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Casos de Reencarnação

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 17, 2013 11:56 am

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Nelkin e Lindee (64) narraram os ciclos de domínio neste século:
a eugenia veio primeiramente e foi seguida (depois da Segunda Guerra Mundial) por uma fase de atribuir quase todas as doenças sociais e psicológicas ao ambiente;
isto foi sucedido novamente pela actual hegemonia da genética.


Nenhum lado admite a derrota.
Um artigo recente claramente típico de geneticistas (65) rapidamente recebeu uma reação severa por ecologistas (66).

Sugiro que ambos os lados neste debate supervisionem a possível contribuição de um terceiro fator, a saber vidas prévias.

Proponho uma maior investigação deste possível factor, não com vista a substituir o que é conhecido ou que possa ser aprendido pela genética e o ambiente pós-natal, mas como um suplemento a esse conhecimento que pode melhorar nosso entendimento de vários fenómenos que, até agora, a genética e influências do ambiente não podem explicar, nem separadas nem em conjunto.

Estou bem ciente que nós facilmente podemos super-estimar o poder explanatório.

A história da medicina fornece muitos exemplos de teorias cujos proponentes reivindicaram poder explanatório imenso para elas, porém mais observações mostraram suas reivindicações extravagantes serem infundadas.

Coloco a frenologia, a homeopatia, e a psicanálise neste grupo.

A hipótese de uma vida prévia pode evitar o destino de tais teorias anteriores só através de uma atenção incessante a interpretações alternativas da parte dos investigadores.

Nós também devemos reconhecer o que uma vida prévia não explica.

Nossas investigações não determinaram quase nenhuma evidência para duas características frequentemente unidas a ideias populares sobre reencarnação.

Primeira, habilidades não ensinadas raramente ocorreram entre as crianças que nós estudamos.

Elas frequentemente mostram, como mencionei, interesses precoces e aptidões às vezes raras, mas habilidades não plenamente formadas, tal como génios como Mozart e Gauss manifestaram na infância.

A segunda, as crianças que alegam lembrar de vidas prévias - com três excepções - não forneceram qualquer evidência de recompensa numa vida posterior pelo comportamento impróprio numa anterior.

Mesmo depois de quase 40 anos de investigações, a pesquisa em crianças que alegam lembrar de vidas prévias mal começou.

Um motivo importante para publicar este artigo é a esperança que estimulará a outros cientistas a estudar estes casos.

Agradecimentos

A pesquisa da Division of Personality Studies é apoiada pela Lifebridge Foundation, a Nagamasa Azuma Fund, a Japan-US Fund for Health Sciences, a Bernstein Brothers Foundation, a Perrott-Warrick Fund, Richard Adams, e por numerosos doadores anónimos.

Eu sou grato a Patricia Estes, Emily Kelly, Dawn Hunt, Bruce Greyson, e Jim Tucker pela leitura e comentários oferecidos nas versões anteriores deste artigo.

Referências

1. Fielding Hall H. The Soul of a People. London: Macmillan, 1898.
2. Hearn L. Gleanings in Buddha-fields. Boston: Houghton Mifflin,1897.
3. Gupta L. D., Sharma N. R., Mathur T. C. An inquiry into the case of Shanti Devi. Delhi: International Aryan League, 1936.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 17, 2013 11:56 am

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4. Sahay K. K. N. Reincarnation: verified cases of re-birth after death. Bareilly, U.P.: NX. Gupta, c. 1927.
5. Sunderlal R. B. S. Cas apparents de reminiscences de vies anterieures. Revue metapsychique 1924; 4: 302-307.
6. Stevenson I. The evidence for survival from claimed memories of former incarnations. JAm Soc Psychical Res 1960; 54: 51-71, 95-117.

7. Stevenson I. Twenty cases suggestive of reincarnation. 2nd. rev. edn. Charlottesville: University Press of Virginia, 1974. (First published in 1966 in Proceedings of the American Society for Psychical Research, vol. 26.)

8. Stevenson I. Cultural patterns in cases suggestive of reincarnation among the Tlingit Indians of southeastern Alaska. JAm Soc Psychical Res 1966; 60: 229-243.

9. Stevenson I. Cases of the reincarnation type. vol. 1. Ten Cases in India. Charlottesville: University Press of Virginia, 1975.
10. Stevenson I. Cases of the reincarnation type. vol. 2. Ten Cases in Sri Lanka. Charlottesville: University Press of Virginia, 1977.
11. Stevenson I. Cases of the reincarnation type. vol. 3. Twelve Cases in Lebanon and Turkey. Charlottesville: University Press of Virginia, 1980.

12. Stevenson I. Cases of the reincarnation type. vol. 4. Twelve Cases in Thailand and Burma. Charlottesville: University Press of Virginia, 1983.
13. Stevenson I. Characteristics of cases of the reincarnation type among the Igbo of Nigeria. / Asian and African Studies 1986; 21: 204-216.
14. Stevenson I. American children who claim to remember previous lives. JNervMentBis 1983; 171: 742-748.

15. Stevenson I. Children who remember previous lives. Charlottesville: University Press of Virginia, 1987.
16. Mills A. A replication study: three cases of children in northern India who are said to remember a previous life. / Set Expl 1989; 3(2): 133-184.

17. Mills A. Moslem cases of the reincarnation type in northern India: a test of the hypothesis of imposed identification. Part II: reports of three cases. / Set Expl 1990; 4(2): 189-202.

18. Pasricha S. Claims of reincarnation: an empirical study of cases in India. New Delhi: Harman Publishing House, 1990.
19. Pasricha S. K. Cases of the reincarnation type in northern India with birthmarks and birth defects. / Set Expl 1998; 12(2): 259-293.

20. Keil J. New cases in Burma, Thailand, and Turkey: a limited field study replication of some aspects of Ian Stevenson's research. / SciExpl 1991; 5(1): 27-59.

21. Keil J. Cases of the reincarnation type: an evaluation of some indirect evidence with examples of 'silent' cases. / Set Expl 1996; 10(4): 467-485.
22. Haraldsson E. Children claiming past-life memories: four cases in Sri Lanka. JSciExpl 1991; 5(2): 233-261.

23. Mills A, Haraldsson E, Keil J. Replication studies of cases suggestive of reincarnation by three independent investigators. JAm Soc Psychical Res 1994; 88: 207-219.

24. Cook E. W., Pasricha S., Samararatne G., Win Maung, Stevenson I. A review and analysis of 'unsolved' cases of the reincarnation type. Part II: comparison of features of solved and unsolved cases. JAm Soc Psychical Res 1983; 77: 115-135.

25. Pasricha S., Stevenson I. Indian cases of the reincarnation type two generations apart. / Soc Psychical Res 1987; 54: 239-245.

26. Keil J., Stevenson I. Do cases of the reincarnation type show similar features over many years? A study of Turkish cases a generation apart. JSciExpl 1999; 13(2): 189-198.

27. Stevenson I., Samararatne G. Three new cases of the reincarnation type in Sri Lanka with written records made before verification. JNervMent Bis 1988; 176(12): 741.

28. Schouten S. A., Stevenson I. Does the socio-psychological hypothesis explain cases of the reincarnation type? / New Ment DM 1998; 186(8): 504-506.
29. Barker D. R., Pasricha S.K. Reincarnation cases in Fatehabad: a systematic survey in North India. J Asian and African Studies 1979; XIV(3-4): 231-240.

30. Stevenson I. Phobias in children who claim to remember previous lives. / Set Expl 1990; 4(2): 243-254.
31. Menzies R. G., Clarke J. C. The etiology of childhood water phobia. Behav Res Ther\993; 31(5): 499-501.
32. Green R. The 'sissy boy syndrome' and the development of homosexuality. New Haven, CT: Yale University Press, 1987.

33. Green R., Neuburg D. S., Finch S. J. Sex-typed motor behaviors of 'feminine' boys, conventionally masculine boys, and conventionally feminine girls. Sex Roles 1983; 9: 571-579.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 17, 2013 11:57 am

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34. Zuger B. Early effeminate behavior in boys: outcome and significance for homosexuality. JNerv Ment Bis 1984; 172: 90-97.
35. Zuger B. Is early effeminate behavior in boys early homosexuality? Compr Psychiatry 1988; 29: 509-519.

36. Hamer D. H., Hu S., Magnuson V. L, Hu N., Pattatucci A. M. A linkage between DNA markers on the X chromosome and male sexual orientation. Science 1993; 261: 321-327.

37. Bailey J. M., Pillard R. C. A genetic study of male sexual orientation. Arch Gen Psychiatry 1991; 48: 1089-1096.
38. LeVay S. A difference in hypothalamic structure between heterosexual and homosexual men. Science 1991; 253: 1034-1037.

39. Friedman R. C, Downey J. I. Homosexuality. New EnglJMed 1994; 331(14): 923-930.
40. Green R. Sexual Identity Conflict in Children and Adults. New York: Basic Books, 1974.
41. Baker H. J., Stoller R. J. Can a biological force contribute to gender identity? Am J Psychiatry 1968; 124: 1653-1658.

42. Anonymous. My daughter changed sex. Good Housekeeping 1973; May: 87-158.
43. Martino M. Emergence: a Transsexual Autobiography. New York: Crown Publishers, 1977.
44. Morris J. Conundrum. London: Faber and Faber, 1974.

