestade acalmada.
O que as pessoas não estavam se dando conta, na oportunidade, é que o maior fenômeno de todos, Jesus realizava através da palavra.

Ele era o Semeador e estava semeando sementes de luz.
Essa claridade jamais haveria de se apagar.
Ao contrário, iria se multiplicar no transcorrer dos tempos.

Ele encontrou uma mulher equivocada e lhe falou a respeito do amor verdadeiro.
Ela se transformou e, seguindo-lhe os ensinos, se tornou a irmã dos desprezados do vale dos leprosos.

Seu nome era Maria Madalena.
Fez questão de Se encontrar com a samaritana, no poço de Jacó, e a convidou ao ministério do bem.
Transformou-a em uma divulgadora do Evangelho. Seu nome era Fotina.

Por onde quer que passasse, quem O ouvisse não conseguia ser o mesmo.
Mercadores e viajantes, pastores e agricultores, príncipes das sinagogas, soldados e publicanos, todos que O ouviam tinham algum tipo de reação.

Alguns O seguiam de imediato, outros bem mais tarde.

Até hoje a mensagem que Ele deixou continua revolucionando as mentes e os corações.

As ideias que Ele espalhou aos ouvidos das multidões vencem as distâncias e continuam a realizar o fenômeno da transformação moral nos corações dos homens.

O mais importante é sempre invisível aos olhos.
Isso porque os sentidos físicos, em razão da sua pequena capacidade de percepção, se enganam, perdem detalhes.

Ainda hoje muitos de nós desejamos ver, tocar para crer.
Em verdade, é muito importante primeiro crer, para depois ver.
O maior fenómeno produzido por Jesus, o mais importante é o da renovação do ser, da sua transformação moral para melhor.

A mensagem essencial, profunda, é aquela que produz o bem, enchendo de paz e sabedoria as criaturas.

Essa mensagem é a do amor.
E Jesus a espalhou como aroma especial pelo mundo.

Momento Espírita, com base na mensagem O ministério, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty O melhor momento

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 10, 2012 2:44 pm

Se alguém lhe perguntasse, de todos os momentos da sua vida, qual o mais importante, o que você responderia?

O momento do seu nascimento?
A sua infância? A sua juventude?
O dia em que seu filho nasceu? O dia da sua formatura?


Com certeza, cada um de nós elegeria um melhor momento.
E, contudo, o melhor momento para todos nós é o momento presente.
É aquele que estamos vivendo.

Vejamos. O passado já passou e nos deve ter servido de experiência positiva.
O futuro ainda está para vir.

Portanto, o melhor momento é o presente.
É aquele que estamos usufruindo.

Por isso mesmo é que o Mestre de todos nós asseverou que a cada dia bastam as suas próprias preocupações, convidando-nos a viver com intensidade o dia presente.

Quantos de nós aproveitamos o momento presente?
Aproveitar no sentido de usufruir dele toda a experiência, o prazer que ele pode nos ofertar.

Vejamos: quem de nós toma o café da manhã pensando no café da manhã?
Normalmente, estamos nos servindo do café e pensando no dia de trabalho que nos aguarda.

Por vezes, assistimos a TV ou lemos o jornal, enquanto o café vai sendo simplesmente engolido.
Nem desfrutamos do sabor do pão, do suco, do leite, da fruta.
Precisamos fazer várias coisas ao mesmo tempo, porque não temos tempo para tudo.

Quem de nós come uma maçã, pensando na maçã, sentindo todo seu sabor?
Quem de nós saberia dizer quantos cheiros têm uma maçã?
Possivelmente a criança que ainda vive essa fase de apreciar cada coisa à sua vez, nos falaria do cheiro da maçã verde, da maçã madura, da maçã podre.

Pensando neste momento importante, que é o presente que estamos vivendo, estabeleçamos um roteiro de vida padrão ideal para nós.

Reservemos um pequeno espaço de tempo entre os nossos tantos afazeres para a beleza.
Despertemos cedo, a fim de acompanhar o nascer do dia, embriagando-nos com a luz.

Caminhemos por um bosque, um jardim, uma alameda, silenciosamente, por alguns minutos, aspirando o ar da natureza.

Permitamos que o leve ar da manhã nos penetre profundamente os pulmões.
Sintamos como ele nos beneficia.

Contemplemos uma noite estrelada e nos perguntemos quantos olhos nos espiam, dessa imensidão.

Contemplemos uma rosa, em pleno desabrochar, pétala a pétala.
Sintamos o seu perfume se espalhando no ar.

Detenhamo-nos por um instante ao lado de uma criança, descobrindo-lhe o sorriso e a inocência.

Conversemos com um ancião tranquilo.
Enfim, abramo-nos à beleza que existe em tudo e nos adornemos com ela.

Estamos mergulhados no amor de Deus.
Jamais nos esqueçamos disto.

Deus está em nós e ao nosso redor.
Busquemos descobri-lO e nos deixemos conduzir por Ele, com sabedoria.

Somos herdeiros do Universo.
Permitamos que o amor de nosso Pai nos comande a vontade e os passos, facultando-nos crescer com menor dose de sofrimento.

Plenificados em Deus, vivamos o momento presente com toda a exuberância, retirando dele o melhor para as nossas próprias vidas.

Momento Espírita, com pensamentos dos caps. LXXI e CXVII, do livro Vida feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty Mensagem de vida

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 11, 2012 10:50 am

Madre Teresa de Calcutá, que foi Prémio Nobel da Paz, entre tantos exemplos, deixou também escritos de grande valor.

Escreveu ela: Você sabe qual é o dia mais belo? Hoje.
Tinha razão. Nada se iguala ao dia que se está vivendo.
O ontem é passado. Já nos trouxe a experiência e o amanhã ainda não é realidade.

E a coisa mais fácil? Equivocar-se.
Com certeza. Quantas vezes, no mesmo dia, cometemos erros?
Por pressa, damos informações incorretas.
Por descuido, fazemos uma anotação indevida. E assim por diante.

Qual é o presente mais belo? O perdão.
Sim, o perdão é sempre extraordinário para quem o recebe e que, normalmente, aguarda ansioso por isso, desejando de alguma forma se redimir da falta praticada.
É suficiente que lembremos como ficamos preocupados quando ferimos um amigo e aguardamos a chance de nos ver de novo ao lado dele, para, de alguma forma, compensar o que fizemos de errado.

Quais as pessoas mais necessárias? Os pais.
São eles que nos transmitem a vida, nos formam o corpo, nos alimentam, nos educam.
São eles que nos protegem nos primeiros anos, quando somos tão frágeis, incapazes de viver e caminhar por nós mesmos.
São eles que nos seguem, anos afora, sempre amigos, atentos, cuidadosos.

E os maiores professores? As crianças.
Sem dúvida, as crianças, pela sua forma descontraída de agir, nos dão muitos exemplos da melhor maneira de nos portarmos na vida.
As crianças são simples. Expressam com facilidade seu carinho.
Lutam pelo que desejam. Não têm vergonha de chorar.

O melhor remédio? O optimismo.
Quem leva a vida com optimismo, jamais se entrega ao desalento.
Consegue sempre forças renovadas para lutar e vencer.

A expressão mais eficaz? O sorriso.
O sorriso conquista simpatias.
Quando nos encontramos em lugares estranhos, entre desconhecidos, quando todos parecem um pouco assustados, o sorriso de alguém traz reconforto.
E pode ser o início de um diálogo, logo adiante.

A força mais potente do Universo? A fé.
Não foi por outro motivo que Jesus, falando a respeito da fé, disse que se a tivéssemos do tamanho de um grão de mostarda, conseguiríamos mover montanhas.
Lembremos que o grão de mostarda é uma das menores sementes. É minúscula.

Finalmente, a coisa mais bela? O amor.
O amor coloca cores na paisagem, alimenta e dá forças.
Por amor, uma criatura se entrega a outra criatura e se torna cocriadora com Deus.
Por amor, um Espírito Excelso veio à Terra, cantou e viveu o amor, deixando, ao partir, o mais belo poema de amor que a Terra já conheceu: o Evangelho.

Comece o seu dia agradecendo a Deus, pela bênção da vida.

Se você tem alguma mágoa da véspera, faça como o sol: esqueça a sombra e brilhe outra vez.

Use o sorriso com abundância e descobrirá como ele lhe trará precioso rendimento de colaboração e felicidade.

Lembre que a fórmula da felicidade recomenda ter para com tudo e para com todos a disposição de cooperar para o bem.

Momento Espírita, a partir de frases de Madre Teresa de Calcutá, da revista Harmonia, nº 62, de dezembro de 1999 e dos caps. 1 e 2 do livro Sinal verde, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Cec.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty Pedido atendido

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 12, 2012 10:01 am

Um grupo grande de rapazes se encontrava fora dos muros do seminário, naquele dia frio de outono, em Israel.
Desfrutavam do descanso, após intermináveis horas de aula.

Um deles apontou para o final da rua, para um pontinho que vinha crescendo, à distância, e chamou a atenção dos amigos.

Era um carro fúnebre solitário.
Nem um único acompanhante.

Os rapazes ficaram tocados pela solidão do carro fúnebre.
Onde estaria a família, os amigos?
Seria possível que aquela criatura tivesse vivido tão afastada da comunidade, que nem um vizinho houvesse para acompanhar o corpo até o cemitério?

Ficaram em silêncio. Depois, decidiram seguir o carro.
E resolveram entrar e convidar todos os estudantes para fazerem o mesmo.
Foram centenas de rapazes que escoltaram o carro fúnebre até o túmulo, em respeitoso silêncio.

Foi então que o rabino, o que dirigia o veículo, perguntou:
Como é que vocês souberam da morte dela?

