LUZ ESPÍRITA
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ARTIGOS DIVERSOS III

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Encontros espirituais

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 03, 2018 10:38 am

Léon Tolstoi, o escritor russo, teve oportunidade de, depois de sua morte, escrever através da mediunidade de Ivone do Amaral Pereira.
Em uma de suas obras assim psicografadas, ele narra que, quando ainda vivendo na Terra, tivera um amigo de nome Boris.
Eram muito afeiçoados e apreciavam ficar horas discutindo questões de filosofia.
Boris, contudo, morreu jovem, na flor dos vinte anos.
Tolstoi sentiu muito a morte do amigo.
E fosse porque muito pensasse nele ou porque, de alguma forma, desejasse ter dele notícias, lhe ocorria sonhar com ele repetidas vezes.
Via-o jovial e alegre.
Sempre a conversar sobre as questões do Evangelho.
Embora ao acordar não conseguisse recordar a totalidade do diálogo, lembrava de alguns trechos do sonho.
Contudo, as peripécias da vida, as preocupações que se foram somando, fizeram com que muitas tribulações cercassem Tolstoi.
Até ele não mais sonhar com o amigo.
Sessenta e dois anos se passaram.
Tolstoi também partiu para a verdadeira pátria e teve oportunidade de reencontrar Boris.
A primeira coisa que reparou é que ele, recém saído da carne para a Espiritualidade se apresentava como um homem velho, na casa dos oitenta, enquanto o amigo estava jovem, no verdor dos vinte anos.
Quanta saudade, falou-lhe Tolstoi.
Há quanto tempo não nos víamos.
Engano seu, disse Boris.
Sempre nos encontramos.
Você, somente pelas tantas dificuldades que o cercavam na carne, não conseguia guardar as lembranças.
Mas eu aqui estou para, especialmente, lhe agradecer pelas tantas preces que me endereçou.
Toda vez que pensava em mim com amor e saudade, um jacto de luz se desprendia do seu coração e do seu cérebro e vinha em minha direcção.
Era como uma irradiação de forças poderosas que me ajudava a caminhar para Deus.
Não importava onde eu me encontrasse, eu ouvia como que me chamarem, prestava atenção, e parecia reconhecer a sua voz.
Isto é, a sua vibração que parecia sua voz.
Ouvia o que me dizia, comovia-me e chorava de alegria.
Às vezes, junto com sua voz eu passava a enxergar a sua imagem reflectida no longo jacto luminoso que de você se desprendia, embora nem eu nem você saíssemos do local onde estivéssemos.
Foi assim que, ao longo desses anos, eu vi, ouvi, compreendi os seus pensamentos.
Tolstoi diz que sentiu muito reconforto com as informações do amigo.
E passou a meditar no alto valor da prece, realizada com desprendimento e amor.
Prece que tem o poder de alargar o círculo afectivo entre os homens e os Espíritos e também alimentar os elos afectivos entre eles.
Diz, ele finalmente, que se os homens soubessem verdadeiramente o que é orar, se compreendessem o enorme poder da oração, do que é capaz o pensamento em prece, os homens não teriam tantas razões para chorarem os seus mortos, se desesperando ante os túmulos silenciosos!
Se você perdeu afectos, não os magoe com o seu desespero.
Ore intensamente.
Recorde os momentos de alegria, de felicidade juntos vividos.
Transmita a eles a sua saudade, como um ramalhete de flores de delicado perfume para que eles, onde estejam, como estejam, o recebam, como demonstração de que os que ficaram na Terra ainda e sempre os amam.
Neles pensam com carinho e doce saudade.

Reflicta!

Blog Espiritismo Na Rede, com base no cap. VI, do livro Ressurreição e vida, pelo Espírito Léon Tolstoi, psicografia de Yvonne do Amaral Pereira, ed. FEB.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Quem foi que disse que “ninguém volta para avisar”?

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 03, 2018 7:52 pm

Era 1999, fim de nublada e fria tarde de uma segunda-feira.
Aprontávamos, eu e a minha esposa, para cumprir os nossos compromissos de trabalho junto a fraternos companheiros da Federação Espírita do Estado de São Paulo (Feesp).
Saíamos sempre com bastante antecedência, encaminhávamo-nos para a Feesp com aquela alegria de poder abraçar de novo a tarefa.
Assim que conseguimos sair da garagem do condomínio de nossa residência, ao descer a rampa para ganharmos a rua, eis senão quando algo inesperadamente aconteceu: escutamos uma voz feminina.
A voz, por assim dizer, melodiosa e muito agradável no interior do veículo, disse-nos com suave inflexão de alerta:
“Cuidado, não corra!”
Posso garantir que o rádio do carro não estava ligado, não.
Tivesse minha mulher, que dirigia o veículo, acelerado um pouco mais para aproveitar uma rara oportunidade de ultrapassar o cruzamento de uma avenida!...
Se nos adiantássemos alguns metros a mais, experimentaríamos inevitável colisão de veículos depois do moroso semáforo, ou farol, ou sinal de trânsito; aí percebemos logo o valor daquele valioso aviso.
Em suma, caríssimo leitor ou caríssima leitora:
acontecera um autêntico e providencial “fenómeno de voz directa”!
Ficamos deveras embevecidos, comovidos.
Jamais poderíamos supor o sério engavetamento de diversos veículos que, sem dúvida alguma, impossibilitaria nossa chegada à Feesp.

Como foi possível o fenómeno?
“É difícil explicar como se processa”, respondeu um Espírito ao lhe perguntarem a respeito desse raríssimo meio transcendente de contacto.
Sabemos, pelo menos, que tudo só depende de mútuo auxílio durante o acto de se provir as energias necessárias para este mister, aos Espíritos baixarem a sua vibração, colocando-se os assistentes encarnados em determinadas condições.
Ainda é questão aberta, as explicações são vagas, empíricas.
A Entidade chamada Greentree revelou ao pesquisador J. Arthur Findley, presidente da Psychic News e da revista Light, na década de 30, século 20, ao pesquisar a médium inglesa John C. Sloan:
“Trata-se de uma condição em que vocês se colocam e nos habilitam a absorver o ectoplasma do médium e seus auxiliares; fazendo assim, sinto-me como me sentia quando da permanência na Terra”.

A caminho de Damasco
Aliás, não poderíamos deixar de mencionar aqui uma das mais insignes manifestações de voz directa, a que se deu durante uma longa viagem a caminho de certa cidade do Oriente Médio cujo episódio, por extensão, às vezes, designa mudança súbita de ideias, de sentimento ou de opinião. Referimos à viagem de Paulo de Tarso à antiga cidade de Damasco.
A caminho de Damasco (Síria actual), o Apóstolo Paulo topou com algo jamais acontecido em toda a sua existência:
“Saulo, Saulo, por que me persegues?” (Actos, 9:4-7), indagou uma voz também ouvida por seus companheiros de viagem que nada falaram (provavelmente cheios de pavor por não saberem quem falara e de onde surgira a voz).1
Sem dúvida, esse acontecimento se deu para ficar de vez na memória do Cristianismo o que para nós, espíritas, representa muito, muito mais que simples emprego como símbolo de mudança de ponto de vista, de alguma disposição afectiva em relação a coisas de ordem moral ou intelectual.
Atribuíram a Cristo a autoria dessa estranha voz dirigida ao Apóstolo dos Gentios, naturalmente, para nós, oriunda da existência espiritual.
Portanto, o acontecimento de Damasco não foi um mero fenómeno aleatório; havia um sublime propósito, como há em todos os fenómenos espirituais perseguidos, escarnecidos, combatidos por opositores incansáveis.
Os fenómenos também denominados “espíritas” representam uma grande ameaça para eles — no fundo, no fundo, sabem que estes desabam o suposto pedestal da sua convicção arrogante e dos princípios estagnados na má vontade e intolerância por sobre o qual se conservam.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 03, 2018 7:53 pm

Extraordinário fenómeno
O fenómeno de voz directa “é o mais extraordinário fenómeno psíquico até hoje conhecido, um dos mais convincentes e admiráveis”, segundo Findley.2 Que pena!
Certos directores de núcleos espíritas não dão a menor importância à voz directa e a outros fenómenos físicos.
Garantem que a fase das investigações de fenómenos já passou, estando, segundo eles, “preocupados com coisas bem mais importantes”, embora tais fenómenos ostensivos sejam de carácter inteligente, por isso, poderiam dar também uma grande contribuição.
Antes, durante e depois do caso na estrada de Damasco, existiram fenómenos dessa natureza, além de outras ocorrências de efeitos físicos, factos espontâneos como o que se deu comigo e minha mulher (e não foi o único), ou planeados, isto é, produzidos por vários pesquisadores e seus médiuns em diferentes épocas; em diferentes países, fizeram por onde Entidades anónimas, pessoas comuns, celebridades exprimissem suas ideias, emotividade.
Diferentes autores já relataram à farta depoimentos de respeitáveis testemunhas, tais como John Myers, Oliver Lodge, William Crookes e outros.
Estes nomes puderam ouvir aqueles que não pertenciam mais a este mundo — expressando felicidade uns, espanto e angústias, outros, quando do ingresso na dimensão espiritual, destino inevitável de todos os homens, partidários e não partidários da imortalidade da Alma e suas relações com o mundo espiritual.
Fiquemos com um trecho de mensagens através da mediunidade de voz directa, proferida pelo Espírito Mahatma Gandhi, que foi registada em aparelho de gravação por George Woods e Betty Greene.
O médium Leslie Flint,3 um dos médiuns físicos contemporâneos mais pesquisados, cedeu o seu ectoplasma para que Gandhi pudesse dizer estas palavras, exactamente como diria com a própria voz de quando encarnado:
... A vida na Terra se constitui na escola em que o homem deve compreender sua missão, onde lhe é oferecida a oportunidade de herdar o Reino do Pai.
O primeiro dever que deverá aprender é esquecer-se de si mesmo, passando a derramar o amor entre os seus semelhantes.
E isso vos retornará como compensação.
Todas aquelas coisas de que falara Cristo, todos os seus grandes ensinamentos, que os grandes filósofos repetiram ao longo dos séculos, referem-se ao homem esquecendo-se de si mesmo, direccionando seus propósitos para o auto-conhecimento...