45. Freud S. Family romances. In: StracheyJ., ed. S. Freud Collected Papers. London: The Hogarth Press, 1950 (first published in 1909).
46. Kanner L. Autistic disturbances of affective contact. Nerv Child 1943; 2: 217-250.
47. Korner A. F. Neonatal startles, smiles, erections, and reflex sucks as related to state, sex, and individuality. Child Dev 1969; 40: 1039-1053.

48. Korner A.F. Individual differences at birth: implications for early experience and later development. Am J of Orthopsychiatry 1971; 41: 608-619.
49. Darwin C. A biographical sketch of an infant. Mind 1877; 2: 285-294.
50. Bronson G. W. Fear of visual novelty: developmental patterns in males and females. Dev Psychol 1970; 2: 33-40.

51. Caspi A., Silva P. A. Temperamental qualities at age three predict personality traits in young adulthood: longitudinal evidence from a birth cohort. Child Dev 1995; 66: 486-498.

52. Kagan J., ReznickJ. S., Snidman N. Biological bases of childhood shyness. Science 1988; 240: 167-171.
53. Stott D. H. Evidence for a congenital factor in maladjustment and delinquency. Am J Psychiatry 1962; 118(9): 781-794.
54. Glueck S., Glueck E. T. Unravelling Juvenile Delinquency. New York: The Commonwealth Fund, 1950.

55. Coles R. The Moral Intelligence of Children. New York: Random House, 1997.
56. Stevenson I. Reincarnation and Biology: a Contribution to the Etiology of Birthmarks and Birth Defects. 2 vols. Westport, CT: Praeger Publishers, 1997.

57. Jones K. L. Smith's Recognizable Patterns of Human Malformation, 5th edn. Philadelphia: W.B. Saunders, 1997.
58. Kennedy W.P. Epidemiological aspects of the problem of congenital malformations. Birth Defects Original Article Series 1967; 3: 1-18.
59. Nelson K., Holmes L. B. Malformations due to presumed spontaneous mutations in newborn infants. New EnglJMed 1989; 320: 19-23.

60. Wilson J. G. Environment and Birth Defects. New York; Academic Press, 1973.
61. Newman H.H. Multiple Human Births. New York: Doubleday, 1940.
62. Smith J. D. Psychological Profiles of Conjoined Twins: Heredity, Environment and Identity. New York: Praeger, 1988.

63. Galton F. The history of twins, as a criterion of the relative powers of nature and nurture. Journal of the Anthropological Institute of Great Britain and Ireland 1875; 5: 391-406.

64. Nelkin D., Lindee M. S. The DNA Mystique: the Gene as a Cultural Icon. New York: W.H. Freeman, 1995.
65. McClearn G. E., Johansson B., Berg S. et al. Substantial genetic influence on cognitive abilities in twins 80 or more years old. Science 1997; 276: 1560-1563.

66. Feldman M. W., Otto S. P., Greenspan S. I., Kamin L. J., Falek A., Jarvik L.F . Twin studies, heritability and intelligence. Correspondence. Science 1997; 278: 1383-1387.

§.§.§- O-canto-da-ave
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 18, 2013 11:37 am

Journal of the Society for Psychical Research [Vol. 64.1, No. 858, Janeiro de 2000]

MARCAS DE NASCENÇA E ALEGAÇÕES DE MEMÓRIAS DE UMA VIDA ANTERIOR:[i] I. O CASO DE PURNIMA EKANAYAKE[/b]
ERLENDUR HARALDSSON

traduzido por Juliana Saul e Vitor Moura Visoni

RESUMO

Crianças que relatam sobre memórias de uma vida anterior podem explicar as marcas de nascença no que compete a feridas adquiridas nessa vida anterior.

Neste caso, uma garota afirma ter sido um fabricante de incensos e ter morrido em um acidente de carro.

Após um local ter sido informado, um fabricante de incensos cuja vida correspondia a muitas de suas afirmações foi identificado.

Ele havia morrido em um acidente de trânsito dois anos antes de seu nascimento e a certidão de óbito revelava que havia sofrido feridas nas mesmas áreas de suas marcas de nascença.

INTRODUÇÃO

Marcas de nascença ou deformações são, às vezes, características importantes nos casos de crianças que se referem a memórias de uma vida anterior ou são assumidas por sua família ou sua comunidade como sendo uma personalidade específica renascida (Stevenson, 1987).

Uma criança pode explicar as marcas de nascença como resultado de feridas obtidas em uma vida anterior.

Nesta recente obra em dois volumes sobre casos de marcas de nascença e deformidades, Stevenson (1997a, 1997b) oferece uma descrição detalhada de 225 casos.
Onze deles ocorreram no Sri Lanka.

No Sri Lanka investiguei cerca de 60 casos de crianças que relatam sobre eventos e pessoas que foram interpretadas como se falassem de uma vida anterior
(Haraldsson, 1991; Haraldsson & Samararatne, 1999; Mills, Haraldsson & Keil, 1994).

Em três situações, uma criança fez afirmações relacionando suas marcas de nascença a uma vida anterior ou falou sobre acidentes e feridas em uma vida anterior que, posteriormente, descobriu-se que correspondiam, ou que acreditava-se que correspondiam, a marcas de nascença no corpo de uma criança.

Uma delas é o caso de Purnima Ekanayake, que investiguei durante cinco visitas ao Sri Lanka, de setembro de 1996 a março de 1999.

Isto envolveu a entrevista e a re-entrevista de diversas testemunhas.
(Para obter detalhes sobre a metodologia utilizada nessa investigação, veja Haraldsson, 1991 e Stevenson, 1987).

O CASO

Purnima tinha nove anos quando a conheci em setembro de 1996, em sua casa em Bakamuna, uma cidadezinha no distrito de Polunnaruwa na parte central do Sri Lanka.

Ela ainda estava falando sobre sua vida anterior, o que não é mais comum nesta idade, porque a maioria das crianças pára de fazê-lo por volta dos cinco ou seis anos.

De acordo com seus pais, ela vinha falando sobre uma vida anterior desde que tinha três anos.

Ela falava abertamente sobre isso conosco, interessou-se bastante na troca de informações com seus pais e às vezes corrigia as afirmações deles
(Eu tinha de utilizar um intérprete, embora Purnima e seu pai compreendessem um pouco o idioma inglês).

Ela parecia bem ajustada e feliz em sua família.
Seus cadernos escolares tinham as notas mais altas e ela era a melhor aluna em uma sala com 33 crianças.
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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 18, 2013 11:37 am

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Tudo o que ela dizia era caracterizado por uma grande clareza.
Purnima é uma garota bonita e encantadora.
Ela gosta de vestidos limpos e bonitos, disse sua mãe.

Logo após seu nascimento, a mãe de Purnima observou uma larga aglomeração de marcas de nascença hipo-pigmentadas à esquerda da linha mediana de seu peito, e acima de suas costelas inferiores.

A partir daí, ocorreu à sua mãe que essas marcas poderiam estar associadas com feridas de uma vida anterior.

AFIRMAÇÕES DE PURNIMA EM RELAÇÃO A UMA SUPOSTA VIDA ANTERIOR

Os pais de Purnima não deram muita importância quando ela começou a falar de eventos acontecidos em 1990.

Somente a partir de 1993 eles começaram a prestar atenção às suas afirmações e foi feita uma tentativa para verificar sua veracidade.

Infelizmente, não foi feito nenhum registo das afirmações de Purnima naquela época.

Assim, é difícil reconstruir suas afirmações originais e avaliar quais de suas actuais afirmações podem ser moldadas por factos que ela tenha tomado conhecimento após o estabelecimento do contato com sua família ‘anterior’.

Relacionei na Tabela 1 todas as 20 afirmações que, de acordo com seus pais, Purnima efectuou antes de rastrear sua família anterior.

Estas afirmações foram colectadas durante diversas entrevistas com seus pais, distribuídas em três anos.

Purnima também fez essas afirmações para o autor e seus intérpretes.

Tabela 1

Afirmações feitas por Purnima (de acordo com seus pais) antes do primeiro contacto com sua suposta família anterior

1 - Eu morri em um acidente de trânsito e vim para cá.
2 - Minha família fabricava incenso e não tinha outro trabalho.
3 - Nós fazíamos incenso do tipo Ambiga.
4 - Nós fazíamos incenso do tipo Geta Pichcha.

5 - A fábrica de incenso fica próxima a uma fábrica de tijolos e a um lago.
6 - Primeiro somente nossa família trabalhava, e foram empregadas outras duas pessoas.
7 - Tínhamos duas vans.
8 - Tínhamos um carro.

9 - Eu era o melhor fabricante de hastes de incenso.
10 - Na vida anterior eu era casado com uma cunhada, Kusumi.
11 - O proprietário da fábrica de incenso [Eu] tinha duas esposas.
12 - Meu pai anterior não era bom (o pai actual é bom).

13 - Meu pai anterior não era professor, como o actual.
14 - Eu tinha dois irmãos mais novos (que eram mais legais que os atuais).
15 - O nome da minha mãe era Simona.
16 - Simona era muito clara.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 18, 2013 11:37 am

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17 - Eu frequentava a escola Rahula.
18 - A escola Rahula tinha um prédio de dois andares (não era como a Bakamuna).
19 - Meu pai dizia: “Você não precisa ir à escola, você pode ficar rico fazendo incenso”.
20 - Eu só estudei até a 5ª série.

Eu morri em um acidente de trânsito.

A primeira afirmação incomum que Purnima fazia repetitivamente quando era pequena era:
“As pessoas que atropelam outras nas ruas são más”.

Às vezes ela perguntava para sua mãe:
“Você não acha também que as pessoas que causam acidentes são más?”