Os rapazes explicaram que não sabiam de quem se tratava.
Que fizeram aquilo por compaixão, por sentirem vontade de praticar uma boa acção.
Por acharem muito doloroso ver alguém ser enterrado tão sozinho.
E disseram que pertenciam ao seminário.

O rabino se emocionou.
Amigos, a presença de vocês aqui foi ordenada.
Há setenta anos, um rico empresário judeu doou um terreno muito caro para a comunidade.
O objectivo era construir um seminário, esse mesmo onde vocês estudam.

Ele não somente construiu o seminário, como o manteve durante toda a sua vida.
Quando já idoso, os rabinos quiseram lhe prestar homenagens mas ele disse que não desejava ficar em evidência.
Se algo pudessem fazer, que fizessem por sua única filha, seu único amor, um dia, quando ele já não estivesse ao lado dela para a auxiliar.

Os velhos rabinos, durante anos, mesmo depois da morte do benfeitor, tentaram se aproximar da jovem.

Mas, após a morte do pai, ela abandonou as tradições religiosas e se afastou da comunidade judaica.

Durante toda a sua vida foi internada várias vezes em hospitais psiquiátricos.
Os rabinos, que se lembravam da promessa, tentavam dar seu apoio, mas ela não queria.

Teve uma vida excêntrica, solitária.
Os rabinos foram morrendo e a promessa esquecida.
Mas hoje, amigos, vocês vieram ao funeral dela.

Com a presença de vocês hoje aqui, vocês cumpriram a promessa de seu rabino e retribuíram a generosidade de seu benfeitor.

Não há nenhum gesto de bondade, de desprendimento que não mereça resposta.

O bem gera simpatia e a criatura atrai para si, de forma espontânea, o bem.

Por isso mesmo é que os Espíritos nos afirmam que o bem faz bem a quem o pratica.

Ele enche a alma de felicidade pela oportunidade da doação.

Quem quer que realize, de forma espontânea, boas acções será sempre um coração aberto a quem a Divindade enviará Seus filhos para serem auxiliados.

Momento Espírita, com base em facto narrado no livro Pequenos milagres, v. II, de Yitta Halberstam & Judith Leventhal, ed. Sextante.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty Falando de fé

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 14, 2012 10:14 am

Na pequena assembleia de gestantes assistidas pela instituição, naquela tarde fria de inverno, uma se destacava.

Apresentava a barriga enorme, denunciando que logo mais daria à luz.
E, contudo, mostrava sinais de inquietação no rosto.

Terminada a aula breve e fraterna, a atendente, que descobrira os traços de angústia naquela companheira, se aproximou, buscando saber das razões.

Foi então que a gestante lhe falou que nos próximos dias deveria ter o seu bebé e que estava apavorada.
Durante todo o período da gestação se preparara para ter um parto normal.

Entretanto, há quinze dias, o médico lhe informara, depois de uma ecografia, que seu bebé estava sentado e que somente poderia nascer através de uma cesariana, marcando até a data.

Ela estava com muito medo.
Tinha um terrível medo de cirurgia e, depois, ela desejava o parto normal, para poder atender mais cedo e melhor seus outros filhos menores.

A atendente a abraçou e conversou com ela longamente.
Recordou-lhe as lições que já haviam tido, ali mesmo, naquela instituição.

Lições que falavam da fé e do poder da oração.
Que ela tentasse a oração, que falasse com seu bebezinho, pedindo que ele mudasse a posição.

Que falasse com Jesus, o Médico Divino, suplicando auxílio.
A gestante olhou meio desconcertada e perguntou: Mas será mesmo que dará resultado?

Vamos orar juntas, desde agora?
Convidou a assistente.

Naquele dia, quando se despediu para ir para casa, a gestante acariciou a barriga com carinho especial e sorriu, dizendo:
Eu vou tentar.

Uma semana depois, ela precisou ser levada às pressas para a maternidade.
Na madrugada, a bolsa se rompeu e ela entrou em trabalho de parto, antes da hora assinalada pelo médico para a cesariana.

Ela teve medo. E agora? O que iria acontecer?

Chegando ao hospital, atendida de imediato, foi conduzida à sala de parto.

Para surpresa do médico e alívio da mãezinha, o bebé já mostrava a cabecinha despontando, prestes a nascer.

Entre risos e lágrimas de surpresa, gratidão e alívio, a gestante deu à luz a um belo garoto, por parto normal, sem dificuldades.

Nunca desacredites do amparo de Deus.
Haja o que houver, permanece confiando.
Se tudo estiver contra ti, se o insucesso te ameaçar com o desespero, ainda aí espera a Divina ajuda.

A lei de Deus é de amor. E o amor tudo pode, tudo faz.
Quando pensares que o socorro não te chegará em tempo, se continuares esperando, descobrirás, alegre, que ele te alcançou minutos antes do desastre.

Ora, confia e não deixes de lutar.
Deus vela por ti e guarda a tua vida.

Momento Espírita, com base em facto narrado por voluntária do grupo de gestantes do Centro Espírita Ildefonso Correia (Curitiba/PR), em reunião de avaliação ocorrida em 15.06.2000 e com pensamentos finais colhidos no cap. CXIII, do livro Vida feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty Amizade: um tesouro a ser conquistado

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 15, 2012 10:26 am

Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos da América, realizaram um estudo com dez mil executivos seniores para medir o poder da amizade na qualidade de vida dos americanos.

O resultado foi impressionante:
ter amigos reduziu em nada menos que cinquenta por cento o risco de morte, sobretudo por doenças, num período de cinco anos.

Essas informações nos convidam a pensar a respeito das amizades que cultivamos.

Muitos de nós temos facilidades para fazer novos amigos.
Mas, nem sempre temos habilidade suficiente para manter essas amizades.

É que, pelo grau de intimidade que os amigos vão adquirindo em nossas vidas, nos esquecemos de os respeitar.

Assim, num dia difícil, acreditamos que temos o direito de gritar com o amigo.
Afinal, com alguém devemos desabafar a raiva que nos domina.

Porque estamos juntos muitas horas, justamente por sermos amigos, nos permitimos usar para com eles de olhares agressivos, de palavras rudes.

Ou então, usamos os nossos amigos para a lamentação constante.
Todos os dias, em todos os momentos em que nos encontramos, seja para um lanche, um passeio, uma ida ao teatro ou ao cinema, lá estamos nós, usando os ouvidos dos nossos amigos como lixeira.

É isso mesmo. Despejando neles toda a lama da nossa amargura, das nossas queixas, das nossas reclamações.
Quase sempre, produto da nossa forma pessimista de ver a vida.

Sim, nossos amigos devem saber das dificuldades que nos alcançam para nos poderem ajudar.
O que não quer dizer que devamos estragar todos os momentos de encontro, de troca de afectos, com os nossos pedidos, a nossa tristeza.

Os amigos também têm suas dificuldades e para nos alegrar, procuram esquecê-las e vêm, com sua presença, colocar flores na nossa estrada árida.

Outras vezes, nos permitimos usar nossos amigos para brincadeiras tolas, até de mau gosto.
Acreditando que eles, por serem nossos amigos, devam suportar tudo.
E quase sempre nos tornamos inconvenientes e os machucamos.

Por isso, a melhor fórmula para fazer e manter amigos é usar a gentileza, a simpatia, a doçura no trato com as pessoas.

Lembremos que a amizade, como o amor, necessita ser alimentada como as plantas do nosso jardim.
Por isso a amizade necessita, para se manter, da terra fofa da bondade, do sol do afeto, da chuva da generosidade, da brisa leve dos pequenos gestos de todos os dias.

Usa a cortesia nos teus movimentos e acções, gerando simpatia e amizade.

Podes começar no teu ambiente de trabalho.
Os que trabalham contigo merecem a tua consideração e o teu respeito.

Torna-os teus amigos. Por isso, no trato com eles, usa as expressões: Por favor, Muito obrigado.

Lembra-te de dizer Bom dia, com um sorriso, desejando de verdade que eles todos tenham um bom dia.

Observa e ajuda quanto puderes, gerando clima de simpatia.

Sê amigo de todos e espalha o perfume da amizade por onde vás e onde estejas.

Momento Espírita, com base no texto Amizade: um tesouro a ser conquistado, do boletim SEI, nº 1676, de 13.05.2000 e com pensamentos do cap. CLXXIII, do livro Vida feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty Serviço desinteressado

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 16, 2012 11:07 am

Foi durante um período de férias.
Carlos havia se dirigido a um acampamento isolado, com a família.
Quando se deu conta, o carro estava enguiçado.

Tentou dar a partida e nada.
Caminhou para fora do acampamento, muito nervoso.
Pelo caminho ia descarregando a sua raiva com palavras grosseiras, que foram abafadas pelo cantar das águas do riacho próximo.

O problema era bateria descarregada e Carlos resolveu ir até a vila a pé.
Eram alguns quilômetros de caminhada.

Duas horas depois, com um tornozelo torcido, ele chegou a um posto de gasolina.

Como era domingo de manhã, o lugar estava fechado.
Mas havia um telefone público e uma lista telefônica quase se desmanchando.

Ele telefonou para a única companhia de auto-socorro da cidade vizinha, que ficava a uns trinta quilômetros de distância.

Um tal de Zé atendeu e o acalmou.
Ele deveria chegar ao posto de gasolina, mais ou menos em meia hora.

Enquanto esperava o socorro chegar, Carlos ficou a imaginar quanto aquilo tudo lhe deveria custar.
Finalmente, um reluzente caminhão-guincho chegou e eles foram para a área do acampamento.

Quando o Zé saiu do caminhão, Carlos o observou e ficou espantado.
Zé tinha aparelhos na perna e andava com ajuda de muletas.