DAVILSON SILVA

Notas:
1 ALMEIDA, Tradução de João Ferreira de. A bíblia sagrada. 100.000. ed. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1960. Cap. 9.o, versículo 7, p. 152.
2 FINDLEY, J. Artur. No limiar do Etéreo. 2. Ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira (Feb), 1950. Introdução.
3 Leslie Flint, nascido em 1911, Hacney, distrito de Londres, Inglaterra, e desencarnado em 1994, foi um poderoso instrumento de voz directa desde 1935.
Todos os que presenciaram as manifestações por intermédio dele ficaram absolutamente convencidos de que a vida continua depois da morte.
Flint foi auxiliado por seus dois seríssimos e leais amigos, George Woods e Betty Greene, os quais, felizmente, registaram grande quantidade de vozes em gravador de som, a partir de 1945, quando o médium se encontrava no melhor momento de sua faculdade.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Bênção e Maldição

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 07, 2018 9:53 am

Nem sempre nosso caminho é linear.
Vivemos em fases, altos e baixos, bons e maus bons momentos.
Em certo período estamos em óptimo estado de saúde, paz familiar, sucesso no trabalho e de repente, algo acontece e as coisas passam a sair do caminho, a não dar mais certo e nos questionamos sobre o porquê.
Será a influencia de más energias, como uma maldição?
Segundo a questão 557 de "O Livro dos Espíritos":
Podem a bênção e a maldição atrair o bem e o mal para aquele sobre quem são lançados?
R: “Deus não escuta a maldição injusta e culpado perante ele se torna o que a profere.
Como temos os dois génios opostos, o bem e o mal, pode a maldição exercer momentaneamente influência, mesmo sobre a matéria.
Tal influência, porém, só se verifica por vontade de Deus como aumento de prova para aquele que é dela objecto.
Demais, o que é comum é serem amaldiçoados os maus e abençoados os bons.
Jamais a bênção e a maldição podem desviar da senda da justiça a Providência, que nunca fere o maldito, senão quando mau, e cuja protecção não acoberta senão aquele que a merece.”
Estamos em um planeta de expiação e provas, buscando aprendizado e evolução.
Todos aqui estamos com o mesmo objectivo, cada qual, com suas lições a serem aprendidas e também a ensinar.
Deus sabe a cruz que podemos carregar.
E a levamos com conhecimento e consentimento Dele.
Se ganha uma ou mais lições, dentro da prova que já passamos ou estamos destinados a passar.
Aumentamos a lista de exercícios da cartilha que viemos aprender.
A forma como encaramos e enfrentamos os desafios pequenos e grandes desafios do dia a dia, também define o peso, tempo e repetição dele em nossa vida.
Pois lição não aprendida é lição repetida.
Existem influencias externas de más energias e baixas vibrações, mas apenas nos ligamos, nos sintonizamos a elas, quando estamos na mesma faixa vibratória.
Elevar nosso pensamento ao bem, orar com e vigiar nossas acções e pensamentos, amar e praticar o amor ao próximo, sem esperar algo em troca, vai nos deixando cada vez mais longe de maldições e baixas vibrações
Encarar de forma menos egoísta e vitimista o que nos acontece.
Reconhecer nossa parcela de culpa no que nos acontece.
Pensar e agir em como resolver essa questão e qual ensinamento levar sobre ela, compartilhar dessa experiência com os demais, como forma de reflexão e prevenção.
Nada é em vão, se não é bênção é lição.

Bruna Amorim

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Psicometria - Mecanismos da Mediunidade

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 07, 2018 7:30 pm

Expondo algumas anotações em torno da psicometria, considerada nos círculos medianímicos por faculdade de perceber o lado oculto do ambiente e de ler impressões e lembranças, ao contacto de objectos e documentos, nos domínios da sensação a distância, não é demais traçar sintéticas observações acerca do pensamento, que varia de criatura para criatura, tanto quanto a expressão fisionómica e as marcas digitais.
Destacaremos, assim, que, em certos indivíduos, a onda mental a expandir-se, quando em regime de «circuito fechado», na atenção profunda, carreia consigo agentes de percepção avançada, com capacidade de transportar os sentidos vulgares para além do corpo físico, no estado natural de vigília.
O fluido nervoso ou força psíquica, a desarticular-se dos centros vitais, incorpora-se aos raios de energia mental exteriorizados, neles configurando o campo de percepção que se deseje plasmar, segundo a dilecção da vontade, conferindo ao Espírito novos poderes sensoriais.
Ainda aqui, o fenómeno pode ser apreendido, guardando-se por base de observação as experiências do hipnotismo comum, nas quais o sensitivo muitas vezes pessoa em que a força nervosa está mais fracamente aderida ao carro fisiológico deixa escapar com facilidade essa mesma força, que passa, de pronto, ao impacto espiritual do magnetizador.
O hipnotizado, na profundez da hipnose, pode, então, libertar a sensibilidade e a motricidade, transpondo ao limitações conhecidas no cosmo físico.
Nestas ocorrências, sob a sugestão do magnetizador, o «sujet», com a energia mental de que dispõe, desassocia o fluido nervoso de certas regiões do veículo carnal, passando a registar sensações fora do corpo denso, em local sugerido pelo hipnotizador, ou impede que a mesma força circule em certo membro - um dos braços por exemplo -, que se faz praticamente insensível enquanto perdure a experiência, até que, ao toque positivo da vontade do magnetizador, ele mesmo reconduza o próprio pensamento revitalizante para o braço inerte, restituindo-lhe a energia psíquica temporariamente subtraída.

PSICOMETRIA E REFLEXO CONDICIONADO - Nas pessoas dotadas de forte sensibilidade, basta o reflexo condicionado, por intermédio da oração ou da centralização de energia mental, para que, por si mesmas, desloquem mecanicamente a força nervosa correspondente a esse ou àquele centro vital do organismo fisio-psicossomático, entrando em relação com outros impérios vibratórios, dos quais extraem o material de suas observações psicométricas.
Aliás, é imperioso ponderar que semelhantes faculdades, plenamente evidenciadas nos portadores de sensibilidade mais extensamente extro-versível, esboçam-se, de modo potencial, em todas as criaturas, através das sensações instintivas de simpatia ou antipatia com que se acolhem ou se repelem umas às outras, na permuta incessante de radiações.
Pela reflexão, cada Inteligência pressente, diante de outra, se está sendo defrontada por alguém favorável ou não à direcção nobre ou deprimente que escolheu para a própria vida.

FUNÇÃO DO PSICÔMETRA - Clareando o assunto quanto possível, vamos encontrar no médium de psicometria a individualidade que consegue desarticular, de maneira automática, a força nervosa de certos núcleos, como, por exemplo, os da visão e da audição, transferindo-lhes a potencialidade para as próprias oscilações mentais.
Efectuada a transposição, temos a ideia de que o medianeiro possui olhos e ouvidos a distância do envoltório denso, acrescendo, muitas vezes, a circunstância de que tal sensitivo, por auto-decisão, não apenas desassocia os agentes psíquicos dos núcleos aludidos, mas também opera o desdobramento do corpo espiritual, em processo rápido, acompanhando o mapa que se lhe traça às acções no espaço e no tempo, com o que obtém, sem maiores embaraços, o montante de impressões e informações para os fins que se tenha em vista.

INTERDEPENDÊNCIA DO MÉDIUM - Como em qualquer actividade colectiva entre os homens, é forçoso convir que médium algum pode agir a sós, no plano complexo da psicometria.
Igualmente, ai, o sensitivo está como peça interdependente no mecanismo da acção.
E como é fartamente compreensível, se os companheiros desencontrados ou encarnados da operação a realizar não guardam entre si os ascendentes da harmonização necessária, claro está que a onda mental do instrumento mediúnico somente em circunstâncias muito especiais não se deixará influenciar pelos elementos discordantes, invalidando-se, desse modo, qualquer possibilidade de êxito nos tentames empreendidos.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 07, 2018 7:31 pm

Nesse campo, as formas-pensamentos adquirem fundamental importância, porque todo objecto deliberadamente psicometrado já foi alvo de particularizada atenção.
Quem apresenta ao psicômetra um pertence de antepassados, na maioria das vezes já lhe invocou a memória e, com isso, quando não tenha atraído para o objecto o interesse afectivo, no Plano Espiritual, terá desenhado mentalmente os seus traços ou quadros alusivos as reminiscências de que disponha, estabelecendo, assim, recursos de indução para que ao percepções ultra-sensoriais do médium se lhe coloquem no campo vibratório correspondente.

CASO DE DESAPARECIMENTO - Noutro aspecto, imaginemos que determinado objecto seja conduzido ao sensitivo para ser psicometrado, com vistas a certos objectivos.
Para clarear a asserção, suponhamos que uma pessoa acaba de desaparecer do quadro doméstico, sem deixar vestígio.
Buscas minuciosas são empreendidas sem resultado.
Lembra-se alguém de tomar-lhe um doa pertences de uso pessoal.
Um lenço por exemplo.
A recordação é submetida a exame de um médium que reside a longa distância, sem que informe algum lhe seja prestado.
O médium recolhe-se e, a breve tempo, voltando da profunda introspecção a que se entregou, descreve, com minúcias, a fisionomia e o carácter do proprietário, reporta-se ao desaparecimento dele, explora sobre pequeninos incidentes em torno do caso em lide, esclarece que o dono desencarnou, de repente, e informa o local em que o cadáver permanece.
Verifica-se a exactidão de todas as notas e, comummente, atribui-se ao psicômetra a autoria integral da descoberta.
Entretanto, analisado o episódio do Plano Espiritual, outras facetas ele revela à visão do observador.
Desencarnado o amigo a que aludimos, afeições que ele possua na esfera extra-física interessam-se em ajuda-lo, auxilio esse que os estende, naturalmente, à sua equipe doméstica. Pensamentos agoniados daqueles que ficaram e pensamentos ansiosos dos que residem na vanguarda do Espírito entrecruzam-se na procura movimentada.
Alguém sugere a remessa do lenço para investigações psicométricas e a solução aparece coroada de êxito.
Os encarnados vêem habitualmente apenas o sensitivo que entrou em função, mas se esquecem, não raro, dar Inteligências desencarnadas que se lhe incorporam à onda mental, fornecendo-lhe todos os avisos e instruções, atinentes ao feito.

AGENTES INDUZIDOS - Todos os objectos e ambientes psicometrados são, quase sempre, francos mediadores entre a esfera física e a esfera extra-física, à maneira de agentes fortemente induzidos, estabelecendo factores de telementação entre os dois planos.
Nada difícil, portanto, entender que, ainda aí prevalece o problema do merecimento e da companhia.
Se o consulente e o experimentador não se revestem de qualidades morais respeitáveis para o encontro do melhor a obter, podem carrear à presença do sensitivo elementos desencarnados menos afins com a tarefa superior a que se propõem, e, se o intermediário humano não está espiritualmente seguro, a consulta ou a experiência resulta em fracasso perfeitamente compreensível.
Nossas anotações, demonstrando o extenso campo da influenciação dos desencarnados, em todas as ocorrências da psicometria, não excluem, como é natural, o reconhecimento de que a matéria assinala sistemas de vibrações, criados pelos contactos com os homens e com os seres inferiores da Natureza, possibilitando as observações inabituais das pessoas dotadas de poderes sensoriais mais profundos, como por exemplo na visão, através de corpos Opacos, na clarividência e na clariaudiência télementadas, na apreensão críptica da sensibilidade e nos diversos recursos radiestésicos que se filiam notadamente aos chamados fenómenos de telestesia.