Estas foram as primeiras afirmações indirectas se referindo a uma vida anterior.
Purnima também relatava um acidente fatal com um veículo de grande porte
(Zoku uahana geralmente significa ónibus ou caminhão).

Sua mãe acha que esta afirmação surgiu primeiramente (ou quando ela começou a prestar atenção a ela) após um acidente de trânsito ocorrido próximo à sua casa.

A mãe de Purnima ficou perturbada com o acidente.
Então, Purnima tentou consolá-la dizendo:
“Não pense sobre esse acidente. Eu vim pra você depois de um acidente deste tipo.”

Ela contou à sua mãe como fechou os olhos após o acidente e depois foi parar “ali”.
Sua mãe perguntou se ela foi levada a um hospital. “Não,” ela respondeu.
E adicionou: “Tinha um monte de ferro no meu corpo”.

Purnima relatou que, após o acidente ela flutuou no ar em uma semi-escuridão por alguns dias.
Ela viu pessoas chorando por ela e viu seu corpo até o funeral.
Havia muitas pessoas flutuando como ela.

Então ela viu uma luz, foi até ela e foi pra “aqui” (para Bakamuna).
Minha família fazia incenso (Ambiga e Geta Pichcha) e não tinha outro trabalho.

Às vezes Purnima falava de sua experiência ao fabricar incensos, e dizia que fabricava incensos do tipo Ambiga e Geta Pichcha.

Os pais de Purnima pensavam que ela poderia estar falando de Ambiga porque uma joalheria com esse nome veiculava uma propaganda na televisão.

Sua mãe achava que ela estava confundindo as coisas.

Eles também achavam que ela poderia estar falando de Geta Pichcha porque havia flores ‘geta pichcha’ (uma variedade de jasmim) em seu jardim.

De acordo com seus pais, Purnima também afirmou que membros de sua família, bem como pessoas de fora estavam trabalhando para eles na fabricação de hastes de incenso.

Ela costumava andar com suas mãos em suas costas imitando como ela examinava o modo como eles trabalhavam.

Verificamos as lojas de Bakamuna e descobrimos somente duas marcas de incenso feitas em Kandy e uma da Índia, com incenso Ambiga ou Geta Pichcha.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 19, 2013 11:37 am

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Na vida anterior eu era casada com uma cunhada, Kusumi.
Seus pais concluíram que ela havia sido um homem em sua vida anterior.
Outras afirmações serão relacionadas e discutidas abaixo.

A BUSCA PELA SOLUÇÃO DO CASO

Aos quatro anos, Purnima assistiu um programa de televisão do famoso templo Kelaniya (perto de Colombo e a quase 145 milhas de distância de Bakamuna) e disse que ela reconhecia o templo.

Um pouco mais tarde, seu pai, que é o director de uma escola secundária, e sua mãe, que também é professora, levaram um grupo de estudantes ao templo Kelaniya, que é um importante local de peregrinação entre os Budistas de Sri Lanka.

Purnima ainda não estava na escola naquela época, mas foi permitida a acompanhar o grupo.
Em Kelaniya, ela disse que viveu na outra margem do rio Kelaniya, que corre ao lado do complexo do templo.

Uma vez, o pai de Purnima permitiu que um amigo, repórter da cidade, conhecesse Purnima, mas ela ficou tímida e não falou com ele.

O repórter havia ouvido falar que ela falava sobre fabricação de incensos e levou um pacote de incenso.
Ela examinou o pacote e disse que poderia fazer um incenso melhor que aquele.
Mas não obteve mais nenhuma outra declaração dela, ele nos disse.

Em janeiro de 1993, um recém-graduado da Universidade de Kelaniya, W. G. Sumanasiri, foi indicado como professor em Bakamuna, e ele e o director se conheceram.

Sumanasiri passava os dias úteis em Bakamuna e os finais de semana em Kelaniya, com sua esposa.

Eles decidiram que Sumanasiri faria perguntas em torno do rio Kelaniya.
Sumanasiri não conheceu Purnima até depois de realizar sua pesquisa.

De acordo com Sumanasiri, o director indicou-lhe quatro ou cinco itens que precisavam ser verificados:
Ela viveu na margem oposta ao templo Kelaniya.
• Ela fabricava hastes de incenso Ambiga e Gita Pichcha.
• Ela vendia esses incensos em uma bicicleta.
• Ela morreu em um acidente fatal envolvendo um veículo de grande porte.


O item sobre a venda de incenso na bicicleta não me havia sido mencionado pelos pais de Purnima até depois de meu encontro com Sumanasiri, quando o pai de Purnima confirmou o relato de Sumanasiri sobre estes quatro itens.

Eu não o incluí na Tabela 1.

Sumanasiri foi acompanhado por seu cunhado, Tony Serasinghe Modalige, que é nativo de Kelaniya, e por outra pessoa do local.

Eles estacionaram o carro no templo, e tomaram a balsa conduzida manualmente para cruzar o rio, pois havia uma distância considerável até a ponte mais próxima.

Eles perguntaram se havia fabricantes de incenso na área.
Esta área é como uma cidade espalhada, com muitos campos e casas agrupadas como se fossem vilas.

Nesta área eles descobriram três fabricantes de incenso, todos pequenos negócios de família.
Um deles chamava suas marcas de Ambiga e Geta Pichcha.

O proprietário era L. A. Wijisiri. Seu cunhado e sócio, Jinadasa Perera, morreu em um acidente com um ónibus ao levar incenso ao mercado em uma bicicleta em setembro de 1985.

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Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 19, 2013 11:37 am

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Isto ocorreu dois anos antes do nascimento de Purnima.
A casa e a fábrica de Wijisiri e Jinadasa ficavam a 2.4 milhas da balsa e a uma distância de 5-10 minutos a pé do rio Kelaniya.

A visita de Sumanasiri à família Wijisiri foi muito breve.
Ele informou ao pai de Purnima sobre suas descobertas.

Uma semana ou duas depois, Purnima, seus pais, Sumanasiri e seu cunhado fizeram uma visita-surpresa à família Wijisiri em Angoda.

Antes de irem para Angoda, passaram a noite na casa de Sumanasiri em Kelaniya.

Lá, de acordo com sua mãe, Purnima sussurou em seu ouvido:
“Este fabricante de incenso [ela] tinha duas esposas.
Isto é segredo. Não dê a eles meu endereço.
Eles podem me incomodar”.


Versão de Wijisiri sobre a primeira visita de Purnima a Angoda

Quando o grupo chegou à casa de Wijisiri, ele não estava, mas chegou um pouco depois.

As duas filhas de Wijisiri estavam em casa e Purnima as conheceu primeiro.

Quando Wijisiri veio andando na direção da casa, Purnima disse aos presentes: “Este é Wijisiri; ele está chegando e é meu cunhado”.

Ele a ouviu dizendo estas palavras enquanto entrava em casa.
Quando Purnima disse que havia vindo ver seu cunhado e sua irmã, ele ficou perplexo e não percebeu que ela estava falando de uma vida anterior.

Wijisiri queria mandá-los embora, dizendo que as pessoas que queriam não estavam ali.

Então, parou para refletir sobre o assunto, e a garotinha começou a perguntar sobre vários tipos de pacotes e coisas desse tipo, foi então que ele começou a acreditar mais em sua história.

Só ela falava; ninguém mais falou nada.
É assim que Wijisiri se lembra de sua visita.

Este relato foi confirmado pelo pai de Purnima.

Tabela 2

Cronologia do Caso de Purnima Ekanayake
4 de Abril de 1949

Nasce Jinadasa Perera.
9 de Abril de 1985

Jinadasa more em um acidente de ónibus em Nugegoda.
24 de Agosto de 1987

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Casos de Reencarnação - Página 19 Empty Re: Casos de Reencarnação

Mensagem  Ave sem Ninho Ter Mar 19, 2013 11:38 am

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Purnima nasce em Bakamuna.
1990

Purnima começa a falar sobre uma vida prévia com a idade de dois a três anos.
Março de 1993

Sumanasiri faz inquéritos em Kelaniya/Angoda e encontra a família de Jinadasa.
Abril de 1993

A primeira visita de Purnima à família de Jinadasa.
Suas marcas de nascença correspondem aos ferimentos de J. Ela é aceita como Jinadasa renascido.

29 de Agosto de 1993

Artigo sobre o caso aparece no jornal Diuaina.
Setembro de 1996

A primeira investigação de EH do caso.

Purnima disse a Wijisiri que vendia estas hastes de incenso.

Ela perguntou: "Você mudou a cobertura exterior dos pacotes?

Wijisiri costumava mudar a cor e e o design a cada dois anos mais ou menos.
Ela pareceu perceber que os pacotes pareciam diferentes da época que Jinadasa trabalhava com Wijisiri.

Então falou sobre os vários pacotes, e sobre um acidente que Wijisiri teve há muitos anos (desde essa época ele era incapaz de dobrar o seu joelho).

Também que Jinadasa [ela] tinha aplicado remédio ao seu joelho depois do acidente.
Ela perguntou sobre amigos de Jinadasa, tais como Somasiri e Padmasiri.

Padmasiri é irmão de Wijisiri e tinha ido com ele em negócio no dia em que Jinadasa teve seu acidente.

Tinham partido para casa juntos e teve então se separado e ido a lugares diferentes.

Ela mencionou seus nomes.
Estas foram as coisas que convenceram Wijisiri.