Enquanto se movimentava, Carlos ainda pensou qual seria o preço de tamanha boa vontade.

Mas Zé era um sujeito animado.
Enquanto foi providenciando a carga eléctrica para a bateria, distraiu o filhinho de Carlos com uns truques de mágica.

Tudo pronto.
Carro funcionando, Carlos perguntou quanto devia.
Nada, respondeu Zé.

Não é possível, falou Carlos.
Hoje é domingo, tirei você de seu descanso, você rodou tantos quilômetros, resolveu meu problema. Preciso lhe pagar.

Não mesmo, disse o Zé.
Há alguns anos, alguém me ajudou a sair de uma situação pior do que esta, quando perdi as minhas pernas.

E tudo o que o sujeito que me auxiliou disse, ao final foi:
"Passe isso adiante. Você não me deve nada.
Apenas se lembre de passar isso adiante, quando tiver uma oportunidade."

E então, hoje, tive a oportunidade de ajudá-lo. Foi óptimo.
Vá para sua casa, com sua família e quando puder, ajude alguém, porque precisamos sempre uns dos outros.

Nunca deixe de ajudar a quem quer que seja.

Para isso você não precisa de dinheiro, posição social relevante ou poder.
Pode ajudar pela palavra gentil que gera estímulos preciosos.

Pode ajudar auxiliando seu vizinho com as crianças, enquanto a mãe delas se encontra em recuperação, no hospital.
Pode ajudar encaminhando alguém a uma instituição própria para socorro devido, se não puder socorrer você mesmo.

Pode, enfim, se tornar, onde se encontre, um microfone fiel a serviço do bem, auxiliando os caídos a se erguerem, os adormecidos a despertarem, os errados a se corrigirem e os agressivos a se acalmarem.

Assim agindo, descobrirá que a sua vida possui um grande significado e que a sua tarefa principal é servir e servir sempre.

Momento Espírita, com base em história de autoria desconhecida e com pensamentos do cap. CLXXXVIII, do livro Vida feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty Resposta Divina

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 17, 2012 1:13 pm

Foi depois da Primeira Guerra Mundial, na Tchecoslováquia.

O jovem Arão precisava sustentar a esposa e o filho recém-nascido.
Ele trabalhava numa pequena loja com a mãe, mas o lucro não era suficiente para sustentar as duas famílias.

Por isso, ele decidiu pensar em alguma coisa que o tornasse independente.
Naquela época havia muita escassez em todos os sectores.

A indústria de couros era uma delas.
Era muito difícil encontrar sapatos bons e resistentes.
Eles eram fabricados com papelão e papel e não duravam muito.

O jovem Arão logo concluiu que aquele era um ramo a ser explorado.
Um empreendimento no sector de calçados lhe permitiria sustentar com dignidade a família.

Tomou emprestado uma quantia muito grande de dinheiro de amigos, vizinhos e parentes.
Foi até a grande cidade e voltou com quinhentos pares de calçados militares fortes, resistentes.

Enorme foi seu desespero ao abrir as caixas e descobrir que fora enganado.
O negociante lhe vendera mil pés direitos.
Retornou à cidade, procurou o negociante e não o encontrou.

Parecia que ele nunca tinha existido.
Arão voltou para sua casa e começou a chorar.
A esposa o abraçou e disse: Não desista.

Por fim, ele procurou um homem sábio que lhe falou para que ele fosse ao templo e orasse.
Que recitasse salmos.
Tivesse fé. Deus o ajudaria.

Arão obedeceu.
Durante vários dias chorou e rezou, concentrado em seus tormentos.
Os amigos e a esposa o vinham ver, lhe traziam alimento que ele engolia sem prestar atenção.
E continuava a orar e chorar.

Até que um estranho entrou no templo e também começou a soluçar.
Depois a gritar, tão grande era o seu desespero.

Arão pareceu despertar da sua dor e foi se sentar ao lado do desconhecido.

Bem-vindo, disse.
Sinto compaixão do seu sofrimento. Posso ajudar?

Ninguém pode me ajudar.
Peguei muito dinheiro emprestado e comprei mercadoria para começar um negócio.
Pobre de mim. O negociante me enganou e me vendeu mil sapatos para o pé esquerdo!

O estranho pousou os olhos vermelhos de chorar nos olhos de Arão e viu que um brilho alegre dançava neles.

Meu querido amigo! - Disse Arão.
Tenho óptimas notícias para você.

O estranho e Arão juntaram os pares de sapatos, que combinavam direitinho, os venderam e ganharam uma grande quantidade de dinheiro.

O conselho somente terá valor se estiveres disposto a segui-lo.
Quando estejas com dificuldade em qualquer assunto, recorre a uma pessoa mais experiente, melhor equipada, pedindo-lhe ajuda e orientação.

Todavia, não leves a tua própria opinião, tentando provar que é a verdadeira.

Ouve com cuidado. Reflexiona.
Depois, toma a decisão que te pareça a mais acertada.

Examina tudo, dizia o Apóstolo Paulo, e retém o que é bom.

Momento Espírita, com base em história do livro Pequenos milagres, v. 2, de Yitta Halberstam e Judith Leventhal, ed. Sextante e pensamentos do cap. LXXXVII do livro Vida feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty Educação sempre

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 18, 2012 10:22 am

Ele estava desrespeitando o limite de velocidade.

Dirigia-se para uma reunião de negócios e não tinha tempo a perder.

Seus olhos se moviam com agilidade enquanto observava os outros carros e procurava abrir caminho rapidamente em meio ao trânsito.

No momento em que estava alcançando a rodovia expressa, ele foi fechado por um veículo que vinha saindo de uma via lateral.

Paulo abriu a janela do carro e berrou com o dono daquele carro.

Não satisfeito, ainda lhe dirigiu alguns palavrões.

Marco, o motorista do outro veículo, não aceitou aquilo sem reacção.

Afinal, ele também estava muito apressado.
Tomou de toda a sua raiva e com uma manobra rápida, na curva seguinte, fechou o carro de Paulo.

A tensão estava agora cada vez maior.
Paulo não cabia em si de raiva.
Aquele motorista atrevido o provocara por duas vezes.

Também manobrou com habilidade e, em questão de segundos, era ele que conseguia dar uma fechada no outro veículo, deixando apenas alguns centímetros entre os dois carros.

O ódio foi aumentando.
Parecia uma guerra para se decidir quem aguentaria mais a tensão ou quem venceria a batalha, colocando, quem sabe, para fora da estrada, o outro.

Os dois dirigiam como loucos ao volante.
Exactamente quando Paulo pensou que tinha deixado o outro carro para trás, numa nuvem de poeira, olhou pelo espelho retrovisor e lá estava ele de novo.

Marco pisou no acelerador, abriu a janela e retribuiu os xingamentos de Paulo, lembrando-se de acrescentar mais alguns.

Foi como jogar lenha na fogueira.
A perseguição passou a ter um lado ainda mais perigoso e ousado.

No entanto, da mesma forma repentina com que começou, tudo terminou com uma freada barulhenta e repentina.

Paulo parou e desceu do carro.
Marco estacionou o seu carro ao lado.

Os dois entraram no mesmo prédio.
Depois, no mesmo elevador.

Surpresos, olhavam um para o outro, soltando chispas de ódio.

Estavam totalmente desnorteados quando saíram do elevador e se dirigiram para a mesma porta.

A verdade se tornou patente quando começaram a falar, com gentileza e educação, um para com o outro:
Paulo, o fornecedor, e Marco, cliente, estavam correndo, atrasados, para a reunião que tinham um com o outro.

Ser educado com todas as pessoas nos exime de muitos aborrecimentos e de vergonha.

Em qualquer trilha da nossa vida podemos reencontrar pessoas que, num momento de insanidade, desrespeitamos.

Porque os caminhos se cruzam, as faixas se unem e nunca se sabe onde, quando e em que circunstâncias tornaremos a nos encontrar com aquelas mesmas pessoas.

Momento Espírita com base no livro Pequenos milagres, v. 1, de Yitta Halberstam e Judith Leventhal, ed. Sextante.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty O chefe ideal

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 19, 2012 12:03 pm

O relacionamento entre patrões e empregados é algo considerado nevrálgico.

De um lado, os patrões apontam falhas em seus empregados, que vão desde o desinteresse pelas tarefas a executar à desonestidade.

Do outro lado, os empregados reclamam de patrões excessivamente rigorosos, exigentes, desagradáveis.

Há algum tempo, uma pesquisa realizada por um grupo especializado em consultoria empresarial, em nosso país, mostrou que 29% dos executivos e gerentes consideram o relacionamento com o seu superior o principal motivo de satisfação no trabalho.

Mais do que isso: 60% dos funcionários se declararam propensos a deixar de aceitar convites de outras empresas, para permanecer ao lado do chefe.
E isso até mesmo em situações em que a oferta salarial era maior.

A razão dessa mudança no relacionamento entre chefia e subordinados está no aparecimento de um novo padrão de chefe.

Um padrão que inclui ser o chefe uma pessoa que sabe dividir os seus conhecimentos.

Não é alguém que se acredite superior a todos, dono da verdade.
Ao contrário, passa sua experiência, sua sabedoria aos subordinados, num incentivo a que cresçam.

Por ser um líder autêntico, não teme ser substituído e compartilha de tudo que sabe com aqueles pelos quais guarda a responsabilidade da condução e orientação.

É também uma pessoa correta e honesta que aponta os erros aos funcionários e lhes explica a forma correta de fazer.

Não retira a tarefa de quem errou, ao contrário, pede que ele refaça a actividade, sob sua supervisão e orientação directas.