Do blog Espiritismo Na Rede baseado no livro Mecanismos da Mediunidade - F C Xavier / André Luiz – FEB

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty "Os cinco Princípios Básicos da Doutrina Espírita.

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 08, 2018 12:15 pm

Existência de Deus.
Imortalidade da alma.
Pluralidade das existências.
Pluralidade dos mundos habitados.
Comunicabilidade dos espíritos.

1. Existência de Deus.
Deus existe.
É a origem e o fim de tudo.
É o criador, causa de todas as coisas.
Deus é a suprema perfeição, com todos os atributos que a nossa imaginação lhe possa atribuir, e muito mais.

2. Imortalidade da Alma.
Antes de sermos seres humanos, filhos de nossos pais, somos, na verdade, espíritos, filhos de Deus.
O espírito é o princípio inteligente do universo, criado por Deus, simples e ignorante, para evoluir e realizar-se individualmente pelos seus próprios esforços.
Como espíritos, já existíamos antes de nascermos e continuaremos a existir, depois da morte física.
Quando o espírito está na vida do corpo, dizemos que é uma alma ou espírito encarnado.
Quando nasce para este mundo, dizemos que reencarnou; quando morre, que desencarnou.
Desencarnado, volta ao plano espiritual ou espiritualidade, de onde veio ao nascer.
Os espíritos são, portanto, pessoas desencarnadas que, presentemente, estão na espiritualidade.

3. Pluralidade das Existências.
Criado simples e ignorante, o espírito é quem decide e cria o seu próprio destino.
Para isso, ele é dotado de livre-arbítrio, ou seja, capacidade de escolher entre o bem e o mal.
Desse modo, ele tem possibilidade de se desenvolver, evolucionar, aperfeiçoar-se, de tornar-se cada vez melhor, mais perfeito, como um aluno na escola, passando de uma série para outra, através dos diversos cursos.
Essa evolução requer aprendizado, e o espírito só pode alcançá-la encarnando no mundo e desencarnando, quantas vezes necessárias, para adquirir mais conhecimentos, através das múltiplas experiências de vida.
A reencarnação, portanto, permite ao espírito viver inúmeras existências no mundo, adquirindo novas experiências, para se tornar melhor, não só intelectualmente, mas, sobretudo, moralmente, aproximando-se cada vez mais do que estabelecem as Leis de Deus.
Mas, assim como o aluno pode repetir o ano escolar - uma, duas ou mais vezes - o espírito que não aproveita bem sua existência na Terra, pode permanecer estacionário pelo tempo necessário, conhecendo maiores sofrimentos, e atrasando, assim, sua evolução, até que desperte para a necessidade de caminhar em direcção ao progresso.
Não podemos precisar quantas encarnações já tivemos e quantas teremos pela frente.
Sabemos, no entanto, que, como espíritos em evolução constante, reencarnaremos quantas vezes sejam necessárias, até alcançarmos o desenvolvimento moral exigido para nos tornamos espíritos puros.
Esquecimento do passado: não nos lembramos das vidas passadas e aí está também a sabedoria de Deus.
Se lembrássemos do mal que praticamos ou dos sofrimentos pelos quais passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, teríamos infinitas dificuldades para viver em plenitude a vida actual.
Ocorre que, frequentemente, os inimigos do passado, hoje são trazidos ao nosso convívio próximo, na condição de filhos, irmãos, pais, amigos, nos oferecendo a oportunidade do resgate, da reconciliação, do amparo mútuo: esta é uma das razões da reencarnação.
Certamente, hoje estamos corrigindo erros praticados contra alguém, sofrendo as consequências de crimes perpetrados, ou mesmo sendo amparados, auxiliados por aqueles que, no pretérito, nos prejudicaram.
Daí a importância da família, onde se costumam reatar os laços cortados em existências anteriores.
A reencarnação, dessa forma, é uma oportunidade de reparação, como é também oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando a própria evolução espiritual.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 08, 2018 12:16 pm

Quando reencarnamos, trazemos um "plano de vida", compromissos assumidos durante a espiritualidade, perante nós mesmos e nossos mentores espirituais, e que dizem respeito à reparação do mal e à prática de todo o bem possível.
Dependendo de nossas condições espirituais, poderemos ter participado ou não dessas escolhas, optando por provas, sofrimentos, dificuldades ou facilidades, que propiciarão meios para nosso desenvolvimento espiritual.
A reencarnação, portanto, como mecanismo perfeito da Justiça Divina, explica-nos porque existe tanta desigualdade no destino das criaturas na Terra.
Pelos mecanismos da reencarnação, verificamos que Deus não premia ou castiga.
Pela misericórdia divina, somos nós os articuladores do próprio destino, por vezes necessitando de sofrimentos que nos instigam à melhora e crescimento, pela lei da "acção e reacção".

4. Pluralidade dos Mundos Habitados.
Nem todas as encarnações se verificam na Terra.
Existem mundos superiores e mundos inferiores ao nosso.
Quando evoluirmos, poderemos renascer num planeta de ordem elevada.
O Universo é infinito e "na casa do Pai há muitas moradas", já dizia Jesus.
A Terra é um mundo de categoria moral inferior, haja vista o panorama lamentável em que se encontra a humanidade.
Contudo, ela está sujeita a se transformar numa esfera de regeneração, quando os homens se decidirem a praticar o bem e a fraternidade reinar entre eles.
"Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objectivo final da Providência.
Acreditar que só os haja no planeta que habitamos fora duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil.
Certo, a esses mundos há de Ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista.
Aliás, nada há, nem na posição, nem no volume, nem na constituição física da Terra, que possa induzir à suposição de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes." (O Livro dos Espíritos, questão 55).

5. Comunicabilidade dos Espíritos.
Os espíritos são seres humanos desencarnados.
Eles são o que eram quando vivos; bons ou maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou preguiçosos, cultos ou medíocres, verdadeiros ou mentirosos.
Eles estão por toda parte.
Não estão ociosos.
Pelo contrário, eles têm as suas ocupações, como nós, os encarnados, temos as nossas.
Não há lugar determinado para os espíritos.
Geralmente os mais imperfeitos estão junto de nós, atraídos pela materialidade a qual estão ainda ungidos, e pela similaridade de sentimentos com as quais nos afinizamos.
Não os vemos, pois se encontram numa dimensão diferente da nossa, mas eles podem ver-nos e até conhecer nossos pensamentos.
Os espíritos agem sobre nós, mas essa acção é quase que restrita ao pensamento, porque eles não conseguem agir directamente sobre a matéria.
Para isso, eles precisam de pessoas que lhes ofereçam recursos especiais:
essas pessoas são chamadas médiuns.
Pelo médium, o espírito desencarnado pode comunicar-se, se puder e quiser.
Essa comunicação depende do tipo de mediunidade ou de faculdade do médium:
pode ser pela fala (psicofonia), pela escrita (psicografia), etc...
Mas, toda e qualquer comunicação não deve ser aceite cegamente; precisa ser encarada com reserva, examinada com o devido cuidado, para não sermos vítimas de espíritos enganadores.
A comunicação depende da conduta moral do médium.
Se for uma pessoa idónea, de bons princípios morais, oferece campo para a aproximação e manifestação de bons espíritos.
É preciso ficar alerta contras as mistificações e contra os falsos médiuns, que tentam iludir o público menos avisado em troca de vantagens materiais.
Por isso, é importante que, antes de ouvir uma comunicação, a pessoa se esclareça a respeito do Espiritismo."

Fonte: - "Iniciação ao Conhecimento da Doutrina Espírita", livreto elaborado pelo Centro Espírita "Caminho de Damasco" - Revue Spirite - Dezembro de 1868 - Livro dos Espíritos Allan Kardec.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Como agem os médiuns de cura

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Out 09, 2018 9:33 am

Quando o assunto é cura por meio da espiritualidade, Allan Kardec, no Livro dos Médiuns, esclarece sobre a presença específica dos médiuns curadores.
É interessante ter presente que, ao exercer uma participação no processo curativo desenvolvido numa casa espírita, o indivíduo (mesmo não possuindo mediunidade ostensiva) pode estar sendo um intermediário entre a acção dos Espíritos e os pacientes.
Daí, portanto, a necessidade de perceber que, ao falar aos médiuns, Kardec se dirige não apenas aos que possuem mediunidade ostensiva, mas também aqueles que, em determinados momentos, por força das circunstâncias, se colocam na posição de canalizadores da acção dos espíritos.
O médium de cura verdadeiro tem uma importância muito grande nas actividades de cura do centro espírita.
O facto de ser portador desta mediunidade determina que ele deve exercê-la de forma cuidadosa e desinteressada (valor moral), a que o Espiritismo dá grande destaque.
Por isso, não se compreende o comportamento de alguns dirigentes de casas espíritas, que condenam as curas ao ostracismo, como se elas não fossem necessárias ainda nos dias de hoje, tanto quanto o eram na
época do Cristo.
O estudo, pois, desta parte doutrinária, encontra no Livro dos Médiuns as informações sobre os médiuns nos seus aspectos prático e de comportamento moral, que alia o comprometimento do portador da mediunidade com o seu exercício: ninguém possui qualquer tipo de mediunidade por acaso.
Sua existência revela algo anterior, acordado entre o indivíduo e as necessidades de sua trajetória e da evolução de seus semelhantes.
Deixando o Livro dos Médiuns, caímos directo no livro A Génese, também de Kardec.
Ali, principalmente no capítulo XIV, Os Fluidos, encontramos material profundo, de estudo constante.
O seu conhecimento, que abrange avaliação e reavaliação permanente, é por si de fundamental importância para aqueles que estão envolvidos com a cura.
A simplicidade com que Kardec coloca a questão pode parecer a muitos superficial; uns podem entender que o Codificador não foi a fundo na questão, outros, que faltam informações mais práticas.
Essa visão, sem dúvida, poderá desembocar em dois comportamentos, ambos perniciosos: o dirigente ir além fronteiras à busca de processos curativos diferentes; o segundo está relacionado aos poucos resultados práticos que possam estar sendo obtidos no centro espírita com a cura.
Dizer que o Espiritismo oferece uma possibilidade de exercício da cura de forma ampla não significa estar envolvido em nenhuma cegueira de raciocínio.
Antes, é uma grande verdade, que pode ser comprovada pela prática continuada e bem conduzida.
Em A Génese, Kardec analisa tudo aquilo que se encontra relacionado no campo da cura:
a existência da energia cósmica, a que chama fluidos, a presença fundamental do pensamento (de encarnados e desencarnados, portanto, de médiuns, espíritos, pacientes e participantes, no caso das curas), a participação do perispírito e, finalmente, o que tudo isso tem a ver com as doenças físicas e espirituais e sua influência moral sobre todos nós.
Nas obras subsidiárias, especialmente em André Luiz, vamos encontrar outras informações, também de grande valia para o aprofundamento da questão:
além de passar em revista toda a teoria da Codificação, demonstrando por exemplos práticos a sua realidade, este autor espiritual nos coloca em contacto com os mecanismos da mediunidade, oferecendo uma visão até então inexistente do desenvolvimento do processo nos dois ângulos da vida: o visível e o invisível.
Aqui, porém, é preciso enfatizar que, como qualquer outro autor, André Luiz precisa ser interpretado, e bem para que não sejam as suas palavras tomadas como lei; tidas como definitivas.
Principalmente, porque no campo da interpretação cada pessoa pode ter uma visão diferente e julgá-la como a melhor.
André Luiz é, como afirma Emmanuel, um repórter do espaço, o que significa um portador de notícias e informações e não um condutor de leis.
Com isto, fecha-se o círculo para o estudioso e o praticante, no que diz respeito à Doutrina Espírita.
No entanto, o conhecimento se estende às conquistas científicas, que podem ser alcançadas em obras diversas relacionadas com a medicina, como forma de complementar o saber daqueles que se enveredam pelo campo das curas.
Não se confunda a busca desses conhecimentos com a introdução nas casas espíritas de métodos e processos que nada têm a ver com a Codificação.