Purnima também perguntou sobre sua mãe e sua (de Jinadasa) irmã prévia, que é esposa de Wijisiri.

A irmã estava no estrangeiro trabalhando na Arábia Saudita, e a mãe estava ausente em seu lar ancestral.

Purnima expressou interesse quando soube que a mãe tinha ido sozinha a um lugar distante.

A família do Wijisiri ainda estava confusa.
Então Purnima mostrou sua marca de nascimento.
Disse: "Esta é a marca que eu recebi quando fui atingido por um ónibus".

Purnima também mencionou o local do acidente de Jinadasa, Nugegoda, que é próximo de Angoda, e disse que tinham se mudado de seu lar e fábrica a uma localização diferente dentro de Angoda no tempo que ela estava com eles, o que era correcto.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 20, 2013 10:48 am

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Da família de Wijisiri soubemos que Jinadasa tinha de facto tido duas esposas.
Depois de vários anos vivendo juntos ele teve discórdias com sua primeira esposa (irmã de Wijisiri).

Foi ao Sri Lanka do sul vender hastes de incenso, tornou-se familiarizado com uma senhora pelo nome de Nanda, e deixou sua família anterior.

No povoado de Weligama ele viveu por cinco anos com Nanda e produziu incenso com um amigo, M. Somasiri, que nos deu informações valiosas.

(Jinadasa não se casou legalmente com nenhuma das suas 'esposas'.
De acordo com tradição sinhalesa um homem e mulher que vivem juntos são referidos como marido e esposa
).

Durante uma visita a Colombo Jinadasa soube do acidente de Wijisiri, que deixou-o acamado durante vários meses.

Ele então foi a Angoda ajudar.
Alguns dias mais tarde ele teve seu acidente.

Purnima disse algo que era incorrecto e que não se encaixava na vida de Jinadasa?
Tinha dito que dois furgões e um carro tinham pertencido a ela (Jinadasa).

Isto era um negócio familiar então de certa maneira isto era correcto mas formalmente os veículos tinham pertencido a Wijisiri.

Isto é a essência do relato de Wijisiri da sua primeira reunião com Purnima.

Soubemos que Purnima tinha reconhecido um velho co-trabalhador, Somasiri.
Ele contou-nos que tinha vindo vê-la em sua primeira visita.

Ficou lá entre um grupo de pessoas.
Então ela apontou a ele e disse: "Este é meu amigo".

Quando o pai do Purnima perguntou quem esse homem era, respondeu: "Este é Somasiri, meu amigo".
Aparentemente ela também reconheceu a irmã mais jovem de Jinadasa, G. Violeta.

Ela e Somasiri contou-nos que ela tinha apontado a ela e dito: "Esta é minha irmã mais jovem".

Estes eram os únicos nomes que Somasiri e Violeta ouviram-na dizer durante a primeira visita.

O Conhecimento de Purnima da Feitura de Incenso

Ocorreu a nós perguntar a Purnima se sabia como o incenso é feito.
Sim, ela disse e deu-nos uma detalhada resposta.

Há dois meios de fazê-lo.
Um usa bosta de vaca, o outro é de cinza de lenha (carvão). Uma pasta é feita, e então um pau fino de bambu é cortado e alguma goma é aplicada ao pau de bambu.

Então o pau é rolado pela pasta e então algo é aplicado para obter um aroma amável.
Até onde ela pode lembrar-se eles faziam seu incenso de pó de carvão.

Do que o carvão é feito e como é produzido?
"Quando lenha é queimada você consegue o carvão."

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 20, 2013 10:48 am

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Perguntamos aos pais de Purnima se sabiam como incenso foi feito.

O pai tinha ouvido que era feito de bosta de vaca, mas esta era a primeira vez que ele tinha ouvido que podiam ser feitos de lenha.

Sua mãe sabia ainda menos.
Godwin, meu intérprete, nunca tinha ouvido como incenso era feito.

Nós mais tarde pedimos que Wijisiri descrevesse e mostrasse a nós como fazem seu incenso.

Wijisiri fê-lo do modo que Purnima tinha descrito.

Verificação Adicional das Afirmações de Purnima

Das 20 declarações listadas na Tabela 1, 14 se encaixam na vida de Jinadasa (l-5, 7, 8, 10, 11, 13-15, 17, 20), três são indeterminadas (6, 9, 12) e três declarações (16, 18, 19) são incorrectas.

Deixe-nos primeiramente considerar os itens incorrectos.

Jinadasa tinha frequentado a Escola de Rahula, como soubemos independentemente por sua mãe e irmã mais jovem. No entanto, nossos inquéritos revelaram que esta escola não teve um edifício de dois andares até os anos da década de 1980.

É correcto de acordo com a sua família que Jinadasa freqüentou a escola só até o nível 5.

No entanto, ele fez biscates por alguns anos até sua irmã casar-se com Wijisiri.
Então começou a fabricação de incenso, e dois anos mais tarde 'casou-se' com a irmã de Wijisiri.

Doravante a declaração que o pai de Jinadasa tinha dito-lhe para deixar a escola para ganhar dinheiro fazendo incenso não pode ser verdadeira.

A declaração que a mãe de Jinadasa era muito clara não é verdadeiro agora, e parece improvável que ela fosse antes.

Alguns itens correctos já foram descritos.
Concernente ao item 5: Há um tanque dentro de 200 jardas da antiga residência de Jinadasa.

A velha fábrica, que estava a cerca 100-150 jardas descendo a estrada, foi demolida e próximo a ela, um vizinho contou-nos, havia um forno (que ajudava na feitura de tijolos), e outro forno está ainda próximo.

Item 13: O pai de Jinadasa tinha sido um fazendeiro pobre (doravante não um professor).
item 14: Jinadasa de fato tinha tido dois irmãos mais jovens (e duas irmãs).

Os itens indeterminados:
Os itens 9 e 12 (melhor fezedores de paus de incenso, e seu pai era um homem mau) não tivemos nenhum meio de verificar.

Item 6: primeiro a nossa família trabalhou, então duas pessoas foram empregadas.
Isto era principalmente um negócio familiar mas logo empregaram as pessoas que trabalharam na fábrica ou em seus lares.

Nós não podemos determinar quando exactamente começaram empregar as pessoas, mas gradualmente até 30 pessoas vieram trabalhar para eles no tempo de Jinadasa, que era um homem industrioso e popular.

Mais específicos são os itens 3 e 4, declarando que a família fazia as marcas Ambiga e Geta Pichcha.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qua Mar 20, 2013 10:48 am

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De acordo com Wijisiri isto é correto e eles nos mostraram embrulhos de ambas as marcas.
Desde que o tempo de Jinadasa a família começou fazer duas marcas adicionais.

Depois que as duas famílias se encontraram Purnima fez algumas declarações íntimas interessantes sobre sua vida com sua primeira esposa que ela dificilmente podia ter aprendido de qualquer um.
Infelizmente não vimos nenhum meio de verificá-las.

As Marcas de Nascença de Purnima

Nós já mencionamos que Purnima estava com marcas de nascimentos proeminentes em seu peito inferior, à esquerda da mediana (vide foto).

Sua mãe notou-as quando banhava Purnima na época que era um bebé.
Então de um jeito alegre ela disse a seu marido que estas marcas talvez fossem o resultado de um acidente numa vida prévia.

No entanto, foi somente quando encontraram a família de Jinadasa que as marcas de nascimento tornaram-se significativas.

Antes do contato com aquela família Purnima nunca falou sobre detalhes de suas feridas nem seus pais lembraram-se de associar suas marcas de nascimento com seu acidente.

Não foi até a visita de Purnima a Angoda que ela disse que os pneus do ónibus tinham corrido sobre o seu peito, e passado pelo lado esquerdo do seu peito onde ela tem suas marcas de nascimento.

Alguém na família do Wijisiri então mencionou que Jinadasa era ferida no lado esquerdo do seu tronco.

As marcas de nascimento de Purnima estavam na mesma região.
Então o caso foi considerado confirmado por ambas as famílias.

Jinadasa morreu imediatamente do acidente.
Seu irmão Chandradasa foi chamado no necrotério para identificar seu irmão e sua irmã também.

Chandradasa contou-nos que ele viu feridas imensas das costelas inferiores no lado esquerdo e para cima e obliquamente através do corpo, causado pela roda do ônibus quando correu sobre corpo do Jinadasa.

Sitriyavati, sua irmã, identificou Jinadasa do seu rosto.
O seu corpo foi então coberto por uma folha.
Nenhum das pessoas envolvidas neste caso tinha visto o relatório posterior à morte.

Depois de obter permissão da Corte dos Magistrados de Gangodavilla, que cuidou do caso de Jinadasa, obtivemos o relatório poste-mortem do médico, o Dr Kariyawasam, que conduziu o exame.

Dá um detalhada descrição e um esboço das feridas.
Tinham sido imensas, particularmente no lado esquerdo do peito, onde várias costelas foramquebradas.

O relatório posterior à morte assim descreve as feridas internas:

1. fractura das costelas, 1 e 2, 8, 9, e 10, lateralmente na esquerda.
1 a 5 anteriormente e 6 anteriormente e lateralmente, e 7 lateralmente. 8 e 9 anteriormente e posteriormente, 10 e 11 anteriormente.