Esse líder sabe fazer críticas, mas também faz elogios, atento a que todos necessitam de estímulos para melhor exercer as suas actividades.

Por conhecer o seu pessoal, incentiva a equipe a desenvolver o seu potencial, estabelecendo metas e sugerindo estratégias.

Aceita sugestões, abrindo espaços ao diálogo franco e aberto.
Permite que todas as ideias sejam colocadas na mesa e, com calma, analisa uma a uma com o grupo.

O chefe ideal é, assim, um líder que sabe trabalhar em equipe, valorizando a todos e a cada um.

Por isso, para o empregado, estar subordinado a uma chefia com essas qualidades é agradável.

De todos os líderes, o maior com certeza foi o Senhor Jesus.
Escolheu Seus colaboradores directos entre as camadas simples do povo, dando especial atenção às qualidades de cada um.

Exemplificou o que esperava do grupo, trabalhando com entusiasmo e alegria.

Não Se cansava de ensinar, explicar, utilizando a linguagem do entendimento geral a fim de Se fazer bem compreendido.

Quando as discussões aconteciam no grupo evitava tomar parte, guardando neutralidade, mas registrando, em seguida, as decisões daquele punhado de homens que nEle reconheciam a superioridade em todos os sentidos.

Finalmente, antes da morte, convocou-os para o serviço especial na Sua seara, levando em consideração os Seus gostos, os Seus interesses e as Suas aptidões pessoais.
Por isso, os nomeou pescadores de almas, habituados que estavam ao trabalho com redes, barcos e peixes.

Momento Espírita, com base no artigo Eu adoro o meu chefe!, da revista Veja, de 19 de julho de 2000 e no artigo Liderança e auto-conhecimento, da apostila do Departamento de Infância e Juventude do Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty O farol

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 20, 2012 12:49 pm

Em meio ao mar, surge a construção de pedras, solene.
É um farol, destinado a orientar o rumo dos viajores, nas noites escuras.

Quem quer que viaje em alto mar se sente seguro quando, em meio à escuridão, vê surgir o farol.

Ele está lá para servir, para advertir, para salvar.
A sua luz se projecta a distâncias enormes e, espancando a escuridão, permite que os que navegam possam perceber a proximidade dos recifes, os perigos imersos na noite.

O mar investe contra ele, noite e dia.
Lança sobre ele as suas ondas, com furor.
Vagas enormes lambem as pedras que se erguem, majestosas.

No fluxo e refluxo das ondas, o farol continua a iluminar, imperturbável.
Seu objectivo é servir. Noite após noite, ele estende a sua luz.
Não se incomoda com os continuados e perigosos golpes que o mar lhe desfere.

Se, em algumas noites, ninguém se aproxima, desejando a sua orientação, também não se perturba.

Solitário, ele lança sua luminosidade, sem se preocupar com o isolamento.

Ele continua a postos para qualquer eventualidade, quando a necessidade surja, quando alguém precise dele.

No mar das experiências em que nos encontramos, aprendamos a trabalhar e cooperar, sem desânimo.

Permaneçamos sempre a postos, prontos a estender as mãos a quem necessite.
Poderá ser um amigo, um irmão ou simplesmente alguém a quem nunca vimos.

Com certeza não solucionaremos todos os problemas do mundo.
No entanto, podemos contribuir para que isso aconteça.

Se não podemos impedir a guerra, temos recursos para evitar as discussões perturbadoras que nos alcançam.

Se não conseguimos alimentar a multidão esfaimada, podemos oferecer o pão generoso para alguém.

Se não dispomos de saúde para doar aos enfermos, podemos socorrer alguém que sofre dores, oferecendo a medicação devida.
Talvez possamos ser o intermediário entre o doente e o hospital, facilitando-lhe o internamento.

Se não podemos resolver a questão do analfabetismo, podemos criar condições propícias para que alguém tenha acesso à escola.

Mais do que isso.
Podemos nos interessar pelos filhos dos que nos servem, buscando saber se não lhes faltam cadernos e livros, para a continuidade dos estudos básicos.

Enfim, o importante é continuarmos a fazer a nossa parte, contribuindo com a claridade que possamos projectar, por mínima que seja.

Imitemos o farol em pleno mar. Aprendamos a fazer luz.
A maior glória da alma que deseja ser feliz é transformar-se em luz na estrada de alguém.

O raio de luz penetra a furna, levando claridade.
Estende-se sobre o vale sombrio e desata o verdor da paisagem.
Atinge a gota d'água e a transforma em um diamante finíssimo.

Viaja pelo ar e aquece as vidas.
Como a luz, podemos desfazer sombras nos corações e drenar pântanos nas almas. Podemos refazer esperanças e projetar alegrias.

Enfim, como raios de luz espalhemos brilho e calor, beleza, harmonia e segurança.

Momento Espírita, com base nos caps. 19 e 20, do livro Rosângela, pelo Espírito homónimo, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty Pobreza

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 21, 2012 12:01 pm

Dia desses alguém se encontrou com um indivíduo e, olhando-o, falou: Pobre homem rico.

Estranho!
Afinal, é rico ou pobre? - Perguntou alguém que passava, no momento.

A resposta veio nos seguintes termos:
O pobre homem rico é aquele que é dono de várias fazendas, de bónus, acções de várias companhias e uma grande conta corrente no banco mas é avarento.

É pobre porque sua mente é a essência da pobreza.
Porque sempre tem medo de gastar alguns centavos.
Suspeita de todo mundo.
Preocupa-se com tudo o que tem e que lhe parece pouco.

A pobreza não é carência de coisas: é um estado de ânimo.
Não são ricos os que têm tudo em abundância.

Só se é rico quando o dinheiro não nos preocupa.
Se temos dois reais e nos lamentamos por não ter mais, somos mais ricos do que aquele que tem dois milhões e não pode dormir porque não tem quatro.

Pobreza não é carência: é a pressão da carência.
A pobreza está na mente, não no bolso.

O pobre homem rico se angustia pela conta do supermercado que é muito alta.
Também porque consome electricidade, gás e gasolina.
Sempre está procurando o modo de diminuir o salário dos empregados.

Dói quando sua mulher lhe pede dinheiro.
Angustia-se pelo gasto de seus filhos.

Os pedidos de aumento de salário de seus empregados lhe ardem mais do que ácido que lhe fosse colocado sobre a pele.

Enfim, ele tem os sintomas da pobreza.

Em verdade, a finalidade do dinheiro é proporcionar comodidade, afastar temores, permitir uma vida de liberdade espiritual.
Se não desfrutamos dessas vantagens, não importando quanto tenhamos, somos como o pobre homem rico.

Mas, se podemos experimentar essa sensação de liberdade, essa confiança no amanhã, essa ideia de abundância que se diz que o dinheiro proporciona, seremos ricos, mesmo sendo pobres.

Se desejamos ser ricos, sejamos.
É mais fácil do que se fazer rico.

O dinheiro em si mesmo não significa nada.
Seu verdadeiro valor está no que com ele possamos realizar em favor dos outros e de nós mesmos.
Essa é a autêntica finalidade do dinheiro.

Se pensamos muito em dinheiro, ali estará o nosso tesouro.
Se os nossos pensamentos estão no amor, ali também estará o nosso tesouro.

Se valorizamos a tónica do dinheiro, nossos valores são materiais.

Se nossos pensamentos são nobres e altruístas, se pensamos e nos ocupamos em amar, o nosso tesouro não acabará com as crises económicas, nem com as desvalorizações.
Isso porque o espiritual não acaba nunca.

Enriqueçamo-nos com as coisas imperecíveis.
Seremos então ricos, fortes e nossas riquezas estarão sempre conosco.

Momento Espírita, com base no cap. Onde está o teu tesouro, de Helen Hernández e no cap. Pobreza, de Frank Crane, do livro Um presente muito especial, de Roger Patrón Lujan, ed. Aquariana.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty Nosso corpo

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 22, 2012 10:26 am

Um elegante homem de meia idade entrou calmamente em um café e se sentou.
Antes de fazer seu pedido, ele pôde perceber que um grupo de rapazes, sentado a uma mesa próxima, estava rindo dele.

Logo deduziu que o motivo era uma pequena faixa rosa na lapela de seu terno.

Incomodado com a situação, mostrou a faixa aos rapazes e perguntou:
É isto?

Todos gargalharam.
Um deles disse:
Desculpe-me, mas estávamos comentando como essa pequena faixa fica bonita no seu terno azul.

O riso foi geral.
O homem, tranquilamente, convidou o que falara para se sentar com ele.

Embora constrangido, ele concordou.
Educadamente, o homem lhe explicou que estava usando a faixa para alertar as pessoas sobre o câncer de seio.

E terminou:
Eu uso isto em honra da minha mãe.
Lamento muito, falou depressa o jovem.
Ela morreu de câncer nos seios?

Não. Ela está viva e passa bem.
Entretanto, seus seios alimentaram-me na infância e me confortaram quando estava assustado ou me sentia solitário.
Sou muito grato pelos seios de minha mãe e por sua saúde.

O rapaz não estava entendendo e por isso só murmurou: Sei.
Mas o homem prosseguiu:
E eu uso esta faixa em honra de minha esposa também.
Ela está ok? Logo questionou o jovem.

Claro, falou o homem. Ela está óptima.
Ela nutriu e alimentou nossa filha há vinte e três anos.
Sou agradecido por seus seios e por sua saúde.

Suponho, ousou dizer o rapaz, que você use isso em honra de sua filha também?
Não, respondeu.
É muito tarde para honrar minha filha, usando isto agora.
Minha filha morreu de câncer nos seios há um mês.