Créditos: Wilson Garcia - Portal do Espírito

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty O Alcoolismo

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 10, 2018 8:34 am

Sem nos determos no exame dos factores sócio-psicológicos causais do alcoolismo generalizado, de duas ordens são as engrenagens que o desencadeiam, - observado o problema do ponto de vista espiritual.
Antigos viciados e dependentes do álcool, em desencarnando não se liberam do hábito, antes sofrendo-lhe mais rude imposição.
Prosseguindo a vida, embora a ausência do corpo, os vícios continuam vigorosos, jungindo os que a eles se aferraram a uma necessidade enlouquecedora.
Atónitos e sedentos, alcoólatras desencarnados se vinculam às mentes irresponsáveis, de que se utilizam para dar larga à continuação do falso prazer, empurrando-os, a pouco e pouco, do aperitivo tido como inocente ao lamentável estado de embriaguez.
Os que lhes caem nas malhas, tornam-se, por isso mesmo, verdadeiros recipientes por meio dos quais absorvem os vapores deletérios, caindo, também, em total desequilíbrio, até quando a morte advém à vítima, ou as Soberanas Leis os recambiam à matéria, que padecerá das dolorosas injunções constritoras que lhe impõe o corpo perispiritual...
Normalmente, quando reencarnados, os antigos viciados recomeçam a actividade mórbida, servindo, a seu turno, de instrumento do gozo infeliz, para os que se demoram na Erraticidade inferior...
Outras vezes, os adversários espirituais, na execução de uma programática de desforço pelo ódio, induzem os seus antigos desafectos à iniciação alcoólica, mediante pequenas doses, com as quais no transcurso do tempo os conduzem à obsessão, desorganizando-lhes a aparelhagem físio-psíquica e dominando-os totalmente.
No estado de alcoolismo faz-se muito difícil a recomposição do paciente, dele exigindo um esforço muito grande para a recuperação da sanidade.
Não se afastando a causa espiritual, torna-se menos provável a libertação, desde que, cessados os efeitos de quaisquer terapêuticas académicas, a influência psíquica se manifesta, insidiosa, repetindo-se a lamentável façanha destruidora...
A obsessão, através do alcoolismo, é mais generalizada do que parece.
Num contexto social permissivo, o vício da ingestão de alcoólicos torna-se expressão de status, atestando a decadência de um período histórico que passa lento e doído.
Pelos idos de 1851, porque enxameassem os problemas derivados da alcoolofilia, Magno Huss realizou, por vez primeira, um estudo acurado da questão, promovendo um levantamento dos danos causados no indivíduo e alertando as autoridades para as consequências que produz na sociedade.
Os que tombam na urdidura alcoólica, justificam-lhe o estranho prazer, que de início lhes aguça a inteligência, faculta-lhes sensações agradáveis, liberando-os dos traumas e receios, sem se darem conta de que tal estado é fruto das excitações produzidas no aparelho circulatório, respiratório com elevação da temperatura para, logo mais produzir o nublar da lucidez, a alucinação, o desaparecimento do equilíbrio normal dos movimentos...
Inevitavelmente, o viciado sofre uma congestão cerebral intensa ou experimenta os dolorosos estados convulsivos, que se tornam perfeitos delírios epilépticos, dando margem a distúrbios outros: digestivos, circulatórios, nervosos que podem produzir lesões irreversíveis, graves.
A dependência e continuidade do vício conduz ao delirium tremens, resultante da cronicidade do alcoolismo, gerando psicoses, alucinações várias que culminam no suicídio, no homicídio, na loucura irrecuperável.
Mesmo em tal caso, a constrição obsessiva segue o seu curso lamentável, já que, não obstante destrambelhadas as aparelhagens do corpo, o espírito encarnado continua a ser dominado pelos seus algozes impenitentes em justas de difícil narração...
Além dos danos sociais que o alcoolismo produz, engendrando a perturbação da ordem, a queda da natalidade, a incidência de crimes vários, a decadência económica e moral, é enfermidade espiritual que o vero Cristianismo erradicará da Terra, quando a moral evangélica legítima substituir a débil moral social, conveniente e torpe.
Ao Espiritismo cumpre o dever de realizar a psicoterapia valiosa junto a tais enfermos e, principalmente, a medida preventiva pelos ensinos correctos de como viver-se em atitude consentânea com as directrizes da Vida Maior.

Victor Hugo
Livro: Calvário de Libertação. Psicografia de Divaldo Franco

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Fazer, ou deixar de fazer...

Mensagem  Ave sem Ninho Qua Out 10, 2018 7:29 pm

por Claudio Viana Silveira

... Quantas vezes o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes!”
(Mateus, 25:40.)

Vivemos em Planeta corpóreo, problemático, ainda com a predominância do mal:
aqui é nosso teatro de operações; das nossas batalhas.
Nós, pressupostos pequeninos de toda a sorte, por aqui convivemos, nos movemos, manobramos e interagimos:
implícito está que devamos assistir-nos mutuamente.
Pequeninos, ainda, tudo o que de bom realizarmos uns pelos outros, a Ele o faremos. Ou deixaremos de fazer.
Tais assistências se realizam, por enquanto, aqui...
... Em nosso “céu terreno”, quando assistimos os pequeninos; e em nosso “inferno terreno”, se deixarmos de assisti-los.
E porque o Planeta é de pequeninos, eles abundam em nosso redor, como oportunidades de acções.
Poderá o pequenino ser o nosso cônjuge, que connosco mora e está fragilizado; a ele assistiremos; ou deixaremos de fazê-lo!
Poderá ser o filho problemático, ainda sob nosso tecto: a ele atenderemos; ou deixaremos de atender!
Poderá ser aquele vizinho de porta ao qual torcemos o nariz: a ele toleraremos; ou não!
Poderá ser o prestimoso que deixa o hall de entrada de nosso bloco limpinho e cheiroso: a ele seremos reconhecidos; ou não!
Poderá ser o trabalhador e guardador zeloso de nosso carro que não deseja, tão somente, nosso pagamento; requererá também nossa boa palavra: a ele a dirigiremos; ou não!
Poderá ser o trabalhador problemático que connosco ombreia na seara da Boa Nova: a ele compreenderemos; ou não!
Poderá ser um pequenino mais complicado, ainda, fora de diversos padrões de nossa sociedade e que precisará mais do que compreensão: a ele toleraremos; ou não!
Poderá ser o crente que só não acredita na necessidade das boas obras: a ele exemplificaremos; ou não!
Mas poderá ser, também, o que “parece ser grande”, mas atormentado pelas riquezas materiais e apequenado pelas misérias morais: a este, em especial, toda a nossa misericórdia!
* * *
Dá-nos a entender o Mestre amoroso que o fazer, ou deixar de fazer é uma via de duplo sentido; que a escolha é nossa; e as consequências, também!...

(Sintonia: Xavier, Francisco Cândido, Fonte Viva, ditado por Emmanuel, Cap. 137, Atendamos ao bem, 1ª edição da FEB.)

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Viver em paz

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 11, 2018 8:38 am

por Édo Mariani

A paz é estado de consciência espiritual que todos desejam, pois, sem ela, não se há como viver feliz.
Para viver em paz é necessário munir-se de boa vontade para bem compreender e melhor discernir o que significa ter paz.
A paz não é fruto apenas de actos públicos, e representado por estandartes e bombas brancos, pois ela não está exteriormente na criatura.
É um sentimento íntimo, que envolve o da consciência enobrecida pela prática do bem, livre de preconceitos, mas envolvido de sentimentos de fraternidade, conscientes de que somos todos irmãos, filhos do mesmo Pai.
Paulo, o valoroso apóstolo do Cristianismo nascente, ao despedir-se de Coríntios, certo de que para ser feliz era necessário conquistar a paz, escreveu aos seus amigos a Epístola II, onde ele, no capítulo 13, vv. 11, recomendou:
“Quanto ao mais, irmãos, adeus!
Aperfeiçoai-vos, sede do mesmo parecer, vivei em paz, e o Deus de amor e de paz estará convosco”.
Com o título que demos ao presente artigo, Emmanuel, o sábio amigo guardião de Chico Xavier, ditou-lhe orientadora mensagem que transcrevemos na íntegra para melhor orientação e bom proveito dos prezados estimados leitores:
“Mantém-te em paz.
É provável que os outros de guerreiem gratuitamente, hostilizando-te a maneira de viver; entretanto, podes avançar em teu roteiro, sem guerrear ninguém.
“Para isso, contudo – para que a tranquilidade te banhe o pensamento -, é necessário que a compaixão e a bondade te sigam todos os passos.
“Assume contigo mesmo o compromisso de evitar a exasperação.
Junto da serenidade, poderá analisar cada acontecimento e cada pessoa no lugar e na posição que lhes dizem respeito.
Repara, carinhosamente, os que te procuram no caminho...
“Todos os que surgem, aflitos ou desesperados, coléricos ou desabridos, trazem chagas de ilusões.
Prisioneiros da vaidade ou da ignorância, não souberam tolerar a luz da verdade e chamam irritadiços...
Unge-te de piedade e penetra-lhes os recessos do ser, e identificarás em todos eles crianças espirituais que se sentem ultrajadas ou contundidas.
“Uns acusam, outros choram.
Ajuda-os, enquanto podes.
Pacificando-lhes a alma, harmonizarás, ainda mais, a tua vida.
“Aprendamos a compreender cada mente em seu problema.
Recorda-te de que a Natureza, sempre divina em seus fundamentos, respeita a lei do equilíbrio e conserva-a sem cessar.
“Ainda mesmo quando os homens se mostram desvairados, nos conflitos abertos, a Terra é sempre firme e o Sol fulgura sempre.
“Viver de qualquer modo é de todos, mas viver em paz consigo mesmo é serviço de poucos”.
Assim, Paz é conquista pessoal, e para consegui-la é necessário atentar para o ensinamento dos Espíritos cooperadores na obra da codificação, quando inquiridos por Kardec sobre a forma mais adequada para a conquista da evolução, e eles ensinaram: fazer pequeno esforço, e reclamaram, mas quão poucos fazem esforço!