2. O fígado foi rompido.

3. O baço foi rompido.

4. Os pulmões foram penetrados pelas costelas quebradas.
Externamente havia uma "escoreação arranhada na pele de 23” x 10” correndo obliquamente do ombro direito através do peito ao abdomen (esquerdo) inferior ". Havia feridas menores nas pernas e rosto.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 21, 2013 10:58 am

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Primeiro, deixa-me resumir os pontos fortes deste caso.
As localizações das duas famílias eram bem distantes, e as duas famílias eram completas estranhas.

Um terceiro partido prosperou em achar a pessoa que combinava com as declarações de Purnima.

Quatorze de dezessete declarações que podiam ser verificado foram descobertas corresponder com a vida de Jinadasa, que tinha morrido dois anos antes de Purnima ter nascido.

O aglomerado de marcas de nascimento de Purnima foi achado cair dentro de uma área de feridas fatais sofridas por Jinadasa.

Suas marcas de nascimento estão no lado esquerdo do peito, onde a maioria das costelas se quebraram, e onde é possível ter sentido a maior parte da dor.

Também, há alguma evidência de conhecimento da fabricação de incenso que é altamente incomum para uma criança, e que Purnima explica como originado de sua vida prévia.

Isto é um exemplo bom de um caso com características diferentes que cai num padrão e deve ser visto como um todo:
memórias, marcas de nascimentos e, talvez, conhecimento tácito.

No todo pode-se declarar que o caso de Purnima Ekanayake é de qualidade rara.

A fraqueza principal do caso é o fato que nenhum registro das declarações de Purnima foi feito antes do caso ser 'resolvido', que ocorreu três anos antes do autor ter começado sua investigação.

Este caso tem algumas características que são incomuns entre os casos do Sri Lanka.

Purnima fala de memórias de uma vida entre a morte e o nascimento que o autor achou só no caso de Duminda Ratnayake

(Haraldsson, 1991; Haraldsson & Samararatne, 1999).
As memórias de Purnima duraram muito mais tempo do que geralmente ocorre.

Purnima ainda falou livremente de sua vida prévia aos dez anos de idade.
O caso do Purnima também tem algumas características mais comuns ou típicas.

Purnima começou falar de suas memórias numa idade muito cedo, e falou persistentemente sobre elas.
Um aspecto de suas memórias foi refletido em seu jogo.

Finalmente, Purnima exibe proeminentemente algumas características que meus estudos psicológicos formais mostraram distinguir crianças falando de memórias de vidas prévias de crianças comuns
(Haraldsson, 1997; Haraldsson, Fowler & Mahendra, submetido).

É altamente dotada, tem vocabulário e memória excelentes, mostra alguma tendência para dissociação, e é menos sugestonável que a maioria das crianças.

É uma criança exigente para seus pais, é argumentativa e de cabeça feita, quer ser perfeita, é muito preocupada com meticulosidade e limpeza, e às vezes é esquentada e prepotente;
em resumo uma vívida e memorável personalidade.

Num artigo adicional eu espero apresentar um segundo caso de marca de nascimento, o de Chatura Karunaratne.

Não tem a fraqueza principal deste caso, já que as declarações de Chatura foram registadas por três testemunhas independentes antes de uma personalidade prévia que se encaixasse tivesse sido achada.

O leitor certamente pedirá, os factos destes casos podem ser vistos como evidência de memórias genuínas de uma vida prévia?

No vindouro artigo tentarei expressar meus pensamentos sobre essa pergunta difícil.

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Mensagem  Ave sem Ninho Qui Mar 21, 2013 10:58 am

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AGRADECIMENTOS

Sou agradecido ao Institut fur Grenzgebiete der Psychologie und Psychohygiene in Freiburg, Alemanha, que financiou a maior parte desta pesquisa. Particular agradecimento vai a meus intérpretes e sócios no Sri Lanka, A. B. Ratnayake, Godwin Samararatne e B. A. Rohana Kumara, e Dawn E. Hunt por reflexivos comentários numa versão anterior deste manuscrito.

Department of Psychology
University of Iceland
101 Reykjavik, Iceland
erlendur@hi.is

REFERÊNCIAS

Haraldsson, E. (1991) Children claiming past-life memories: four cases in Sri Lanka. Journal of Scientific Exploration 5, 233-261.

Haraldsson, E. (1997) A psychological comparison between ordinary children and those who claim previous-life memories. Journal of Scientific Exploration 1 I, 323-335.

Haraldsson, E. and Samararatne, G. (1999) Children who speak of memories of a previous life as a Buddhist monk: three new cases. JSPR 63, 268-291.

Haraldsson, E., Fowler, P. and Mahendra, V. (submitted) Personality characteristics and mental abilities of children claiming previous-life memories: the role of dissociation.

Mills, A., Haraldsson, E. and Keil, J. (1994) Replication studies of cases suggestive of reincarnation by three different investigators. JASPR 88, 207-219.

Stevenson, I. (1987) Children Who Remember Previous Lives. Charlottesville: University Press of Virginia.

§.§.§- O-canto-da-ave
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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 22, 2013 10:54 am

Este artigo foi traduzido para o português por Márcia Guimarães Andrade, filha de Gil Restani de Andrade.
O autor deste site agradece enormemente.

Jornal da Sociedade de Pesquisa da Paranormalidade
[Vol. 64.2, No. 859

MARCAS DE NASCENÇA E RELATOS DE LEMBRANÇAS DE VIDAS ANTERIORES: II. [i]O CASO DE CHATURA KARUNARATNE[/b]
ERLENDUR HARALDSSON

ABSTRATO

Este caso se refere a um garoto no Sri Lanka que fez várias declarações relativas a uma vida anterior, dentre elas, sobre onde ele havia vivido e como ele morrera ao viajar em um caminhão por uma floresta.

O garoto associou duas marcas de nascença com suas lembranças.
Suas declarações foram registradas e publicadas, e posteriormente foi encontrada na região uma pessoa que correspondia às afirmações do menino.

As marcas de nascença se situavam no mesmo local dos ferimentos da pessoa posteriormente identificada como a personalidade anterior.

INTRODUÇÃO

O relato deste caso trata de uma criança que falava de uma vida anterior desde ainda bem pequeno, e mostrava uma marca de nascença que declarava estar associada com o modo como ele morrera.

Uma pequena porcentagem de crianças que relatam lembranças de vidas anteriores falam em marcas de nascença associadas às suas mortes.

Stevenson (1997a, 1997b) tem publicados relatos detalhados de muitos casos como este.
O caso de Chatura Karunaratne difere de forma importante do caso relativo à marca de nascença de Purnima Ekanayake (Haraldsson, 2000).

O presente caso é um dos relativamente raros casos em que as afirmações da criança foram registradas antes de serem feitas tentativas de se encontrar a personalidade anterior que pudesse corresponder a estas afirmações.

Em tal caso, uma avaliação do nível de correspondência entre as declarações da criança e a vida da referida personalidade anterior é muito mais fácil, pois é livre das variadas contaminações e distorções (‘ajustes à personalidade anterior’) que em outros casos pode dificultar uma avaliação objectiva e deixar-nos com uma incerteza que pode ser difícil ou impossível de se estimar.

Vários casos como estes, com declarações registadas antes do caso ser “resolvido” têm sido publicados, sendo três dos quais pelo presente autor (Haraldsson, 1991; Mills, Haraldsson & Keil, 1994; Haraldsson & Samararatne, 1999).

Somente 33 destes casos existem nos arquivos do Departamento de Estudos da Personalidade da Universidade de Virginia, o único grande banco de dados deste tipo (Stevenson, comunicação pessoal).

Eles são apenas 1,5 % do número total de casos registados, o que mostra quão raros são eles.

É interessante observar, no entanto, que apesar das potenciais contaminações e distorções em casos que não foram investigados até depois de terem sido considerados resolvidos, Schouten e Stevenson (1998) descobriram, em recente estudo, que estes não diferem dos casos com declarações registadas anteriormente quanto ao número de afirmações correctas.

O CASO

Chatura Buddika Karunaratne nasceu a 20 de Abril de 1989, na área rural de Metiyagane no distrito de Kurunagala, Sri Lanka.

Aos três anos de idade começou a falar sobre uma vida anterior em uma região próxima a Narammala.

Este caso é de particular importancia, porque as declarações feitas por Chatura sobre esta foram escritas por três entrevistadores independentes (dois dos quais publicaram seus relatos) antes que se localizasse alguém que correspondesse a algumas de suas afirmações, de modo que o caso fosse considerado resolvido.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 22, 2013 10:54 am

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Os entrevistadores foram um repórter do jornal local, Mudiyanselage Dingiri Banda, seu colega Nandasena Suriyarachchi, e Tissa Jayawardane, meu parceiro nas pesquisas.

M.D. Banda,¹ tomou conhecimento do caso através de sua esposa.
Ele visitou a criança juntamente com o representante da comunidade, Mudiyanselage Jayaratne.

M.D. Banda enviou um relato sobre o caso para seu jornal, Diuaina, que é publicado em Colombo e tem circulação por todo o país.

Uma versão reduzida desta reportagem foi publicada em 7 de Junho de 1992.

Em 12 de Junho meu colega Tissa Jayawardane visitou a família e entrevistou a mãe de Chatura.

Por estes dias um jornalista do Diuaina, Nandasena Suriyarachchi, visitou também a família, acompanhado de Banda.

Eles levaram o garoto até Narammala, mas não localizaram pessoa alguma cuja vida correspondesse às suas afirmações.

Esta segunda reportagem do mencionado jornal foi publicada em 14 de Junho. Antes disto a família de Chatura havia investigado, e tentado em vão, localizar a pessoa sobre a qual Chatura parecia estar falando.