Ela pensou que era muito jovem para ter esta doença.
Quando, acidentalmente, notou um pequeno inchaço nos seios, ela o ignorou.
Pensou que estava tudo bem.
Afinal, ela não sentia dores e acreditava que não tinha motivos para se preocupar.

É em memória de minha filha que uso esta faixa rosa.
Por causa dela, tenho tido oportunidades de esclarecer muitas pessoas.
Agora, vá para casa, converse com sua esposa, suas filhas, sua mãe e seus amigos.

Finalmente, o homem deu para o rapaz uma faixa rosa para que ele usasse.
Erguendo a cabeça, lentamente, o rapaz perguntou:
Você me ajuda a colocá-la?

Você mora no seu corpo.
Pense que as máquinas modernas dão ao homem muitas facilidades.
No entanto, valeriam muito pouco sem o concurso das mãos.

Os aviões podem elevar você às alturas.
Contudo, no dia-a-dia, você se equilibra em seus pés.
Os grandes telescópios são maravilhas do mundo, mas não serviriam para nada sem os olhos.

A música é o cântico do Universo, entretanto, passaria despercebida sem os ouvidos.
Enfim, pense que o seu corpo é um engenho Divino que a vida empresta a você, para sua permanência na Terra.

Cuide do seu corpo com serenidade e bom senso.
Pense que, embora a ciência consiga tratá-lo, e até mesmo substituir alguns dos seus órgãos, ninguém, na Terra, encontra corpo novo para comprar.

Momento Espírita, com base em artigo assinado por Heraldo Espozel e no cap. 54, do Livro da esperança, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Cec.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty Os dons

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 23, 2012 10:43 am

Narra uma lenda de autor desconhecido que um homem entrou em uma loja e se aproximou do balcão.

Quem estava a atender era uma criatura maravilhosa.
Tão bela que parecia uma fada, dessas saídas de um conto infantil.

O homem olhou para os lados e perguntou: O que é que você tem para vender?
Com um sorriso lindo, a jovem respondeu: Todos os dons.
O homem arregalou os olhos, manifestando interesse, e quis saber qual era o preço. Seria muito caro?

Não, foi a resposta. Aqui, nesta loja, tudo é de graça.

Ele olhou, maravilhado, jarros cheios de amor, vidros repletos de fé, pacotes de esperança e caixinhas de sabedoria.
Resolveu fazer o seu pedido:
Por favor, quero muito amor, um vidro de fé, bastante felicidade para mim e toda a minha família.

Com presteza, a moça preparou tudo e lhe entregou um embrulho muito pequeno, que cabia na sua mão.

O homem se mostrou surpreso e perguntou outra vez:
Será possível?
Está tudo aqui mesmo?
É tão pequeno o embrulho!


Sorrindo sempre, a jovem falou:
Meu querido amigo, nesta loja, onde temos todos os dons, não vendemos frutos.
Concedemos apenas as sementes.


As sementes das virtudes se encontram em nós.
Somos a loja dos dons.
O que necessitamos é investir na semeadura.

Se desejamos que frutifique o amor, é preciso que nos disponhamos a amar.
E o exercício começa quando executamos bem as tarefas que nos constituem dever.
Prossegue no trato familiar, com pais, irmãos, cônjuges e se amplia no rol das amizades.

Depois, atravessa a cerca dos afectos e passa a agir entre aqueles que simplesmente encontramos na rua, no ónibus, no mercado, no banco.

A fé não é adquirida de rompante. Necessita ser pensada, estudada, reflexionada.
O exercício inicia com a contemplação da natureza.
Os dias frios, os dias quentes, o sol, a lua, as estrelas, as árvores que balançam ao vento e as flores multicoloridas nos jardins.

Alonga-se com a visão dos mundos, das coisas infinitamente pequenas e daquelas infinitamente grandes.
A harmonia de tudo nos remete a uma confiança irrestrita, uma certeza inabalável que se chama fé.

A felicidade frutifica quando, plenos de amor e de fé, vivemos cada dia com intensidade, sem igual, saboreando cada minuto como se fosse o único, o último, o derradeiro.

Mudar é um acto de coragem.
É a aceitação plena e consciente do desafio.

É trabalho árduo, para hoje.
É trabalho duro, para agora.

E os frutos seguramente virão no amanhã, talvez não muito distante.
Mas, quando temos certeza de estar no rumo certo, a caminhada é tranquila.

Quando temos fé e firmeza de propósito é fácil suportar as dificuldades do dia-a-dia.

Pensemos nisso. Invistamos nas virtudes ainda hoje.

Momento Espírita, com base no cap. Dons, de autor desconhecido e no cap. É preciso sentir a mudança lá dentro, de R. Anatoli Oliynik, do livro Momentos de luz, organizado por Hiran Rocha, v. 1, ed. Kuarup.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty Necessidade de afecto

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 24, 2012 10:40 am

Morrie era um garoto de apenas oito anos.
Seu pai era de origem russa e não sabia falar inglês.

Por isso, quando chegou o telegrama, noticiando a morte da mãe, foi o próprio garoto quem leu.

No cemitério, ele ficou olhando jogarem terra sobre o caixão de sua mãe e acreditou que nunca mais seria feliz sobre a face da Terra.

Nos dias que se seguiram, para aliviar a saudade, ele procurava lembrar os doces momentos de ternura que tivera com a mãe.

Eram muito pobres.
O pai mudou-se para os Estados Unidos fugindo do exército russo e, nem sempre conseguia emprego.

Por essa razão a família vivia mais da assistência pública do que dos próprios recursos.

Depois da morte da mãe, o pequeno núcleo familiar se transferiu para uma região de muita mata.
Durante o dia o garoto e seu irmão se divertiam a correr.

Quando chegava a noite, Morrie ficava olhando para o pai, esperando que ele o acariciasse.

Mas o homem rude não manifestava qualquer gesto de afeto.
Morrie se sentia muito só.

Sentia grande falta do carinho da mãe.
Um ano depois, com apenas nove anos de idade, já se sentia um velho.
Parecia carregar o peso do mundo nos ombros.

Então, uma imigrante romena, de feições singelas, se casou com seu pai.

Foi o abraço salvador para o pequeno.
Era uma mulher de muita energia.
Tinha uma aura que aquecia o lar.
Se o marido produzia uma atmosfera cinza, ela transformava em claridade.

Se ele fazia silêncio, ela falava.
À noite, cantava para os meninos com sua voz suave, que durante o dia sabia ministrar lições.
Ela cantava músicas pobres e tristes, mas os acalentava.

Eva era o seu nome e desejava boa noite aos dois com um beijo para cada um.
Era um momento mágico para Morrie.
Ele ficava esperando aquele beijo como um pequenino animal espera o seu prato de alimento.

A presença de Eva lhe dizia que ele tinha uma mãe de novo.
Muitas vezes o único alimento que tinham era o pão.

Mesmo assim, ela o ensinou a amar o estudo e a se preocupar com os outros.
Eva considerava a instrução o único antídoto contra a pobreza.

Ela aprimorava seu inglês, estudando com dedicação, à noite, enquanto os garotos, sentados à mesa da cozinha, também estudavam.

Morrie cresceu e se tornou professor.
Setenta anos depois, ao recordar do telegrama noticiando a morte de sua mãe, ainda sentia doer o coração, mas a lembrança de Eva lhe trazia de volta evocações ternas e doces de um tempo em que um menino, assustado e carente de afecto, encontrou um colo de mãe para se aninhar e crescer em segurança.

Os Espíritos nos dizem que Deus permite que haja órfãos, para que lhes sirvamos de pais.
Amparar essas criaturinhas, evitando que sofram fome e frio e lhes dirigir a alma, para que não despenquem no vício, é caridade.

No entanto, o mais precioso de todos os benefícios é o do amor.
Nada que possa substituir uma carícia, um sorriso amistoso, uma palavra de carinho.

Por isso, à criança que nos olha, além de pão e agasalho, ofertemos a proteção do nosso abraço e a música da nossa voz, dizendo-lhe: Gosto muito de você.

Momento Espírita, com base no cap. O professor, do livro A última grande lição, de Mitch Albom, ed. Sextante e no item 18, do cap. XVIII do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty Batalha pela vida

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Jan 25, 2012 11:03 am

Têm crescido, em todos os quadrantes da Terra, os movimentos pela ecologia.

No Brasil, em defesa das tartarugas existe o projecto Tamar.
Para a preservação dos animais, o homem se tem esmerado.

Naturalmente por descobrir que, destruindo a vida animal, está decretando problemas graves para sua própria existência sobre a Terra.

O que causa estranheza é que esse mesmo homem decrete a morte do seu semelhante, nas suas nascentes.

Estamos nos referindo aos movimentos pró-aborto, que falam da destruição de vidas humanas, como se não fossem coisa alguma.

São vozes que se unem para exigir a morte dos que, no ventre materno, têm descobertas suas deficiências na área física ou mental.

Esquecem de olhar ao seu redor tais criaturas, pois um dos cérebros mais privilegiados da actualidade é um deficiente físico que nada mais move senão a cabeça.
Referimo-nos a Stephen Hawking.

Outros falam, no entanto, do abortamento dito sentimental.
É quando a mãe é vítima de violência e engravida.

Fala-se em como ela poderá vir a amar o fruto daquele acto tão terrível.
Diz-se que a visão do rebento sempre haverá de trazer à lembrança o acto agressivo por que ela passou.

Contou-nos um amigo da área médica que foi procurado por uma jovem que passou por essa experiência traumática.
Descobrira-se grávida e desejava o abortamento.

Quis a Divindade que ela fosse ao consultório de um médico cristão, que lhe falou da bênção da vida, da sublimidade da maternidade.