Vale meditar sobre o tema, especialmente na atenção para o ensinamento do apóstolo Paulo:
“Vivei em paz, e o Deus de amor e de paz estará convosco”.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty O Espiritismo responde

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 11, 2018 7:19 pm

por Astolfo O. de Oliveira Filho

A leitora Maria Auxiliadora Schwarz, em mensagem publicada na secção de Cartas desta mesma edição, escreveu-nos:
Amigos da revista O Consolador, bom dia.
Além do que Allan Kardec escreveu no Evangelho segundo o Espiritismo sobre a prece e sua eficácia, nosso grupo de estudos agradeceria se vocês pudessem fornecer-nos outros subsídios tirados da obra de Kardec e de outros autores, acerca da importância da prece e os seus efeitos.
O tema prece foi examinado na obra de Allan Kardec em diversas oportunidades.
Vamos, no entanto, para não nos alongarmos em demasia, apresentar de forma sintética o que nos é dito sobre o assunto na principal obra espírita, O Livro dos Espíritos, que dedicou à prece as questões 658 a 666:
1) A prece é sempre agradável a Deus, quando ditada pelo coração.
É, assim, preferível ao Senhor a prece vinda do íntimo à oração lida, por mais bela que seja, se for lida mais com os lábios do que com o coração.

2) A prece é um acto de adoração, com o qual podemos propor-nos três coisas: louvar, pedir, agradecer.

3) A prece torna melhor o homem, porque aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo.

4) O essencial não é orar muito, mas orar bem.
Existem pessoas, no entanto, que supõem que todo o mérito está na longura da prece e fecham os olhos para os seus próprios defeitos.
Essas criaturas fazem da prece uma ocupação, um emprego do tempo, nunca um estudo de si mesmas.

5) Podemos pedir a Deus que nos perdoe as faltas, mas só obteremos o perdão mudando de proceder, porque as boas acções são a melhor prece e os actos valem mais que as palavras.

6) As provas por que passamos estão nas mãos de Deus e há algumas que têm de ser suportadas até o fim; mas Deus leva sempre em conta a resignação.
A prece traz para junto de nós os bons Espíritos, que nos dão a força de suportá-las corajosamente.

7) A prece nunca é inútil, quando bem feita, porque fortalece aquele que ora.

8) A prece não tem por efeito mudar os desígnios de Deus, mas a alma por quem oramos experimenta alívio e sente sempre um refrigério quando encontra pessoas caridosas que se compadecem de suas dores.

9) Pode-se orar pelos Espíritos e aos bons Espíritos, porque estes são os mensageiros de Deus e os executores de suas vontades.
O poder deles está, porém, relacionado com a superioridade que tenham alcançado e dimana sempre do Senhor, sem cuja permissão nada se faz.
Sobre a importância da fé ardente e os efeitos da prece, é oportuno que lembremos aqui um episódio ocorrido por ocasião da 2ª Guerra Mundial, a que André Luiz se reporta no cap. 18 do livro Os Mensageiros.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Qui Out 11, 2018 7:19 pm

O facto, segundo relatado por Alfredo, um dos personagens do livro, ocorreu na cidade inglesa de Bristol.
Em determinada noite, Bristol estava sendo sobrevoada por alguns aviões pesados de bombardeio e as perspectivas de destruição eram assustadoras.
Para dificultar o trabalho dos agressores, a cidade havia sido imersa em total escuridão.
Visto de muito longe, destacava-se, porém, à visão espiritual, um farol de intensa luz.
Seus raios faiscavam no firmamento, enquanto as bombas eram arremessadas ao solo.
Alfredo e seus companheiros desceram ao ponto luminoso e verificaram, então, com surpresa, que ele se encontrava numa igreja, cujo recinto devia ser quase sombrio para o olhar humano, mas altamente luminoso para os olhos espirituais.
Alguns cristãos corajosos reuniam-se ali e cantavam hinos.
O ministrante do culto havia lido a passagem dos Actos em que Paulo e Silas cantavam à meia-noite, na prisão, e as vozes cristalinas elevavam-se ao Céu, em notas de fervorosa confiança.
Enquanto as bombas explodiam lá fora, os cristãos cantavam, unidos, em celestial vibração de fé viva.
O chefe da equipa espiritual mandou, então, que Alfredo e seus companheiros se conservassem de pé, diante daquelas almas heróicas, em sinal de respeito e reconhecimento, afirmando "que os políticos construiriam os abrigos anti-aéreos, mas os cristãos edificariam na Terra os abrigos anti-trevosos".
(Os Mensageiros, cap. 18, pp. 101 e 102)

Vale por fim registar aqui o depoimento que a respeito da prece nos deixou o fisiologista e cirurgião francês dr. Alexis Carrel, Prêmio Nobel de Medicina de 1912 e autor do livro O homem, esse desconhecido, best-seller na América do Norte em 1935.

Eis, resumidamente, o que disse sobre a prece o notável médico:
1) A prece marca com os seus sinais indeléveis as nossas acções e conduta.
2) A oração é uma força tão real como a gravidade terrestre.
A influência da prece sobre o corpo e sobre o espírito humano é tão susceptível de ser demonstrada como a das glândulas secretoras.

3) Muitos enfermos têm-se libertado da melancolia e da doença graças à prece.
É que, quando oramos, ligamo-nos à inexaurível força motriz que acciona o universo e, no pedir, nossas deficiências humanas são supridas e erguemo-nos fortalecidos e restaurados.

4) Não devemos, no entanto, invocar Deus tendo em vista meramente a satisfação dos nossos desejos.
Maior força colhemos da prece quando a empregamos para suplicar-lhe que nos ajude a imitá-lo.

5) Toda vez que nos dirigimos a Deus, melhoramos de corpo e de alma.
Não tem, porém, sentido orar pela manhã e viver como um bárbaro o resto do dia.

6) Hoje, mais do que nunca, a prece é uma necessidade inelutável na vida de homens e povos.
É a falta de intensidade no sentimento religioso que acabou por trazer o mundo às bordas da ruína.
(Selecções do Reader’s Digest, edição de fevereiro de 1942)

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Agir correctamente é revelar sabedoria

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 12, 2018 9:04 am

por Altamirando Carneiro

Jamais o mundo havia conhecido tão intensa e consciente ligação de um de seus habitantes, com Deus.
Jesus expressava a legítima vontade de Deus para com os homens.
Sua grandeza espiritual possibilitava que fosse o divino porta-voz das orientações maiores que Deus destinava à Humanidade.
"Eu e o Pai somos um", dizia.
Seres luminosos precederam o Mestre na preparação da implantação do Cristianismo na Terra, mas quem mais senão Jesus poderia traduzir, quer nos ensinamentos, quer na vivência dos mesmos, as directrizes de comportamento, que nos elevarão das sombras à luz?
Existe na Obra Divina o caminho a ser percorrido por nós, na iluminação íntima.
Tudo o que existe é em função desta caminhada.
Cada átomo, cada molécula, cada ser, cada gesto serve a esta causa.
Nada se perde, nem mesmo quando nos decidimos à indolência improdutiva, pois neste caso acabamos vendo os demais evoluírem e mais dia menos dia seremos visitados pelo aguilhão da dor, a nos impulsionar para a frente.
Aprendemos assim a lição pelo caminho da dificuldade.
Evoluir é tarefa de todos, desde os primórdios.
No início experimentamos os desencantos do olho-por-olho, dente-por-dente e verificamos que, agindo assim, a única coisa que conseguíamos era um grande número de inimigos.
Traduzíamos, não a vontade divina, mas os enganos da ignorância.
Obscurecida pela animalidade de que províamos, precisava a nossa consciência ser iluminada por quem tivesse em si elevado património de amor.
Foi quando o Pai nos agraciou com a vinda de Jesus.
Foram rápidos os momentos de contacto que tivemos com aquele que conseguiu levedar os sentimentos, mas o suficiente para que os benefícios dele recebidos permanecessem entre nós, tanto naquela época quanto hoje e assim, pela eternidade, dando frutos luminosos de orientação espiritual.
Momentos de intenso encantamento foram aqueles em que ensinamentos luminosos brotaram das palavras de Jesus.
"Não vos preocupeis pelo dia de amanhã...", "Sede operantes nas boas obras...", "Amai-vos...", "Perdoai-vos sempre...", "Cuidado, quem fere com a espada, com a espada será ferido...", "Sede prudentes...".

Nada há no erro senão a desilusão e a dor.
Agir correctamente é revelar sabedoria.
Só há luz quando se opta pelo certo.
Luz dentro de nós, no nosso coração, a nos elevar aos páramos mais altos, aonde se encontra a felicidade permanente.
Deus assim o quer, e por isso nos enviou o Divino Pedagogo.
Se a lição é para nós, e se fatalmente temos que aprendê-la, por que não começarmos já?