As declarações de Chatura sobre sua vida anterior estão listadas no Quadro 1.

COMO O CASO FOI RESOLVIDO

M.P.Martin, um fazendeiro aposentado e pedreiro em Henegedara, uma área rural próxima da cidade de Narammala, ouviu em uma loja algumas pessoas falando sobre a reportagem de 7 de Junho do jornal Diuaina.

Martin conseguiu o jornal, e após ler a matéria, concluiu que a estória de Chatura Karunaratne correspondia à de seu filho M.P. Dayananda, que havia servido ao exército em Agosto de 1985 e morrido em 18 de Abril de 1986, devido aos ferimentos causados pela explosão de uma bomba.

A família de Dayananda havia vivido a 12km de estrada de Narammala em uma casa com um tecto de telhas.

Perto dali havia uma cabana e uma loja que pertenciam a Martin, onde seu filho vendia mantimentos até quando foi servir ao exército.

Próximo à residencia da família havia um pequeno lago no qual viviam algumas tartarugas.
Tudo isto corresponde ao que Chatura havia dito.

M.P. Martin não julgou apropriado ir até a casa de Chatura sozinho, e pediu ao representante da comunidade (oficial do governo) para acompanhá-lo.

Eles visitaram primeiramente o representante da comunidade de Chatura e então os três visitaram a família do garoto.

A distância entre as casas das duas famílias era de 25km pela estrada em uma área florestal, e na direção oposta a Narammala.

Durante esta visita, e outra junto de sua esposa no dia seguinte, Martin e esta ficaram convencidos de que Chatura estava descrevendo factos relativos à vida de seu filho, Dayananda.

Isto ocorreu cerca de duas semanas após a primeira publicação da reportagem no Diuaina.

Banda informou ao jornal sobre este novo fato e o repórter Nandasena Suriyarachchi foi enviado ao local.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sex Mar 22, 2013 10:54 am

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Ele levou Chatura, com então três anos e meio, à casa de Martin.
Sua visita a esta família foi descrita em uma terceira reportagem do Diuaina sobre o caso, que foi publicada em 5 de Julho de 1992.

¹ As iniciais que precedem os nomes próprios singaleses são indicadores da família, e o nome dado vem por último.

Segundo esta reportagem, o garoto foi recebido calorosamente pelos pais de Dayananda, que o aceitaram como seu filho.

A mãe de Dayananda trouxe algumas velhas roupas que pertenciam a seu filho.

De acordo com o jornal, a criança reclamou, algo irritada, por que apenas suas calças estavam ali e que haviam sido usadas e gastas por outra pessoa.

A mãe de Dayananda perguntou ao menino se ele podia se lembrar da casa em que eles viviam.

Chatura respondeu que ele não vivera naquela casa, mas em outra em um lugar diferente, o que era verdade em relação a Dayananda.

Eles haviam se mudado recentemente para a presente residência, que se localizava, segundo a mesma fonte, a cerca de 100 jardas dali.

Eles foram até a casa onde viveram anteriormente, e ali uma velha senhora foi até o garoto e perguntou-lhe se conseguia lembrar-se dela.

Ele olhou-a durante alguns minutos e então respondeu-lhe que ela era sua avó.
Dayananda vivera mais tempo com sua avó do que com seus pais.

Quando já dentro da casa, o menino comentou:
“Agora você tem energia eléctrica”;
algo que não tinham quando Dayananda vivia ali.


Pendurados na parede, ele viu as balanças que eram usadas na loja, e disse:
“Estas são as balanças que nós usávamos para pesar as coisas. Vocês não têm mais a loja?”

Ele então pediu à mãe de Dayananda para levá-lo até a loja.
Ela havia sido demolida, e ele perguntou o motivo.

De acordo com a reportagem do jornal, Chatura também identificou um de seus velhos amigos (seu cunhado), Gamini, que estava entre as pessoas presentes.

Os jornalistas perguntaram ao pai de Dayananda o que ele pensava sobre o helicóptero e o trator que Chatura havia mencionado antes.

Martin respondeu que ele dissera a seu filho que se tivesse um trator ele poderia arar o terreno facilmente.

Dayananda lhe contou que que o exército estava leiloando tratores que foram confiscados dos Tigres (rebeldes tamils que lutavam por uma nação Tamil) e que estes poderiam ser comprados por um baixo preço.

Ele pretendia comprar um trator para seu pai no próximo leilão, mas nunca mais voltara.
Ele foi atingido pela explosão de uma bomba e foi levado de helicóptero até Polonnaruwa.

Depois disto, ele foi transportado para Colombo, onde faleceu.

Esta é a história do caso, de maneira resumida, no ponto em que estava quando o autor encontrou-se pela primeira vez com a família de Chatura e outras testemunhas em Novembro de 1992.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 23, 2013 9:57 am

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ENTREVISTA COM OS PAIS DE CHATURA, 22 DE NOVEMBRO DE 1992

O pai de Chatura trabalha como funcionário de uma empresa de ónibus e sua mãe é enfermeira em um hospital de medicina tradicional (ayurvedica).

Chatura nasceu em 1989 e tem uma irmã mais velha.
Um parente, Karunavati, tomava conta dele enquanto seus pais trabalhavam.

A mãe de Chatura relatou que na primeira vez em que este falou sobre sua vida anterior, ele falou sobre tiros.

Ele disse que havia sido ferido a bala em dois lugares e que fôra levado para um hospital em um helicóptero.

Ele apenas mencionou um nome relativo a sua vida anterior, Narammala, um lugar próximo de onde seus antigos pais vivem.

Disse que se fosse levado a Narammala, poderia achar sua casa, seu irmão mais novo e sua irmã.

Ele também disse:
“Minha mãe em Narammala não é como você (magra), ela é gorda.”

Chatura sentia medo toda vez que ouvia um helicóptero passar.
Ele também também tinha medo ao ver crianças jogando bola, pensando que podia ser uma bomba.

Ele frequentemente falava sobre caminhões de exército, acampamentos militares e soldados, e gostava de músicas de exército que ouvia no rádio.

Chatura mostrou duas marcas de nascença próximas de sua orelha esquerda, uma em sua garganta, abaixo da orelha esquerda, e a outra na parte inferior da mandíbula, próximo da mesma orelha (ver figura 1).

Ele dizia ter sido baleado nestes locais.

Nem sempre podíamos estar certos se a mãe do garoto estava falando sobre suas declarações antes da família de Dayananda entrar no contexto, ou se estava se referindo a afirmações feitas depois deste acontecimento.

Algumas das declarações que ela mencionou não foram incluídas pelos jornalistas nos dois primeiros artigos do jornal acima mencionado.

É quase impossível determinar quais das afirmações por ela relatadas podem ter sido modificadas pelo conhecimento obtido depois do encontro com a família de Dayananda.

A seguinte discussão irá, portanto, limitar-se às declarações de Chatura que foram publicadas antes deste encontro.

Ambas as famílias afirmaram que não se conheciam
O pai de Dayananda lêra sobre o caso no jornal Diuaina.

Devemos também considerar o fato de que os jornalistas não conseguiram ajudar Chatura a encontrar a casa onde ele afirmava ter vivido na vida anterior.

Desta forma, parece não haver razão para se duvidar de que não houvera contato algum entre as duas famílias anteriormente.

ENTREVISTA COM M.P. MARTIN, PAI DE DAYNANDA, 23 DE NOVEMBRO DE 1992

Segundo Martin, ele logo se convenceu de que a reportagem no Diuaina se referia a seu filho.
No início, disse ele, estava cheio de dúvidas, pois não acreditava que algo assim pudesse ocorrer.

Disse que não havia declaração no relato do garoto que não correspondesse aos factos da vida de Dayananda.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 23, 2013 9:57 am

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Seu filho havia nascido e vivido com sua família nas proximidades de Narammala até ingressar no exército em 1985.

Após terminar os estudos, trabalhou como pedreiro (seu pai era pedreiro) por dois anos, mas não gostava deste trabalho.

Seu pai decidiu então construir para ele uma pequena loja com um telhado de palha.

Ele havia vivido em uma casa com telhas, a apenas algumas jardas da pequena loja, na qual vendera mantimentos e doces por cerca de um ano.

Dayananda pretendia ir para o exterior, mas não conseguindo fazê-lo, decidiu servir ao exército.

Ele estava servindo há apenas oito meses quando seus pais foram informados de que ele havia sido gravemente ferido na explosão de uma bomba.

Eles foram imediatamente para o hospital de Polonnaruwa para ver seu filho, e o acompanharam quando foi transportado para Colombo, onde faleceu.

Dayananda permaneceu inconsciente depois da explosão, desta forma, seus pais não puderam falar com ele.

Dayananda teve um funeral militar em sua casa.

Uma foto de seu corpo neste dia mostra seu rosto descoberto e sem ferimentos, mas uma faixa cobria sua cabeça e seu pescoço, sugerindo que fôra atingido nestes locais.

Quando visitamos a família de Dayananda, confirmamos em primeira mão algumas das declarações de Chatura, inclusive as que se referiam ao tecto de telhas comuns e o lago onde Martin costumava ir nadar com seu filho.

Este lago, Sisira Watte Wewa, cobre uma área de cerca de um acre e fica a 15 minutos de sua casa, percorridos a pé.

Tartarugas ainda vivem ali, segundo o pai de Dayananda.

Sua família vive agora em uma casa com telhado de palha, mas antes eles viviam em uma casa com telhado de telhas comuns que fica a apenas poucos minutos de caminhada dali e fica também em sua propriedade.