Após algumas horas de uma boa conversa, ela se foi.
Meses depois, ele recebeu uma correspondência.
Abrindo o envelope, encontrou uma foto de um bebé lindo, saudável.

Atrás, em letra uniforme, bem desenhada, uma frase curta, mas extremamente significativa:´
Obrigada por você ter contribuído para que esta foto pudesse existir.

Quatro anos depois, o médico recebeu em seu consultório a mãe e a criança.´
Porque a foto do bebé estivesse sobre a sua mesa, em um belo porta-retratos, a mãe disse ao filho que era ele, quando bebé.

O menino pegou a foto e olhou com atenção.

Depois, se aproximou do médico e perguntou:
Tio, me diga onde eu estou mais bonito?
Ali, naquela foto ou aqui, ao vivo?

Em torno do aborto existe uma verdadeira indústria.
Actualmente ela se encontra entre as maiores indústrias do mundo.

A jornada de nove meses realizada pelo bebé no útero materno é uma experiência psicoterapêutica para o Espírito que deseja renascer.

Por isso mesmo, a não ser nos casos em que a mãe corra risco de morte, a opção deve ser sempre pela vida.

Proclamemos a vida.
Lutemos pela vida.

Momento Espírita, com base em facto narrado pelo Dr. Alberto Almeida, na Conferência Brasil-Portugal, em 19 de março de 2000, em Salvador, BA.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty A esperança nunca morre

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Jan 26, 2012 10:42 am

O asilo de idosos recebeu naquela manhã mais uma senhora.

Chegou calada, sentou-se em uma cadeira de rodas e mergulhou em lágrimas.

O semblante traduzia a desesperança e a mágoa pelo abandono.
Notava-se que o seu único intuito era aguardar a morte.
Parecia que a sua volta tudo já morrera, igualmente.

Foi então que um jovem, que costumava visitar os idosos com regularidade, se aproximou.

Tentou conversar.
Mas ela se mantinha calada, num protesto mudo de rejeição aos homens que a haviam deixado ali.
Longos suspiros escapavam do seu peito e as lágrimas rolavam, silenciosas.

O rapaz brincou, perguntou e insistiu.
Ela não conseguiu resistir.
Sorriu e acabou por contar a triste história de sua vida.

Fora uma mulher muito rica.
Com o marido, administrava sete fazendas.
Com a morte dele, ela assumira os compromissos, ao tempo que cuidava da única filha.

Quando a filha se casou, estranhamente foi se acercando da mãe.
Começou a se interessar pelos negócios.
Depois, foi a vez do genro.
Tarefas divididas. Esforços somados.

Ela pensava em como tudo, um dia, deveria ficar para a filha e os netos.
Talvez ela, em sua velhice, pudesse realizar algumas viagens que nunca se permitira.

Aos setenta e dois anos, por insistência da filha, passou-lhe uma procuração, concedendo-lhe amplos poderes.

Fora seu erro.
Em plena posse de tudo o que um dia seria seu por direito, a filha aliou-se ao marido e, em doloroso processo, conseguiu que a mãe fosse declarada incapaz.

Por fim, a colocaram naquele asilo, sem recursos.
Não era para morrer de desgosto? - Concluiu a senhora.

O jovem, reconhecendo nela os valores da liderança, da capacidade de trabalho, lhe falou do quanto ela poderia enriquecer outras vidas.

Ela era uma pessoa com experiência administrativa.

Por que não se dispor ao trabalho naquela instituição, auxiliando o serviço de voluntários e funcionários?
Por que não reunir aqueles idosos todos, sem esperança, e lhes falar da terra, de grãos, produção, gado, semeaduras?

Afinal, muitos deles vinham do campo e, com certeza, gostariam de ouvir sobre o que fora a tónica das suas vidas, por um largo tempo.

Ela ouviu, ouviu e aceitou a ideia.

Levantou-se da cadeira de rodas onde se jogara e começou a agir.
Sua filha e seu genro lhe haviam usurpado os bens, arrancando-lhe as possibilidades de viver como desejasse.
Mas não podiam lhe destruir as conquistas interiores.

Ela tinha valor e esse valor podia ser usado em prol de outros desesperançados.
Ergueu-se, sacudiu a poeira da mágoa e começou a fazer sol em outras vidas, inundando-se de luz.

Se você está triste porque foi abandonado, lembre-se dos que nunca tiveram família, lar e afectos.
Se você está magoado porque lhe feriram, não permita que isso destrua o restante da sua vida.

Ninguém lhe pode tirar as conquistas realizadas, os talentos conseguidos e a imensa capacidade de amar que temos todos nós, Espíritos imortais, filhos de Deus.

Momento Espírita.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty A arte dos elogios

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Jan 27, 2012 11:11 am

A baixa auto-estima é vista como uma espécie de carência de vitaminas emocionais para as crianças e adultos.

Preocupados com o desenvolvimento dos seus filhos e com suas conquistas, alguns pais exageram na hora dos elogios.

Criança viciada em elogios se torna problema na escola.
Ela sempre ficará na dependência da aprovação verbal dos professores.

Adulada em excesso e sem motivo, a criança cresce esperando o mesmo de todas as pessoas.

Hoje, ela espera o afago verbal dos pais, dos professores.
Amanhã será do chefe, da namorada ou do namorado para se sentir bem.

É que o excesso de elogios, e nem sempre verdadeiros, gera insegurança e não auto-estima.

O educador, escritor e pai de cinco filhos, Paul Kropp, de Toronto, estabeleceu alguns itens que acredita importantes para aumentar a autoconfiança dos nossos filhos, sem correr o risco de sermos demasiadamente generosos em elogios, sejam eles merecidos ou não:

1. Inclua seu filho no que você estiver fazendo.
E lembre-se de que nem tudo precisa ser perfeito no trabalho dele.
Deixe a criança experimentar, agir, auxiliar.
Pequenas tarefas falam de responsabilidade e amadurecimento.

2. Não apresente ao seu filho obstáculos grandes demais.
A dificuldade das tarefas atribuídas às crianças deve ir aumentando aos poucos.

3. Não corra para ajudar o seu filho. Dê a ele a chance de experimentar a frustração.

A frustração faz parte do mundo real e a criança deve aprender, desde cedo, a lidar com ela.

4. Certifique-se de que ele tenha desafios fora de casa: grupos de excursão, equipes de natação, aulas de música.

5. Elogie os resultados finais com sensatez.
Quando descobrir nos olhos de seu filho que ele está satisfeito com algo que fez, não seja severo na crítica.

Finalmente, para ajudar a criança a desenvolver uma noção real de seu valor:
Preste atenção ao que seu filho faz ou diz - você não precisa concordar, mas tem de ouvir.
Encontre tempo suficiente para desenvolverem projetos juntos, sem perder de vistas as habilidades da criança.

Lembre-se de que não são os falsos elogios que constroem a identidade de seu filho, mas sim a actividade e o sucesso.

Os elogios, por si mesmos, não levam os filhos a crescer e buscar novos desafios.
E para aquele que sabe o que quer, não serão uma ou duas críticas que o irão abater.

Por tudo isso os pais, que conhecem seus filhos, devem usar de bom senso.
Elogios e críticas bem dosadas, aliadas ao tempo e esforço pessoal, possibilitam a autoconfiança e a consciência do próprio valor.

O falso elogio enche a criança de expectativas irreais.
A falta deles acaba por desvalorizá-la e deprimir.

Quando a criança precisa de um elogio para elevar a sua autoestima, terá dificuldades para aprimorar o seu carácter porque estará sempre na dependência do que os outros pensam.
Estará buscando aprovação e não aprimoramento.

Incentivar é permitir a possibilidade da experiência, do erro e do acerto.
Eis o caminho ideal para a correta formação do caráter dos nossos filhos.

Momento Espírita, com base no artigo Seu filho é viciado em elogios?, da revista Selecções Reader's Digest, de maio de 2000.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty Deixai secar primeiro

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Jan 28, 2012 10:45 am

Contam que Carlyle, o célebre historiador escocês, quando ainda era muito moço, teve uma questão bastante grave com um dos seus companheiros.
Um dia, sentindo-se insultado, declarou que ia imediatamente exigir satisfações daquele que o havia ofendido.

Um velho professor, informado do caso, aproximou-se de Carlyle e disse-lhe:
- Meu caro amigo.
Tenho longa experiência de vida e conheço as consequências tristes dos actos impetuosos.
Um insulto é como a lama que cai em nossa blusa.

A lama pode ser retirada facilmente, com uma simples escova, quando já está seca.

Deixe secar primeiro. Não seja apressado.
Espere até que se acalme, e verá como tudo será facilmente resolvido.

Carlyle aceitou o conselho do professor, e o resultado foi tão feliz que, no dia seguinte, o colega que o insultara veio lhe pedir desculpas.

Malba Tahan, nesta rica passagem, vem nos dizer que, dada a grande diversidade de temperamentos e caracteres humanos, não nos é possível viver em paz com o próximo, sem refrearmos a ira, e insistirmos na prática da mansidão.

Nenhuma resolução sadia pode ser tomada com ímpeto.
Às vezes, numa ação impensada, numa reacção violenta, podemos comprometer séculos e séculos de nossas existências.

Alguns segundos de invigilância, permitindo que um pequeno acto de vingança se externe, pode gerar um compromisso imenso para o futuro, através da Lei de causa e efeito, que prevê a colheita obrigatória de tudo aquilo que livremente plantamos.

Vale a pena esperar.
Vale a pena o esforço de conter um impulso naquele momento em que o nervosismo procura reinar.

Contar até dez. Tomar um banho frio.
Fazer uma oração, pedindo auxílio a Deus.
Parar tudo que estamos fazendo e reflectir para não reagir sem pensar.