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Aflições colectivas

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 12, 2018 7:52 pm

por Anselmo Ferreira Vasconcelos

O Espiritismo tem sido uma doutrina de larga sabedoria, assim como um seguro instrumento de apoio para os indivíduos que lidam com graves desafios existenciais.
Seu amplo repertório permite aprofundar a análise dos dramas humanos.
Posto isso, Jesus advertiu-nos com muita clareza quanto às dificuldades da vida na Terra, assim como o remédio para enfrentá-las:
“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João, 16: 33).
Estendendo o ensinamento acima, o Espírito Emmanuel, no livro Caminho, Verdade e Vida (psicografia de Francisco Cândido Xavier), vaticinou:
“É inegável que em vosso aprendizado terrestre atravessareis dias de inverno ríspido, em que será indispensável recorrer às provisões armazenadas no íntimo, nas colheitas dos dias de equilíbrio e abundância”.
Neste último mês de maio, nós brasileiros tivemos a oportunidade de pôr em prática tais recomendações, já que experimentamos os males da aflição em ampla dosagem.
Francamente, não me recordo de ter vivido experiência semelhante nas últimas décadas.
Creio que todos nós fomos afectados - em maior ou menor grau - pelas consequências da Greve dos Caminhoneiros, criminosamente estimulada pelo locaute dos empresários do sector.
Como o Brasil está espiritualmente doente, num quadro assim de desequilíbrio institucional e de valores morais é difícil identificar, convenhamos, demonstrações cabais de contentamento e felicidade colectiva.
Por essa razão, é igualmente aceitável que trabalhadores pleiteiem melhores condições de vida, remuneração, benefícios etc.
Que empresários lutem por concessões ou políticas de governo mais favoráveis aos seus empreendimentos.
São coisas absolutamente compreensíveis nas desajustadas sociedades humanas contemporâneas.
Mas o que se viu no referido episódio ultrapassou em muito as mais comezinhas regras de bom senso e respeito.
As pessoas passaram a externar as suas posições – geralmente divorciadas dos factos – como autênticos torcedores de um clássico de futebol.
Críticos e analistas de todos os matizes expressaram com veemência as suas opiniões – aliás, nem sempre devidamente embasadas.
O presidente da gigante estatal, que estava no cerne dessa crise devido à sua política de reajustes de preços diários dos combustíveis, resolveu contrariar, alguns milímetros, os interesses de Mamon, e anunciou congelamento por determinado período.
Mas nada parecia acalmar o ânimo dos envolvidos.
O próprio governo mostrou enorme incapacidade de perceber os sinais de descontentamento da classe, que já havia feito ameaças a priori.
Quando concordou, enfim, em atender a pauta de queixas, faltou-lhe suficiente transparência e capacidade de comunicação para dar sustentação ao acordo.
Em razão disso, elementos infiltrados – os “intervencionistas” – encontraram o terreno ideal para espalhar mentiras e mais insegurança com as suas exigências descabidas.
Em dado momento, os caminhoneiros foram paradoxalmente encurralados.
Os que desejavam partir e cuidar das suas vidas foram impedidos por outros indivíduos mais extremistas ainda.
Se não tivesse havido intervenção da polícia e do exército, sabe-se Deus quanto tempo isso iria durar...
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sex Out 12, 2018 7:53 pm

Nesse quadro tempestuoso, a razão e a lógica foram, por fim, simplesmente abandonadas.
As imagens transmitidas pelas emissoras de TV de cidadãos literalmente digladiando para adentrar em ónibus superlotados, obter um pouco de combustível, conseguir alguns alimentos, sem falar dos animais deixados à míngua por falta de ração, foram estarrecedoras.
Mais preocupantes ainda:
elas demonstraram o profundo sofrimento da população.
Muitos colheram aflições por não terem efectuado cirurgias previamente agendadas, recebido tratamentos de saúde rotineiros ou obtido medicamentos para o alívio das suas dores.
O sagrado direito de “ir e vir” foi derrogado devidos as circunstâncias.
Nada parecia sensibilizar os grevistas.
Nenhum apelo, nenhum argumento e nem mesmo a pauta de reivindicações cabalmente aceita pelo governo os demovia de encerrar a terrível paralisação.
Como sói acontecer em movimentos insanos como esse, a agressão física se fez presente (um motorista desencarnou vítima de absurda violência), motoristas foram surrados por membros de fora do movimento, entre outras escaramuças e selvagerias.
Os automóveis de cidadãos foram inexplicavelmente depredados pela turba-multa enlouquecida.
Chamou-me igualmente a atenção a ausência de empenho dos religiosos em ajudar a pôr fim ao caos estabelecido.
Na verdade, alguns que conheço estavam activos na tomada de posição a favor dos grevistas ou disseminando mensagens de cunho beligerante.
Assim sendo, fiquei a imaginar o quão radiante deveriam estar os Espíritos ligados às falanges do mal.
Afinal de contas, o ambiente seriamente tumultuado favoreceu-lhes a interferência infeliz.
Não tenho dúvida de que muitos incautos foram certamente manipulados por eles...
Todavia, como assevera o Espírito Emmanuel, na obra Vinha de Luz (psicografia de Francisco Cândido Xavier), “Cada criatura dá sempre notícia da própria origem espiritual”.
O respeitável mentor acrescenta ainda que:
“Os actos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos”.
Reflectindo sobre esse triste momento da nação lembrei-me de outra lição de Emmanuel, contida no livro Ceifa de Luz (psicografia de Francisco Cândido Xavier), “Valoriza a aflição de hoje, aprendendo com ela a crescer para o bem, que nos burila para a união com Deus, porque o Mestre que te propões a escutar e seguir, ao invés de facilidades no imediatismo da Terra, preferiu, para ensinar-nos a verdadeira ascensão, a humildade da Manjedoura...”
Muitos perderam nesse episódio.
O governo foi colocado de joelhos juntamente com a nação estupefacta.
Perigosas concessões foram feitas aos grevistas em detrimento dos interesses da nação, abrindo espaço à chantagem de outros sectores da economia.
Os prejuízos causados foram consideráveis e de grande impacto ao país enfraquecido.
Mas os causadores dessas aflições haverão de responder, em momento oportuno, perante as sagradas leis divinas.
Afinal, ninguém tem o direito de infernizar a vida do outro.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Maria, simplesmente Maria!

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 13, 2018 9:40 am

por Temi Mary Faccio Simionato

“Humilde, ocultava a experiência dos sábios; frágil como lírio, trazia consigo a resistência do diamante, carregava na própria virtude os tesouros incorruptíveis do coração, porém, era grande e prestigiosa perante Deus.”(1)
Assim, vem à Terra Maria ou Miriam, Senhora da Luz, nascida entre 18 e 20 a.C. em Jerusalém ou Séforis, na Galileia.
Durante sua infância viveu em Nazaré, casando-se por volta dos quatorze anos com o carpinteiro José, da tribo de Davi.
Maria, simplesmente Maria...
Sua vida transforma-se em símbolo de ternura e esperança para os deserdados da Terra.
Experimenta o esforço maravilhoso de ser mãe, a fim de conduzir os homens ao caminho do amor, desempenhando sua missão com magnitude.
Sua humildade e resignação eram dons especiais que favoreceram sua escolha para a especial tarefa de conciliar os homens.
O exemplo de ter Jesus no coração representou-lhe uma forte ligação sentimental baseada no amor marcado em duas cenas opostas:
Maria plena de alegria com o menino nos braços na estrebaria de Belém e aos pés da cruz na dolorosa cena do calvário.
Este alimento do amor espiritual e materno é que nos traz as forças necessárias para o enfrentamento das provas e lutas que precisaremos ultrapassar.
Por isso é importante examinarmos as preciosas palavras de Maria em Caná, numa festa de bodas, cheias de sabedoria e amor:
“Fazei tudo quanto Ele vos disser” (João,2:5).
Estamos na festa de noivado do Evangelho com a Terra.
Apesar de mais de vinte séculos decorridos, o júbilo ainda é de noivado, porque, até o momento, não concluímos a nossa perfeita união nesse grande concerto da ideia renovadora.
Em muitas ocasiões esgotamos o vinho da esperança, sentindo-nos cansados, desiludidos, implorando ternura maternal.
Neste momento, é preciso entendermos a profundidade e a sabedoria de suas palavras para o princípio do trabalho de salvação para cada um de nós.
Voltamos a Maria, com o pensamento ansioso e torturado, olhos fixos no madeiro, regredindo ao passado em amarguradas recordações.
Seu pensamento vaga pelo mar das aflitivas interrogações, quando uma voz amiga lhe fala ao Espírito sobre as determinações insondáveis e justas de Deus, que precisam ser aceitas para a redenção de todos.
Desta forma, entendemos que no futuro a claridade do reino de Deus revelará a necessidade da cessação de todo egoísmo e em cada coração um dia haverá de existir a mais abundante cota de amor, não só para o círculo familiar, como também para todos os necessitados do mundo.
E no templo de cada habitação permanecerá a fraternidade real para que a assistência recíproca seja praticada na Terra.
Jesus era seu filho, porém, antes de tudo, era o Mensageiro de Deus.
Foi, então, que Maria compreendeu a perfeição, a misericórdia e a justiça da vontade do Pai, ajoelhando-se aos pés da cruz, na contemplação do filho morto, e repetindo as inesquecíveis afirmações:
”Senhor, eis aqui a tua serva!
Cumpra-se em mim segundo a Tua palavra” (Lucas, 1:38).
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 13, 2018 9:41 am

Alma digna, observa o vinho generoso de Caná transformando-se no vinagre do martírio.
O tempo assinala uma saudade maior do mundo e uma esperança cada vez mais elevada no céu.
O tempo passa.
Sua choupana em Éfeso, de frente para o mar, era conhecida como a Casa da Santíssima, nome dado quando um leproso depois de aliviado em suas chagas lhe beija as mãos, murmurando:
“Senhora, sois a mãe de nosso Mestre e nossa mãe Santíssima” (2)
Maria sempre esquivava-se às homenagens afectuosas dos discípulos de Jesus, mas aquela confiança filial com que lhe reclamavam a presença era para sua alma um brando e delicioso tesouro no coração.
Diariamente chegavam os desamparados suplicando assistência espiritual.
Outros vinham ouvir as palavras confortadoras; os enfermos solicitavam sua protecção e as mães infortunadas pediam a bênção do seu carinho.
E ela, carinhosamente, dizia:
“Isso também passa!
Só o reino de Deus é bastante forte para nunca passar de nossas almas, como eterna realização do amor celestial” (2)
Seus conceitos abrandavam a dor dos mais desesperados, desanuviando assim o pensamento obscuro dos mais acabrunhados.
Quando Paulo de Tarso vai a Éfeso e a visita, impressiona-se com a humildade daquela criatura simples e amorosa, interessando-se pelas suas narrativas a respeito do Mestre.
Grava no íntimo suas divinas impressões a fim de recolher os dados imprescindíveis ao Evangelho que pretende escrever para os cristãos do futuro.
A maior parte do tempo Maria ficava só, sem sentir-se só.
O apóstolo João, com quem ela vivia após a crucificação de Jesus, era muito requisitado na Igreja de Éfeso e assim os dias, as semanas, os meses e os anos passavam.
A velhice não lhe acarretara cansaços ou amarguras.
Tinha certeza da protecção divina e isso lhe proporcionava ininterrupto consolo e grato repouso.
Alguns cristãos banidos de Roma chegavam trazendo a Éfeso tristes relatos sobre dolorosas perseguições a todos que eram fiéis à doutrina de Jesus.
Diante disso, Maria entregava-se às orações pedindo a Deus por todos que se encontravam em angústias por amor de Seu filho.
Sozinha em sua humilde casa, uma força lhe banha a alma, e assim, enlevada nas suas meditações, percebe aproximar-se o vulto de um pedinte.
Maternalmente o convida a entrar, impressionada com aquela voz que lhe inspira profunda simpatia.
O peregrino fala-lhe do céu confortando-a delicadamente, comenta as bem-aventuranças que aguardam a todos os devotados filhos de Deus, dando a entender que compreendia as mais ternas saudades do coração.
Que mendigo seria aquele que lhe acalmava as dores secretas da alma com bálsamos tão doces?
Onde ouvira em outros tempos aquela voz meiga e carinhosa?
Foi quando o hóspede anónimo estende as mãos generosas e fala com profundo amor:
“Minha mãe, vem aos meus braços!”
Tomada de grande comoção viu em suas mãos duas chagas como as que Seu filho revelava na cruz e instintivamente dirige o olhar para os pés do peregrino e vê também úlceras causadas pelos cravos do suplício.
Compreende, então, a visita amorosa que Deus lhe enviava.
Suas mãos ternas e solícitas o abraçaram, num ímpeto de amor e fazendo movimento para se ajoelhar.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 13, 2018 9:41 am