Isto foi confirmado por parentes próximos que actualmente vivem na casa.

DOCUMENTOS MILITARES RELATIVOS À MORTE DE M.P. DAYANANDA

Com a gentil colaboração do General de Divisão J.B. Pagoda, do Exército do Sri Lanka, pudemos obter vários dados acerca do rapaz e um documento de uma corte militar de inquérito, datada de 19 de Maio de 1986, relativo às circunstancias de sua morte.

De acordo com estes documentos, Mutugal P. Dayananda nasceu em 17 de Agosto de 1964, e residia em Henegedara, Narammala.

Após concluir os estudos em Março de 1980, trabalhou como pedreiro até ingressar no exército em 13 de Agosto de 1985.

Na manhã de 15 de Abril de 1986, Dayananda estava em um grupo de 14 soldados, em dois caminhões do exército, que havia recebido ordens para proceder a uma route-clearing patrulha de Wakaneri (próximo à costa leste do Sri Lanka) até a Agência dos Correios de Poonani, e dali até a junction de Namal Adi.

No caminho para Namal Adi, um dos caminhões foi atingido por uma massiva explosão de minas.

O comandante da patrulha, R.A.N.P. de Alwis, relatou que após a explosão Dayananda foi encontrado inconsciente perto do veículo, que havia capotado e estava completamente destruído.

Alguns soldados morreram e outros estavam gravemente feridos.
Dayananda foi levado de helicóptero até um hospital em Polonnaruwa, e depois de ambulância até Colombo.

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Mensagem  Ave sem Ninho Sáb Mar 23, 2013 9:58 am

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Ele não mais recuperou a consciência, e faleceu em 18 de Abril.
A partir do relato pode-se inferir que não houve contacto com soldados inimigos.

Cronologia do caso de Chatura B. Karunaratne

20 de Abril de 1989
Chatura nasce em Methiyagane, Sri Lanka.

Aos 3 anos de idade
Começa a falar sobre uma vida anterior.

07 de Junho de 1992
É publicada uma matéria sobre seu caso no Diuaina pelo repórter Banda

12 de Junho de 1992
Tissa Jayawrdane entrevista a família de Chatura.

14 de Junho de 1992
Segunda reportagem neste periódico, feita pelo jornalista Nandasena, que leva Chatura a Narammala.
Falha na tentativa de resolver o caso.


Final de Junho de 1992
M.P. Martin visita a família de Chatura e se convence de que este é seu filho Dayananda renascido.

Início de Julho de 1992
Chatura é levado até a família de Dayananda.

05 de Julho de 1992
Terceira reportagem no Diuaina, sobre como o caso foi resolvido.

22 de Novembro de 1992
EH investiga o caso.

11 de Maio de 1995
Segunda visita de EH para investigar o caso.

09 de Novembro de 1995
Terceira visita de EH para investigar o caso.

Visitas posteriores em 1998 e 1999.

Datas importantes na vida de Dayananda M. Pedidurayalage

17 de Agosto de 1964
Nasce em Henegedara, nas proximidades de Narammala.

13 de Agosto de 1985
Ingressa no exército do Sri Lanka

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 24, 2013 12:10 pm

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15 de Abril de 1986
É ferido quando uma mina explode seu caminhão

18 de Abril de 1986
Morre no Hospital Geral de Colombo

VERIFICAÇÃO DAS DECLARAÇÕES DE CHATURA

O Quadro 1 relaciona todas as declarações registadas antes de ser feito contato entre as famílias de Chatura e Dayananda.

Quadro 1

Declarações de Chatura Registadas em 1992 – Antes da Procura da Personalidade Anterior

Banda, Diuaina (dia 7);
Nandasena, Diuaina (dia 14);
Tissa Jayawardane (dia 12)

Existem 14 declarações publicadas no Diuaina, em 7 de Junho de 1992, e 29 publicadas no mesmo jornal em 14 de Junho, quando os jornalistas levaram o garoto até Narammala, onde ele acreditava poder encontrar sua casa.

A terceira lista de declarações foi registrada por meu colega, Tissa Jayawardane, que entrevistou a família em 12 de Junho.

As nove declarações seguintes são mencionados em todos os três relatos (ver Quadro 1):-

Ele vivia em uma vila próxima a Narammala.
Perto de sua casa havia uma cabana com teto de palha.
Na cabana havia uma pequena loja.

Próximo à casa havia um lago.
Algumas tartarugas viviam no lago.
Ele percorria a floresta em um caminhão.

Um grupo de pessoas atirou contra ele.
Ele foi atingido no pescoço.
Sua família possuía um trator Landmaster.

Estes podem ser considerados os principais ítens.

Provavelmente o ítem referente ao helicóptero (ítem 16) pode seguramente ser acrescentado a esta lista, pois Karunavati, babá de Chatura, e sua mãe relataram que Chatura mencionara, ainda muito pequeno, que ele havia estado em um helicóptero.

Sete destes ítens estão de acordo com os fatos ocorridos na vida de Dayananda.

Somente dois não correspondem, quais sejam, que um grupo de pessoas atirara contra ele, e que sua família possuía um trator Landmaster.

Isto, no entanto, não diminuiu a convicção de Martin em relação ao caso, uma vez que seu filho Dayananda provavelmente nunca soube a razão da ocorrência e estava gravemente ferido, ficando inconsciente quase imediatamente, e porque Dayananda havia planejado comprar um Landmaster para seu pai em um leilão militar.

O número total das declarações é 33; 16 estão correctas com relação a Dayananda, 15 estão incorrectas quanto a ele, e duas estão indeterminadas.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 24, 2013 12:10 pm

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Os ítens correctos se referem principalmente às circunstâncias da vida familiar de Dayananda, e as circunstâncias relacionadas a sua morte.

Como é quase regra geral nos casos ocorridos no Sri Lanka, todos os nomes pessoais estão incorrectos.
Os ítens relacionados à memória visual são mais prováveis de corresponder aos factos reais que os ligados à memória verbal.

Até aqui, nossa avaliação concerne somente às declarações sobre Dayananda, a saber, os aspectos relativos à lembrança do caso.

A CORRESPONDÊNCIA ENTRE AS MARCAS DE NASCENÇA DE CHATURA E OS FERIMENTOS DE DAYANANDA

Outro aspecto do caso é relativo à correspondência entre as marcas de nascença de Chatura e os ferimentos sofridos por Dayananda.

Chatura possui duas marcas de nascença próximas a sua orelha esquerda, cada uma com cerca de um centímetro de diâmetro.

Estas possuem uma pigmentação mais escura do que a pele em sua volta.
Uma se situa na parte inferior da mandíbula e a outra fica no pescoço, na garganta, abaixo do queixo.

As extremidades mais próximas das duas marcas estão a cerca de dois centímetros de distancia uma da outra.

Outra marca de nascença, também mais escura do que a pele nesta região, se situa na parte de dentro do alto de seu braço direito.

Segundo sua mãe, quando Chatura começou a falar sobre uma vida anterior, ele disse que havia sido baleado em dois locais, e apontou para as marcas de nascença próximas ao pescoço e à orelha.

O relatório de uma autópsia de Dayananda teria permitido uma maior precisão acerca da localização e natureza de seus ferimentos, mas nenhuma foi encontrada.

O Professor N. Kodagoda, antigo Reitor da Escola de Medicina da Universidade de Colombo, fez uma longa busca pelo relatório da autópsia de Dayananda, mas não o encontrou.

Sua morte ocorreu em um período em que fôra declarado estado de emergência no Sri Lanka.
Muito provavelmente o referido relatório não foi feito, por não ter sido requerido durante o estado de emergência.

O documento militar relativo à morte de Dayananda afirma somente que o comandante de patrulha encontrou Dayananda perto do veículo capotado, o qual estava completamente destruído.

Ele estava inconsciente, mas não foram observados ferimentos externos, apesar de que quando seus pais foram visita-lo no hospital de Polunnaruwa ele tinha uma faixa cobrindo sua cabeça e seu pescoço.

Os médicos lhes disseram que ele tinha lesado os “nervos do cérebro menor.”
Trata-se do cerebelo, que se situa abaixo e atrás da parte frontal do cérebro.

Sua orelha esquerda estava enfaixada.

Uma fotografia do corpo de Dayananda em seu funeral mostra seu rosto descoberto, mas sua cabeça e seu pescoço estavam cobertos com faixas, e também sua orelha esquerda, o que sugere que ele tenha sofrido ferimentos nestes locais.

Discussão

Após cinco sessões de entrevista e re-entrevista a maioria das testemunhas por um período de mais de seis anos, sinto-me seguro de ter obtido êxito em encontrar e relatar os factos importantes sobre este caso.

Existem dois aspectos centrais no caso:
as lembranças da vida pregressa e as marcas de nascença.

Consideremos primeiramente o aspecto das lembranças.

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Mensagem  Ave sem Ninho Dom Mar 24, 2013 12:11 pm

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Na maioria dos casos, as declarações feitas pela criança podem ter sido moldadas pelo conhecimento dos factos da vida da pessoa que foi posteriormente identificada como a personalidade anterior da criança antes do investigador entrar em cena.

Neste processo, as afirmações que foram consideradas incorrectas em relação aos factos podem ter sido excluídas ou passado por alguma modificação para se adequar melhor à suposta personalidade anterior.

Além disto, algumas novas declarações podem ter sido acrescentadas.