Vale a pena o esforço. Vale a pena ter calma.
Se algum dia você for vítima de uma violência, não revide.
Quando receber injúrias, não procure se defender atacando.

Se for caluniado, não acumule ódio e ressentimento em sua alma.
Sabemos que é difícil compreender, perdoar, ainda, mas precisamos começar, precisamos desenvolver esta virtude em nossos corações.
Os maiores beneficiados com isso seremos nós mesmos, pois deixaremos de ser depósitos de sentimentos impuros, desequilibrados, que insistem em nos fazer infelizes.

Deixe secar primeiro.

A Terra recebeu, na figura de um homem muito simples, um grande defensor da não-violência.

Mahatma Gandhi, o líder religioso indiano que comandou centenas de hindus, foi a lição viva da desnecessidade da violência para resolver problemas.

Eis aqui um sábio pensamento seu:
Não-violência e covardia são termos contraditórios.
A não-violência é a maior das virtudes, enquanto a covardia é o maior dos vícios.

A não-violência provém do amor, a covardia do ódio.
A não-violência sempre sofre, enquanto a covardia sempre gera o sofrimento.
A perfeita não-violência é a maior das bravuras.

Sua conduta não é jamais desmoralizante, enquanto a forma da covardia se conduzir sempre o é.

Momento Espírita com base no cap. Deixai secar primeiro, do livro Lendas do Céu e da Terra, de Malba Tahan, ed. Record.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty A questão do tempo

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Jan 29, 2012 10:59 am

O vestibulando chega correndo ao local da prova, mas o portão se fecha à sua frente. Ele senta e desaba.

Tanto esforço. Tanta preparação.
Tanto estudo. Tudo perdido por um atraso mínimo de segundos.

O pedestre observa o sinal vermelho, mas decide atravessar correndo porque está atrasado para um compromisso.

Freada brusca. Susto. Talvez ferimentos graves.
Tudo por questão de um segundo de precipitação.

O funcionário chega correndo, esbaforido, bate o cartão e vai para seu local de trabalho.

Ali, precisa de alguns minutos para se recompor.
Subiu as escadas correndo porque os elevadores estavam lotados e ele não desejava se atrasar, a fim de não ter descontados valores, ao final do mês, em seu salário.

Desculpas se sucedem a desculpas.
Não deu tempo. Não foi possível chegar.
Perdi o ónibus. O trânsito estava terrível na hora em que saí.

Tempo é nossa oportunidade de realização, que devemos aproveitar com empenho.
A nossa incapacidade de planear o uso do tempo provoca a desarmonia e toda a série de contratempos.

O tempo pode ser comparado a uma moeda.
Se tomarmos de uma porção de ouro e cunharmos uma moeda, poderemos lhe dar o valor de um real.

Este será o valor inscrito.
Mas o valor verdadeiro será muito maior, representado pela quantidade do precioso metal que utilizamos.
As moedas do tempo têm uma cunhagem geral, que é igual para todos: um segundo, um mês, um ano, um século.

No entanto, o valor real dependerá do material com que cunhamos o nosso tempo, isto é, o que fazemos dele.

Para um correcto aproveitamento desse tesouro, que é o tempo, é preciso disciplina.
Para evitar correria, levantemos um pouco mais cedo. Preparemo-nos de forma rápida, sem tanta enrolação.

Deixemos, desde a véspera, o que necessitaremos para sair, mais ou menos à mão, evitando desperdícios de minutos à procura disto ou daquilo.

Se sabemos que o trânsito, em determinados horários, está mais congestionado, disciplinemo-nos e nos programemos para sair um pouco antes, com folga.

Esses pequenos cuidados impedirão que percamos compromissos importantes, que tenhamos de ficar sempre criando desculpas para justificar os nossos atrasos, que tenhamos taquicardia por ansiedade ao ver o relógio dos segundos correr célere, demarcando os minutos e as horas.

Na órbita das nossas vidas, não joguemos fora os tempinhos tantas vezes desprezados.
Aproveitemos para escrever um ligeiro bilhete de carinho a alguém que esteja enfrentando momentos graves.

Telefonemos a um familiar ou amigo que não vejamos há muito tempo.
Cuidemos de um vaso de planta. Desenvolvamos ideias felizes para fazer o bem a alguma pessoa que saibamos necessitada.

Valorizemos os minutos para descobrir motivos gloriosos de viver, para aprender a amar a vida e iluminar o nosso caminho.

Momento Espírita, com base no cap. 3, do livro Vereda familiar, pelo Espírito Thereza de Brito, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter e no cap. O grande tesouro, do livro Uma razão para viver, de Richard Simonetti, ed. Gráfica São João.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty O auto perdão

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Jan 30, 2012 10:57 am

Não existe sentido em ficar curtindo vingança ou teimosia.
Guardar mágoa, nem se fale.

Em verdade, tudo isso é fruto do nosso orgulho e da nossa vaidade.
Ocorre muito que a pessoa, no seu leito de morte, chame os desafectos para pedir perdão.

Um velho professor contou, certa vez, que ele tinha um grande amigo.
Chamava-se Norman. Juntos, passeavam, nadavam.

Um dia, Norman resolveu fazer um busto do amigo.
Levou-o para sua casa e fez um rosto em bronze daquele homem de seus quarenta e quatro anos.

O trabalho levou semanas porque Norman desceu a detalhes.
Até colocou uma mecha de cabelo caída na testa.

Depois de determinado tempo, Normam e a esposa se mudaram para outra cidade.
E a esposa do amigo, logo depois, precisou fazer uma cirurgia delicada.

Norman e a esposa nunca entraram em contacto com eles.
Souberam da cirurgia de Charlotte, mas não telefonaram, nem telegrafaram. Nada.

O amigo e a esposa ficaram muito sentidos.
Acharam aquela indiferença bastante dolorida e cortaram relações.

Com o passar dos anos, o amigo encontrou Norman algumas vezes.
Toda vez Norman tentava a reconciliação mas o outro não aceitava.

Norman explicava, mas a explicação não satisfazia.
A mágoa era muito grande e o orgulho falava alto.

O tempo passou e, um dia, abrindo o jornal, o amigo leu a notícia da morte de Norman.

Ele morrera de câncer.
O amigo levou um choque. Nunca fora vê-lo. Nunca o perdoara.
E uma onda de remorso começou a tomar conta daquele homem.
Chorou muitas lágrimas.

Que poderia fazer agora?
Por que não o perdoara?
Por que não ouvira com o coração as explicações de Norman?

Já estaria ele doente naquela época, em que tudo aconteceu?
Todas as perguntas ficaram sem resposta à exceção de uma.
O que ele poderia fazer? E isso ele aprendeu com o tempo.

Que não é só aos outros que precisamos aprender a perdoar.
É preciso aprender a se perdoar também.
Perdoar-se por tudo que não se fez.
Por tudo o que se deveria ter feito.

Importante é não permanecer preso ao remorso do que aconteceu ou que devia ter acontecido.

Isto nada adianta para a pessoa.
É preciso fazer as pazes consigo mesmo e com os que nos cercam.

Todos com certeza já cometemos muitos erros com nossos amigos, amores e colegas.
O importante é não deixar o tempo se escoar sem nada fazer.

Buscar aquele que magoamos ou que nos magoou e ter uma boa conversa.
Franca, amiga, sincera e reatar amizades e afeições.

Afinal, é tão pouco tempo que passamos sobre a Terra que não vale a pena cultivar inimizades, dissabores.

As questões mais importantes na vida são as que dizem respeito ao amor, à responsabilidade, espiritualidade e sensibilidade.

Momento Espírita, com base no cap. Falamos de perdão, do livro A última grande lição: o sentido da vida, de Mitch Albom, ed. Sextante.

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty UM CONTO

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 31, 2012 10:46 am

Momentos Espíritas I - Página 21 Esperar

Aqui me chegam informações diariamente.
Nós somos um grande banco de dados.
Os registos são feitos simultaneamente às acções, pensamentos e emoções que ocorrem.

Organizamos, depois, os principais eventos e guardamos as conclusões de um dia, um ano.
Ao chegar aqui, quando, devidamente ordinário, se faz necessário o acesso às informações de si mesmo de toda uma vida, podem-se acessar tais informações e aproveitá-las no momento oportuno.

Comigo foi assim...

Cheguei aqui pelo ano de 1814.
Assim como muitos outros, nada conhecia sobre a vida após a morte.
Foi um sufoco sem igual atentar para tantos novos detalhes que fariam parte da minha vida a partir daquele momento.

Tinha muito que aprender sobre a vida e a morte.
Primeiro, por um longo período, após ser resgatado, passei a dormir e a sonhar.
Por muitas vezes pesadelos me assombravam e eu acordava gritando sem saber onde estava e o que acontecia.
Vinham ao meu encontro, acalmavam-me e energizavam-me até, novamente, adormecer.

Isso ocorreu por muitas vezes, até que, numa tarde de domingo, despertei.

Lembro que se tratava de domingo, pois gostava de reunir a família e ir em busca da palavra do Senhor.
Orávamos e entoávamos cantos de louvor e saíamos com as consciências mais tranquilas e renovadas para novas atitudes, que logo as tornariam pesadas como chumbo, como haviam chegado.
Não compreendíamos que era possível mantê-las sempre rectas, uma vez que agíssemos de forma coerente aos ensinamentos do Senhor.

Mas, muitas vezes, se fazia preciso pecar, pois, não conhecíamos outra solução.

Despertei naquela tarde enquanto louvores e clamores a Deus eram envolvidos por belas vozes que pareciam se transformar em luz.
Num espectáculo que jamais pensei presenciar.
Saí pela porta, antes do quarto, depois de um grande salão, onde se encontrava um grupo de religiosas que se dedicavam a Deus.