No entanto, Ele, levantando-a, ajoelha-se e beija-lhe as mãos, dizendo carinhoso:
“Sim, minha mãe, sou Eu!
Venho buscar-te, pois, meu Pai quer que sejas no Meu reino a rainha dos anjos!”(2)
Experimentando a sensação de estar se afastando do mundo, Maria deseja rever a Galileia.
Lembra-se dos discípulos perseguidos pela crueldade dos homens e deseja abraçar os que ficaram no vale das sombras, à espera das claridades do reino de Deus.
Em poucos instantes, seu olhar divisa uma cidade soberba onde liteiras patrícias passam sem cessar, exibindo pedrarias e peles, sustentadas por misérrimos escravos.
Mais alguns momentos e seu olhar penetra os sombrios cárceres do Esquilino, onde centenas de rostos amargurados retratam padecimentos atrozes.
Ela ora com fervor e confiança, aproximando-se de uma jovem encarcerada, de rosto descarnado, dizendo-lhe ao ouvido:
“Canta, minha filha! Tenhamos bom ânimo!
Convertamos as nossas dores na Terra em alegrias para o céu!”(2)
A triste prisioneira através das grades canta um hino enternecido de amor a Jesus, transformando todas as suas amarguras em rimas de esperança, e assim seu canto é acompanhado por centenas de vozes dos que choravam no cárcere.
Aprendamos, deste modo, a reconhecer em Maria uma entidade evoluidíssima, que há mais de dois mil anos conquistou elevadas virtudes, desempenhando na Terra grandiosa missão, recebendo como Filho o emissário de Deus.
Ela é um dos espíritos mais puros que foram dados à humanidade conhecer.
Cooperadora de Jesus na edificação do Seu reino, que está sendo construído em nossos corações, pouco a pouco.
Trabalhemos com ela na tarefa de amor para a nossa redenção, trabalho que pode ser feito palavra a palavra, pensamento a pensamento, emoção a emoção e prece a prece.
É um amor que acrescenta energia ao carinho; soma a disciplina indispensável à corrigenda educativa tão necessária a quem se habitua ao mal, adicionando a esperança e a certeza do triunfo final do bem.

Maria, simplesmente Maria!

Bibliografia:
(1) XAVIER, C. Francisco – Religião dos Espíritos – ditado pelo espírito Emmanuel -22ª edição -Brasília/DF/ Editora FEB -2013 – Item: A mulher perante o Cristo.
(2) XAVIER, C. Francisco – PEREIRA. A. Yvonne - Maria Mãe de Jesus – 1ª edição – São Paulo/SP/ Editora Aliança – 2007 – páginas 12,48,54,62,65 e 70.
E mais: XAVIER, C. Francisco – Boa Nova – ditado pelo espírito Humberto de Campos – 36ª edição – Brasília/DF/ Editora FEB -2013 – capítulo 30.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Na luz da justiça

Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Out 13, 2018 8:07 pm

por Francisco Cândido Xavier

A justiça humana, conquanto respeitável, frequentemente julga os factos que considera puníveis pelos derradeiros lances de superfície, mas a Justiça Divina observa todas as ocorrências, desde os menores impulsos que lhes deram começo.

Identificaste os culpados pelas tragédias, minuciosamente descritas na imprensa; no entanto, muitas vezes tudo ignoras acerca das inteligências que as urdiram na sombra.

Viste pais e mães, aparentemente felizes e vigorosos, tombarem na desencarnação prematura, minados por sofrimentos indefiníveis, mas não enxergaste os filhos inconsequentes que lhes exauriram as forças.

Anotaste os companheiros que desertaram da construção espiritual, censurando-lhes o esmorecimento e o recuo; todavia, não te apercebeste dos amigos levianos que lhes exterminaram a tenra sementeira de luz, no apontamento escarnecedor.

Reprovaste os que se renderam à perturbação e à loucura, estranhando-lhes a suposta fraqueza; entretanto, não chegaste a conhecer os verdugos risonhos, do campo social e doméstico, que os ficharam no cadastro do manicómio.

Acusaste os irmãos que caíram em desdita e falência, classificando-os na lista dos celerados; contudo, nem de leve assinalaste a presença daqueles que os sitiaram no beco da aflição sem remédio.

Não queremos, com isso, consagrar o regime da irresponsabilidade.

Todos respiramos, no Universo, ante a luz da Justiça.

O autor de uma falta, naturalmente responderá por ela.

Nos tribunais da imortalidade, cada espírito devedor resgata as suas próprias contas.

No entanto, em todas as circunstâncias, saibamos semear o bem, esparzir o bem, sustentar o bem e cooperar para o bem, de vez que as nossas acções provocam nos outros acções semelhantes, e, se aquele que faz o mal é passível de pena, aquele que organiza o mal conscientemente, sofrerá pena maior.

Do livro Justiça Divina, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Chico Xavier, o aprendiz do Cristo

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 14, 2018 9:32 am

por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Chico foi um brasileiro, de Minas Gerais; um jovem pobre, que não cursou universidade; trabalhou em modesto escritório de empresa agropecuária; viveu por muito tempo, no fim da vida, de um salário de aposentadoria; nunca teve carro nem poupança; nasceu na simplicidade e retornou à vida espiritual da mesma forma...
Entretanto, foi o maior comunicador com os Espíritos dos últimos dois mil anos, recebendo mensagens de brasileiros e estrangeiros, num total de quase 500 livros psicografados (nenhum deles ele considerou de sua autoria).
Abro um parêntese para falar que ninguém gosta de sofrer, seja dor física, seja dor emocional ou moral.
Muitos de nós gostaríamos de fugir delas, mas ninguém consegue.
Em algum momento, ou, se preferirmos, em alguns momentos de nossas vidas, ei-las que surgem, de forma e intensidade variadas, sem pedir licença, trazendo consigo situação de desespero, tristeza e angústia.
O sofrimento sempre nos convida a uma reflexão sobre nosso comportamento perante a vida, num contexto individual ou colectivo, exigindo muitas vezes mudança no pensar e no agir.
Todos ainda sofremos na Terra.
E o Cristo também passou pelo sofrimento.
Isso é incontestável.
Mas quantos de nós sabemos sofrer?
Saber sofrer e sofrer bem, para crescer espiritualmente?
A palavra-chave para suportarmos a prova do sofrimento e de elevação é a aceitação e a serenidade, humildade e resignação.
Ninguém escolhe livremente sofrer, mas passar por sofrimentos faz parte do aprendizado de todos nós.
Estar preparado para enfrentar dificuldades da vida, da profissão, da família, ajudar o próximo e as pessoas que amamos são desafios e decisões que exigem atitude.
Podemos contar sempre com Deus, nosso Pai amantíssimo, mas ele não pode fazer por nós aquilo que precisamos fazer:
tomar a iniciativa e pôr em prática o que nos compete fazer.
E foi isso que aprendi com o médium Chico Xavier.
Numa circunstância desagradável ele foi execrado numa reportagem tendenciosa da revista O Cruzeiro.
Estava triste e abatido quando seu mentor espiritual lhe apareceu, dizendo:
— Chico... você só foi levado às páginas da Cruzeiro.
Nosso mestre foi levado à cruz do Cruzeiro (lugar onde os condenados eram crucificados)!
De outra feita, Chico chorava porque sua irmã obsidiada e perturbada mentalmente fora internada num sanatório.
Queixou-se da falta de protecção dos Espíritos, por terem deixado que sua irmã chegasse àquele estado. Surge novamente seu protector e pergunta:
— Por que você está chorando e se queixando?
E o mineiro respondeu de pronto:
— Você não está vendo e sabendo que minha irmã está internada num hospital psiquiátrico?
Emmanuel, então, disciplinador, diz:
— Eu estive com você lá e não vi você chorando pelas outras 200 mulheres em sofrimento no sanatório.
Não será falta de amor para com o próximo?
Cabe ainda recordar mais esta passagem. Estando ele com sérios problemas de saúde, mais magro, usando uma peruca de cabelos lisos, repartidos de lado, e óculos escuros para cobrir a doença numa das vistas, “o mal de São Guido”, deixara de ir, certa noite, aos trabalhos do Grupo Espírita da Prece.
Seu guia lhe aparece e diz:
— Você não foi ao centro hoje.
Ao que o médium respondeu:
— Você não vê o meu olho?
— Ter dois olhos é luxo.
Levante e vamos atender aos necessitados com dores maiores que as nossas.
Após várias doenças que já lhe pesavam sobre o corpo frágil, Chico viu-se acometido ainda por problemas cardíacos.
E orava, pedindo a intervenção dos Espíritos amigos em favor de sua recuperação.
E quando se encontrava em prece, surge mais uma vez à sua frente o benfeitor Emmanuel.
— Chico... você vem pedindo ajuda.
Mas aconselho você a abrir o Evangelho do Nosso Senhor Jesus, para ler o que o Mestre nos diz.
E lá estava a proposta do Cristo, em Mateus 11:28:
Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Complementando o ensinamento, o mentor acrescenta:
— Jesus promete alívio, e não a cura.
E alívio você tem recebido de todos nós.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Onde está a diferença?