No caso de Chatura podemos estar certos de que tal processo de moldagem e contaminação não ocorreu porque as afirmações foram registadas antes que uma potencial personalidade anterior fosse encontrada.

Isto nos deixa com duas hipóteses básicas em relação ao aspecto das lembranças:
interpretações de acaso ou paranormalidade.

A hipótese de paranormalidade parece se adequar melhor ao aspecto das lembranças quando consideramos as nove declaraçõe principais, mas a hipótese de acaso parece se ajustar melhor se considerarmos a totalidade as afirmações feitas aos três entrevistadores independentes.

Chatura parece ter acrescentado algumas declarações enquanto as pessoas repetidamente lhe questionavam sobre sua vida anterior.

Talvez ele estivesse sendo muito pressionado para responder.

O Quadro 2 mostra que o número das declarações verificadas cai de 71% na entrevista com Banda para 52% e 47% respectivamente nas entrevistas que se seguem.
Isto é tudo o que temos a dizer a respeito destas lembranças.

Consideremos agora os aspectos das marcas de nascença.

Tais marcas, situadas abaixo de seu queixo e em sua garganta, ambos próximos de sua orelha esquerda, são próximos do local do ferimento interno na cabeça que levou Dayananda a morte, segundo seus pais.

É mais provável que este ferimento tenha sido causado por um pequeno objecto ou objectos de metal (farpas de uma bomba e/ou alguns outros objectos) que entraram em seu corpo em algum lugar na região de seu pescoço ou na parte de trás de sua cabeça, dependendo da direção da trajetória dos objetos, as marcas de nascença de Chatura estão localizadas na região de possível impacto.

Não foi possível encontrar registros médicos relativos a estes ferimentos, mas fotografias tiradas no funeral de Dayananda mostram sua orelha esquerda coberta por faixas.

Isto indica ferimentos muito próximos do local das marcas de nascença do garoto, ou possivelmente no mesmo local.

De acordo com o testemunho dos pais de Dayananda, seu braço esquerdo estava quebrado, mas a outra marca de nascença se situa na parte de dentro do alto de seu braço direito.

Não há testemunhos que indiquem que em tenra idade Chatura associara a marca de nascença em seu braço com suas lembranças da vida anterior.

Segundo sua mãe, somente depois que o casal e seu filho souberam que Dayananda tivera o braço quebrado é que Chatura atentou para a marca de nascença no alto de seu braço direito (Dayananda tivera o braço esquerdo quebrado), assim, esta marca de nascença pode ser excluída da questão de correspondência.

Neste trabalho, e também em outro, a saber, o caso de Purnima Ekanayake (Haraldsson, 2000), apresentei dois casos de marcas de nascença que pesquisei no Sri Lanka.

Estes são os melhores casos de marcas de nascença que encontrei no Sri Lanka.

Na verdade, eu encontrei apenas três entre os casos verificáveis, e decidi não incluir o terceiro caso porque foi encontrada muita dificuldade em determinar os factos com um razoável nível de certeza (nenhum registo prévio das declarações, ou um relato póstumo estava disponível).

Neste ponto, o leitor provavelmente estará se perguntando:
Poderão os factos que foram apresentados sobre os casos de Purnima e Chatura ser vistos como evidência de uma vida anterior?

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 25, 2013 9:49 am

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As correspondências que encontramos parecem estar além do acaso tanto para o aspecto das lembranças (somente as declarações principais, para Chatura) como das marcas de nascença, embora uma remota possibilidade sempre exista de que estas misteriosas correspondências se devam ao acaso.

Além disto, é impressionante que ambos os aspectos mostrem um relativamente alto grau de correspondência, e assim dar mais suporte para uma interpretação paranormal (novamente com referência somente às principais declarações de Chatura).

Para complicar a questão, uma interpretação paranormal pode se feita de vários modos.

Aqui, obviamente, sem um consenso de critérios pelos quais possamos avaliar, e desta forma a resposta deve depender de uma avaliação pessoal e de um senso do que pareça do que não pareça possível, e nossas conclusões filosóficas básicas e convicções sobre a natureza ontológica da realidade e da consciência.

Mas mantenhamos nossas reservas acerca do que seja ou não possível a um nível mínimo.

Se assim o fizermos, os variados aspectos do caso parecem cair na mais importante estrutura quando consideramos a possibilidade de que uma consciência do passado ou no passado tenha feito uma marca em outra consciência e corpo físico.

Este novo organismo e consciência está em sua fase de formação e começando uma vida física.

Segue, então, a inevitável questão: Poderá a consciência mais nova ser considerada uma continuação da antiga ou prévia consciência, e serão os corpos anteriores e actuais de alguma forma relacionados através da influência da consciência ou da mente?

Stevenson argumenta que o melhor dos casos e o caso Purnima podem ser tidos como ‘sugestivos de reencarnação’.
Para estes melhores casos eu tendo a concordar.

Esta conclusão inevitavelmente leva à questão do que pode ser feito em relação aos muitos casos mais pobres, para os quais, apesar do grande esforço, não pudemos encontrar uma personaldade correspondente.

Em alguns deles, as declarações feitas podem ser demasiado gerais ou poucas.

Em outros, as declarações podem ser numerosas e algumas delas seguramente passíveis de investigação, mas que se mostram incorrectas
(tal como uma afirmação sobre certo nome de uma rua em determinada cidade que se descobriu inexistente).

A resposta óbvia a esta argumentação é de que a lembrança nunca é perfeita, mesmo nos melhores casos, e que estamos fazendo exigências fora da realidade.

Uma outra questão surge quando encontramos novos casos de conteúdo e número de declarações comparáveis.

Ainda não podemos predizer (depois de cuidadosa investigação) que caso se mostrará pobre e qual será relevante para nossos objectivos.

Até agora podemos apenas predizer estatisticamente que no Sri Lanka a maioria deles se mostrará pobre e permanecer ‘não resolvido’.

Isto se aplica às declarações, ou seja, ao aspecto das lembranças.

E com respeito à evidência do aspecto das marcas de nascença?

Ditas lembranças podem ser moldadas por expectativas culturais e crenças durante as interações verbais que ocorrem entre a criança e aqueles que a cercam.

Marcas de nascença não podem ser moldadas de tal forma, posto que começam a se formar durante o desenvolvimento do embrião, antes da criança nascer.

Os casos de marcas de nascença são relativamente raros, e estatísticas expressivas são, portanto, mais difíceis de se obter.

Entretanto, a julgar pela minha coleção de 60 casos ocorridos no Sri Lanka, o ‘índice de correspondência’ parece mais alto, onde os dois casos verificáveis mostram um razoável nível de correspondência.

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Mensagem  Ave sem Ninho Seg Mar 25, 2013 9:49 am

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Marcas de nascença parecem fornecer uma maior evidência do que o relato de lembranças.

A pesquisa na área de ‘casos de renascimento’, como são popularmente chamados no Sri Lanka, apresenta muitas dificuldades e incertezas que podem ser dificeis de serem evitadas ou excluídas, e, deste modo, nossas interpretações têm de ser experimentais.

Apesar disto, uma riqueza de dados tem sido colectados desde que Stevenson (1960) começou seus estudos pioneiros, os quais abriram um campo inteiramente novo de pesquisa.

A fenomenologia dos casos tornou-se bem estabelecida, e assim possuem alguns factores culturais que os influencia.

Os enigmas e os problemas que esta pesquisa tem revelado se tornaram mais claramente perceptíveis.

Ninguém que tenha gasto tempo pesquisando estes casos duvida de que estamos lidando com quebra-cabeças de verdade, que são, na verdade, muito complicados às vezes.

AGRADECIMENTOS

Esta pesquisa foi subvencionada pelo Institut für Grenzgebiete der Psychologie und Psychohygiene de Freiburg, Alemanha.

Especiais agradecimentos ao General de Divisão J.B. Pagoda, o antigo Professor N. Kodagoda, A.B. Ratnayake, Godwin Samararatne e B.A. Rohana Kumara, pela valiosa contribuição.

Departamento de Psicologia
Universidade de Islândia
101 Reykjavik, Islândia
erlendur@hi.is

BIBLIOGRAFIA

Haraldsson, E. (1991) – Children claiming past-life memories: four cases in Sri Lanka. Journal of Scientific Exploration 5, 233-261.

Haraldsson, E. (1995) – Personality and abilities of children claiming previous-life memories. Journal of Nervous and Mental Disease 183, 445-451.

Haraldsson, E. (2000) – Birthmarks and claims of previous-life memories. I. The case of Purnima Ekanayake. JSPR 64.1, 16-25.

Haraldsson, E. and Samararatne, G. (1999) – Children who speak of memories of a previous life as a Buddhist monk: three new cases. JSPR 63, 268-291.

Mills, A., Haraldsson, E. and Keil, J. (1994) – Replication Studies of cases suggestive of reincarnation by three different investigators. JASPR 88, 207-219.

Stevenson, I. (1960) – The evidence for survival from claimed memories of former incarnations. JASPR 54, 51-71, 95-117.

Stevenson, I. (1997a) – Reincarnation and Biology: A Contribution to the Etiology of Birthmarks and Birth Defects (2 volumes). Westport, Connecticut: Praeger.

Stevenson, I. (1997b) – Where Reincarnation and Biology Intersect. Westport, Connecticut: Praeger

Stevenson, I. and Schouten, S. (1998) – Does the socio-psychological hypothesis explain cases of the reincarnation type? Journal of Nervous and Mental Disease 186, 504-506.

§.§.§- O-canto-da-ave
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