Então, perceberam minha presença.
Trouxeram-me uma cadeira e me permitiram ficar ali participando de tão belo evento.

Olhos abertos, apreciei a beleza daquele lugar alvo e brilhante, como um hospital, e questionei o que fazia ali.
Depois, olhos fechados, entreguei-me ao radioso momento de oração.
Deixei-me esquecer da vida e senti-me no céu ao lado dos anjos.

Despertei daquele momento sublime a um leve toque em meu ombro.
Tratava-se de um cuidador que, descobrira, estava ao meu lado a cada despertar.

Ouvia-o dizer:
“Relaxe. Logo estará bem e de pé de novo.
Agora deite e procure descansar.”

E meu corpo relaxava por inteiro.
Meus olhos fechavam-se e por mais que quisesse vencê-los, não conseguia.
Culpava-me a cada despertar sobre a leve lembrança de que perdera a oportunidade de compreender o que acontecia.
Mas logo ele chegava e tudo de novo ocorria numa bola de neve que jamais terminava, até aquela tarde.

Voltei ao leito com a sua ajuda, porém, desta vez, chamou-me pelo meu nome e deu- me as boas vindas.
“- Gregorio, que bom está de pé. Seja bem vindo à casa do Senhor.”

Imaginei que estivesse em uma instituição religiosa a me tratar e questionei do que sofria.
Calmamente respondeu-me que ainda não era hora, mas em breve tudo saberia.

Assim passaram-se dias e anos.
Através de conversas fui descobrindo o que fazia ali.

Quando cheguei ao banco de dados fiquei impressionado.
Era diferente de tudo o que já vira antes.
Grandioso como uma biblioteca nacional, mas, ao mesmo tempo, pequeno e não volumoso.

Desconhecia tal tecnologia que, diariamente, se renovava.
A minha nova aflição era descobrir tanto quanto podia.
Adorava a possibilidade de absorver todo o conhecimento e transmiti-lo através de palavras.

Assim fiz por longos anos da minha vida.
Porém, a liberação do meu acesso aos registos era cautelosa e fragmentada.

Continua...
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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty Re: Momentos Espíritas I

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Jan 31, 2012 10:47 am

Continua...

Primeiro, pequenas elucidações da minha vida.
Depois, sobre a época que vivi.
E, com o tempo e preparo, fui lidando com cada vez mais informações.

No início, era difícil lidar com algumas passagens descobertas.
Era preciso volver-me à meditação e aspirar calmamente possíveis soluções para algumas atitudes.
Aqui, a percepção da moral e da ética se fazem plenamente, e surgem incompreensíveis momentos da vida que nos causam uma dor infinita que, pensei, muitas vezes, que jamais passaria.

Nestes períodos se fazia necessário o recolhimento e o acolhimento do velho cuidador.

Sentia-me colocado no colo pela velha mãe.
Cabelos brancos jogados ao vento a ninar o filho travesso que aprontara novamente e, arrependido, recorria aos seus braços a fim do perdão e limpeza da consciência aflita.

Podia ficar assim por várias horas a me redimir.
Quando mais calmo, as mãos maternas me conduziam ao oratório familiar, a fim de buscar o perdão do Criador.

Em minha encarnação, acostumei-me, quando maior, a escrever o ocorrido para jamais esquecer e ser realizado novamente.
E assim iniciei minha vontade irresistível de transformar maus e, logo depois, também os bons actos em palavras, versos e bordões.

Minha mãe ria ao ler e mostrava ao meu pai, orgulhosa das promessas de melhor conduta.
Meu pai, a seu termo, vislumbrava a escrita e corrigia os pequenos erros que iam surgindo, me levando à perfeição da grafia e da concordância.
Investia em minha carreira literária, fornecendo-me cada vez mais livros, cadernos e canetas, incentivando-me a escrever.

Necessitei do mesmo por aqui.
Solicitei e fui atendido.
E compartilhava, ainda envergonhado, dos manuscritos com meu cuidador.
Tentei esconder dele, mas percebi que era inútil, uma vez que gostava de me acompanhar por longas caminhadas a envolver-se em meus pensamentos.

Certa vez, sabia cada linha que planeava escrever.
Logo, diante de tal facto, senti-me vencido e doei-lhe minhas primeiras anotações.
Sorriu igual a minha mãe e, orgulhoso, solicitou mostrar aos seus superiores.

Assim os chamava até os conhecer melhor.
Traziam uma leveza no ser, espantosa, que afagava-me a alma.

Sentou-se a meu lado e iniciou a conversa com assuntos triviais.
Ao alcançar as ideias sobre os rascunhos que eu fazia perguntou-me se eu não gostaria de, futuramente, publicar tal conteúdo.
Explicou-me que a comunidade humana continuava a necessitar de conhecimento e que de vez em quando material pertinente era enviado para aconselhamentos e direcionamentos.

Exemplificações de vidas já passadas envolviam leitores curiosos para o aprendizado a partir do outro.
Fiquei realmente interessado na possibilidade que me chegava e, por algumas horas, o bombardeei com inúmeras perguntas sobre o funcionamento de algo que achava impossível.

Levantei acordando material didático a partir da minha vida e concepções.
Porém, como tão logo não aconteceria, propôs-me um trabalho digno, à minha escolha.
No mesmo instante veio à mente conhecer todos os segredos daquela sala imponente e austera.

Queria ter acesso ilimitado ao banco de dados.
Expliquei-lhe que seria necessário aos escritos e vibrei com autorização e encaminhamento.

Meu entusiasmo se tornou frustação quando fui encarregado da limpeza.
Olhei revoltado para o coordenador, mas de minha boca nada saiu.
Já havia compreendido que naquele lugar não se atravessava pontes.

Era preciso seguir o caminho adequado a cada adiantamento.
Somente mais tarde conversei com meu cuidador, que gentilmente respondeu-me:
“Se já conheces o funcionamento de nossas instalações, porque se aflige?
Aguarda como antes aguardou e terá acesso a tudo que deseja.”

E assim aconteceu: faxineiro, arrumador, orientador, catalogador... até coordenador (o ...dor mais longe que se pode chegar quando em meu patamar: 1, 2, 3...).

Cada vez mais acesso eu vou tendo e cada vez menos vou me interessando pela vida alheia.
Prefiro, hoje, escrever sobre as conversas que tenho com os que aqui chegaram há muito e há pouco.

Aprendi a captar em seus olhares conteúdos que jamais poderei encontrar em nenhum banco de dados.
Nem mesmo no maior que já tive a oportunidade de conhecer.

Espero que não os tenha cansado com meu longo conto e espero ter permissão para retornar e lhes contar muitos outros que vivi, observei e contei.

Até lá,

Gregório.

Leia mais: http://www.cacef.info/news/um-conto/

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Momentos Espíritas I - Página 21 Empty O vício do fumo

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Fev 01, 2012 10:40 am

Foi no ano dois mil que um jornal do Rio de Janeiro publicou nota do Sr. Steven Parrisch, então vice-diretor geral da Philip Morris, a empresa que mais produz cigarros no mundo.

Ele declarou que a nicotina é uma substância nociva, capaz de produzir dependência.

Disse ainda que a sua empresa estava disposta a acatar restrições da agência do governo americano que controla a venda de alimentos e remédios.

Ele acreditava que o mercado de cigarros estava destinado a encolher e anunciou que sua empresa tinha planos de investir mais no sector de alimentos.

A nota nos levou a ponderarmos quantos de nós ainda hoje perdemos minutos preciosos no ritual das baforadas de nicotina.

Quantas horas precisamos trabalhar para alimentar esse vício e depois pagar o tratamento de moléstias que decorrem dele.

Quantos dias de trabalho perdidos, em função de internamentos hospitalares por causa do fumo.

Quantos dias estamos abreviando de nossa existência por comprometer a aparelhagem orgânica com o fumo.

Ao mesmo tempo, a nota nos remeteu à reflexão de que os homens estão se motivando para as grandes mudanças.

Quando uma indústria que produz cigarros anuncia que investirá mais no setor de alimentos, percebemos que o homem está se preocupando com seus irmãos em humanidade.

Em vez de provocar enfermidade, dor e morte, com a disseminação de uma droga como o fumo, estará possibilitando alimentação adequada a maior número de criaturas.

Talvez, em tempo não muito distante, possamos dizer que nenhum ser humano morrerá de fome, porque o homem abandonará o egoísmo, o serviço a si próprio e sairá ao encontro do seu irmão.

Imaginemos uma Terra onde os campos de trigo se estendam a perder de vista, onde os arrozais se multipliquem e as pastagens verdejantes propiciem adequado alimento ao gado leiteiro.

Uma Terra em que a tecnologia se humanize, em que se pense em criar somente o bem-estar para a Humanidade.

Estamos na alvorada de uma nova era. O sol da esperança afugenta as trevas do egoísmo.

Os servidores do bem se espalham pelo planeta e assinalam a sua presença com ideias renovadoras.

Sem alarde, esses corações trabalham assegurando o mundo melhor do amanhã, que conta, para sua definitiva instalação, com a nossa contribuição pessoal.

Não engrossemos as fileiras dos desanimados, nem aplaudamos os que espalham o mal.

Embora o vendaval das dores que se abate sobre a Humanidade, Jesus está no leme e Seu Evangelho triunfará do mal em desgoverno.

A tempestade passará e a luz brilhará mais intensamente.

A sombra do mal é somente a ausência da claridade do bem. Não é real.

Só Deus é vida e somente o bem é a meta.

Momento Espírita, com base no artigo Qualquer droga, do boletim Serviço espírita de informações, nº 1669 e no cap. 10 do livro Momentos enriquecedores, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

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