Mensagem  Ave sem Ninho Dom Out 14, 2018 6:50 pm

por Bruno Abreu

Há dias, deparei-me com a notícia televisiva de que na Rússia davam-se conselhos à população de como agir no caso da terceira Guerra Mundial.
Os Estados Unidos e alguns aliados bombardearam “alvos estratégicos” na Síria alguns dias antes, não sei se terá sido por isso ou outra situação qualquer, tal como a Coreia do Norte, a despontar os conselhos transmitidos pela televisão.
Recordo-me das nobres palavras de Jesus, em sua misericórdia, nos seus instantes finais a pedir a Deus:
“perdoa-lhes Pai que não sabem o que fazem”.
Dois mil anos passaram, e continuamos a destruir o planeta maravilhoso onde nos é permitido reencarnar, mantemos o afastamento pelas diferenças dos outros e agredimos quem achamos que temos que o fazer.
Por que será que não conseguimos Amar?
Há milénios que criamos as Religiões/Igrejas e elas próprias têm feito guerras a outras religiões, porque na “nossa” está o movimento certo que nos liberta das penas terrestres, levando-nos a um paraíso, mas para tal tenho que maltratar meu irmão.
O quanto nos é difícil ver o embuste que existe nisto porque a nossa mente não nos permite cair em falta de autoconfiança.
A religião/igreja deveria ser a primeira a ensinar que só temos um Deus, como tal, somos todos irmãos, mas o que acontece é que olhamos para os outros e dizemos: eles estão errados, são burros.
Isto acontece porque se os outros estiverem certos nós estaremos errados e não o podemos permitir.
Dei como exemplo o das religiões, um dos mais claros que existe, mas poderia falar dos países, dos bairros, das empresas, da raça, do poder económico, da profissão, de quase tudo no mundo, uns de uma forma menos intensa e outros de forma mais visível.
Tudo isto nos cria separação do próximo.
Por que não conseguimos fugir desta forma de funcionamento humano divisório?
Na verdade, isto é natural na humanidade, não o deveria ser, mas a forma como vivemos e, principalmente, a forma como a máquina funciona leva-nos a este caminho.
O Ego é o ser que criamos através das imagens sugestivas, onde incluímos a parte biológica ou corpo.
Ao princípio da reencarnação, na infância tenra, somos incentivados por nossos pais através das expressões “é o Bruno”, “é o bebé” que nos leva a perceber que somos seres isolados diferentes das outras pessoas.
Ao crescermos, percebemos que temos que ter uma vida de acumulação, seja de forma de estar ou de bens materiais, para que nos possamos enquadrar na sociedade e sermos individualidades ou Egos estabilizados e funcionais para a sociedade.
Isto parece-nos inevitável e impossível de ser doutra forma, de certa forma é correto, mas será que não poderia ser de uma outra maneira?
Na verdade o eu e o outro, no conceito que o conhecemos, só acontece quando o pensamento se dá.
Este cria a separação através da ideia.
Como a nossa forma de viver acontece em dualidade, então acontecem as diferenças nos seres dentro de nossa mente, na realidade elas não existem fora do estado mental.
Nós reencarnamos milhares de vezes, pelo menos é esse o princípio da reencarnação, e cada vez que nascemos para a carne vimos em famílias diferentes, em diversos pontos do Globo, tornamo-nos seres completamente diferentes, incluindo nossas crenças e achismos.
Se eu nascer em uma família muçulmana, em um país muçulmano, recebendo uma educação muçulmana, qual será a probabilidade de ser Cristão?
Quando me refiro ao “Eu” não me refiro ao corpo que nos individualiza, mas à ideia que criamos dentro de nós, repleta de adjeCtivos constantes e alicerçados na experiência do passado ou na visão da imagem que construímos de nós, que não deixa de pertencer ao passado pelas nossas vivências e conhecimentos.
Alguém perturbado é agressivo comigo, nosso irmão não o fez por ser comigo, se fosse outra pessoa na mesma situação teria agido de igual forma; ele projeCta um estado mental.
Ele está em sofrimento e tensão emocional, precisava que tivesse paciência com ele.
Se o tivesse feito a outra pessoa não me faria diferença, mas foi a mim e eu não posso permitir porque “Eu” mereço respeito.
Se não houvesse o conceito do “Eu” que minha cabeça criou e não permite que seja abalado, levaria a peito ou simplesmente veria alguém transtornado, um pobre coitado que a vida lhe corre mal, como vejo quando é com os outros?
A diferença do racismo está na cor da pele ou na ideologia da diferença de um ser, porque a pele é de tom diferente?
Pode um cego ser racista sem que lhe explicassem a diferença da cor da pele ou aceitaria ele a outra pessoa como igual porque o conceito de igualdade não inclui as cores perceptíveis da visão?
“… E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida com um só olho.” (Mateus, 18:9.)

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Edifiquemos os templos da fé raciocinada

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 15, 2018 10:49 am

por Jorge Hessen

Para o dicionarista, a definição de fé é a convicção e crença firme e incondicional, alheia a argumentos da razão.
Todavia, concebemos como uma espécie de força intrínseca, uma certeza racional, embora, também, instintiva na providência divina.
A prática das lições espíritas, através de uma fé racional, desempenha função relevante na terapia das muitas patologias que nos atormentam, principalmente, por desvendar o medicamento da alma em bases no amor.
A maioria das pessoas inquietas pede alívio, apressadamente, como se a consolação real fosse obra do improviso, a se impor de fora para dentro.
Allan Kardec afirmou, em "O Evangelho segundo o Espiritismo", que "Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da Humanidade".
Portanto, é importante que se estabeleçam as relações entre fé e razão, pois fazem parte do contexto espírita.
Contudo, sem tanger para as considerações de ordem filosófica, convém reflectir, concretamente, que nem todos os espíritas compreendem a dimensão do conceito de fé raciocinada, haja vista as mais estranhas posturas de "fé" nas terapias "doutrinárias" propostas em muitos Centros Espíritas.
O Codificador nos ensina que a fé raciocinada é aquela que permanece em constante contacto com a razão (bom senso), isto é, busca, sempre, um encontro com a transcendência, argumenta e questiona.
Motivo pelo qual a fé espírita há de ser uma fé em constante reciclagem, uma fé sempre renovada, sempre (re)construída, mas, certamente, sem que exceda seus limites.
Caso contrário, sucumbirá, numa espécie de fé cega, "(in)inteligente":
a que se contenta em, apenas, descobrir placebos para "tratamentos espirituais" que em nada ajudam.
A fé, com fulcro na razão, é indispensável para que registemos o socorro de que necessitamos.
Mas não nos reportamos ao fanatismo religioso ou à cegueira da ignorância, porém, sim, à atitude de segurança íntima, sensatez com reverência e submissão, diante das Leis divinas, em cuja sabedoria e amor procuramos respaldo.
Nada temos contra as propostas terapêuticas nas Casas espíritas, para aliviar as moléstias do corpo e do espírito.
Mas não podemos esquecer que, por muito tempo, ainda, não poderemos prescindir da contribuição do clínico, do cirurgião e do farmacêutico, missionários da saúde colectiva.
Indubitavelmente, é na alma que reside a fonte primária de todos os recursos medicamentosos definitivos.
A assistência farmacêutica do mundo não pode remover as causas transcendentes do carácter mórbido dos indivíduos.
O remédio eficaz está na acção do próprio Espírito adoentado movido pela fé racional.
Até por que, nada e ninguém conseguirão eliminar efeitos, quando as causas permanecem.
Uma legítima fé espírita nos demonstra que as mágoas, ressentimentos, irritações, ciúmes, cólera, desespero, crueldade e intemperança criam zonas mórbidas de natureza particular no corpo físico, impondo às células as desarmonias pelas quais se anulam quase todos os recursos de defesa, abrindo-se campo fértil à cultura de micro-organismos patogénicos nos órgãos menos imunes.
Dessa forma, atormentam o pensamento, proporcionando lesões mentais (espirituais), verdadeiras matrizes de doenças que desembocam no corpo físico.
Por outro lado, o exercício do amor encerra a filosofia do ideal superior e nos dá a visão correcta de uma vida em constante aprimoramento espiritual.
Conquistar a fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer:
"eu creio", mas afirmar:
"eu sei", com o respaldo da razão, tocado pela luz do sentimento.
Essa fé, que é força e vitalidade, não se estagna sob qualquer pretexto ou circunstância da vida e, se bem compreendida e assimilada, intensifica-se diante da dor, contribuindo para que suportemos quaisquer desafios existenciais.
A fé é a virtude que desloca montanhas, disse Jesus.
Todavia, mais pesados do que as maiores montanhas, jazem depositados nos corações dos homens a impureza e todos os vícios que derivam da impureza.
A fé é o resultado do nosso conhecimento interior.
Quanto maior for a nossa identidade com a fé, mais forte aparecerá em nossas vidas a felicidade.
A edificação da paz interior com a luz divina exige trabalho constante e sereno.
Não será tão somente ao preço de promessas verbais que ergueremos os templos da fé raciocinada.

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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Simbiose das mentes

Mensagem  Ave sem Ninho Seg Out 15, 2018 8:08 pm

por Rogério Coelho

A prática mediúnica correcta não dispensa a disciplina e a iluminação dos ingredientes morais
“(...) Os factos mediúnicos têm grande analogia com os fenómenos da electricidade e do magnetismo.” -Erasto[1]


Não é que Erasto tem mesmo toda razão?!
Eis o que ensina André Luiz[2]: “(...) quanto mais investiga a Natureza, mais se convence o homem de que vive num reino de ondas transfiguradas em luz, electricidade, calor ou matéria, segundo o padrão vibratório em que se exprimam...
Existem, no entanto, outras manifestações da luz, da electricidade, do calor e da matéria, desconhecidas nas faixas da evolução humana, das quais, por enquanto, somente poderemos recolher informações pelas vias do espírito”.

Aduz ainda o Benfeitor Espiritual[3]: “(...) mesmo que a Ciência da Terra, por longo tempo, recalcitre contra as realidades do Espírito, é imperioso convir que no comando das associações atómicas, sob a perquirição do homem, prevalecem as associações inteligentes de matéria mental.
O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mento-electromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia.
Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e colector, ao mesmo tempo, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.

GERADOR ELÉCTRICO — Recordemos que um motor se alimenta da corrente eléctrica fornecida pelos recursos atómicos do plano material.
E para simples efeito de estudo da transmissão de força mediúnica, em que a matéria mental é substância básica, lembremo-nos de que a chamada força electro-motriz nasce do agente que a produz em circuito fechado.
Afirmamos que o gerador eléctrico é uma fonte de força electromotriz, entretanto, não nos achamos à frente de uma força automática, mas sim de uma característica do gerador, no qual a energia absorvida, sob forma particular, se converte em energia eléctrica.
O aparelho gerador, no caso, não plasma correntes eléctricas e, sim, produz determinada diferença de potencial entre os seus terminais ou extremos, facultando aos eléctron a movimentação necessária.

Figuremos dois campos eléctricos separados, cada um deles com cargas de natureza contrária, com uma diferença de potencial entre eles.
Estabelecido um fio condutor entre ambos, a corrente eléctrica se improvisa, do centro negativo para o centro positivo, até que seja alcançado o justo equilíbrio entre os dois centros, anulando-se, desde então, a diferença de potencial existente.
Se desejarmos manter a diferença de potencial a que nos referimos, é indispensável interpor entre ambos um gerador eléctrico, por intermédio do qual se nutra, constante, o fluxo electrónico entre um e outro, de vez que a corrente circulará no condutor, em vista do campo elétrico existente entre os dois corpos.
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ARTIGOS DIVERSOS III - Página 15 Empty Re: ARTIGOS DIVERSOS III

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